Em 2018 foi surpreendido por uma tecnologia que prometia tornar as coisas digitais em itens únicos, autenticados. Como assim? Foi a pergunta que me fiz naquele momento. No mesmo momento eu me indaguei se aquilo seria valioso para a fotografia digital. Em um podcast daquele ano eu disse: imagine uma foto mesmo sendo digital se tornar única, como nos tempos do negativo. Dito e feito e em 2021 a fotografia blockchain avançou e se abriu uma nova fronteira de valor para fotógrafos das mais variadas áreas.
A fotografia blockchain é só para artistas? Na verdade não. Marcas como Starbucks, Disney, Nike estão investindo no setor com resultados promissores. A tecnologia permite a junção perfeita entre arte e marketing e tudo com um toque tecnológico fascinante.
Aos fotógrafos e fotógrafas e mesmo para as marcas da fotografia, pode ser uma oportunidade para “fincar bandeira” e criar ações nunca antes pensadas. Coisas que envolvem desde colaboração até novas formas de experimentar na criação de projetos fotográficos. Obviamente existem desafios e não se trata de um botão mágico que vai te tornar rico ou famoso da noite para o dia. Contudo, noto que o futuro da fotografia está de alguma forma conectado com o blockchain. Posso estar enganado, mas sinto o contrário por tudo que tenho visto. E olha que eu pesquiso bastante.
2023 tem tudo para ser o ano da fotografia blockchain. Seja porque grandes empresas como Instagram, Google, Amazon, Spotify e Twitter estão investindo em plataformas e funções que envolvem essa novidade. Mas também porque fotógrafos estão criando projetos fantásticos para essa nova dimensão. E os resultados tem sido promissores. E se logo mais, a fotografia blockchain se tornar um padrão...pois já vimos isso acontecer antes.
Qual a vantagem para um fotógrafo ou fotógrafa? São várias básicas além daquelas que o próprio profissional pode desenvolver e explorar. A começar pela liberdade. Já que você não depende de um intermediário para dizer se você pode ou não entrar e mostrar seu trabalho. Existe uma tendência de visibilidade internacional e uma comunidade envolvida fortemente neste universo. E sobretudo, diferente da fotografia digital, a fotografia blockchain tem valor de fato, já que é autenticada, garante procedência, posse e vantagens para quem vende ou compra.
Colecionadores, especialistas e fotógrafos brincam que é uma nova era de JPEGs com dividendos. Eu concordo com isso. E o mais fascinante é pensar que está só começando. A fotografia blockchain tem só 2 anos. Lembra da fotografia digital em 2005?
Isso não quer dizer que a fotografia blockchain vai dominar o mundo. Nem que a foto impressa vai sumir, muito pelo contrário. Neste exato momento esse mercado blockchain se transforma de maneira intensa e a cada dia apresenta novas oportunidades, desafios e adaptações.
A fotografia blockchain transforma sua foto em um contrato. A foto digital convertida em NFT é como se fosse impressa na rede blockchain. Isso garante tudo que comentei acima. É por isso que fotógrafos como Sebastião Salgado, Bruce Gilden, a Agência Magnum e outras referências da fotografia estão abraçando a novidade. É algo que não é centralizado (exemplo: Instagram) e devolve o controle para o fotógrafo ou fotógrafa. E está só começando.
Meu sonho é ver 10 mil fotógrafos e fotógrafas brasileiros nesta nova fase de valor da fotografia. Com isso teremos força para fazer a tendência se consolidar e avançar no mercado brasileiro (que aliás, é pouco explorado).
O fato é que cansei de ver a fotografia digital sendo desvalorizada nos últimos 15 anos. O ambiente digital é naturalmente fadado ao menor valor possível. E é por isso que vemos fotografias sendo vendidas a preço de banana.
Curiosamente, a fotografia blockchain é uma das áreas mais lucrativas do setor.
Quem acompanha meus conteúdos sabe que estou fazendo um trabalho sério porque acredito que o futuro da fotografia caminha para isso. O futuro da internet vai pedir coisas que mesmo sendo digitais tem certificado e garantia de procedência. Ou seja, são valiosas mesmo sendo online.
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