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Fotografia e IA: as ameaças e oportunidades com o avanço da inteligência artificial




No fim de dezembro fiz uma matéria indicando que entre as 3 tendências de maior impacto para a fotografia em 2022 estava justamente a IA (inteligência artificial). Agora é bom começarmos a olhar para as transformações com os avanços desta tecnologia


As últimas notícias do primeiro mês de 2023 mostram que os avanços serão ainda mais impactantes nesse novo ano. E o ritmo das novidades deve ser estonteante. Veja mais abaixo...










A fotografia já está sendo impactada pelo avanço da fotografia com IA. Vale você ler essas notícias recentes que indicam os rumos intensos dessa tendência.





A notícia sobre o LunchBox é uma das mais surpreendentes. Preciso destacar que dei sobre isso do que a Petapixel e DPreview. Mas o que me chamou mesmo a atenção foi algo que vi Hoje de um fotógrafo (uma referência na fotografia com smartphone) sobre o assunto:


Outra semana vi um fotógrafo daqui do Brasil lançando curso de inteligência artificial para fotógrafos, achei bacana. Sempre veremos gente encarando essas tendências como oportunidade enquanto outras vão encarar como uma forte ameaça.


O fato é que o impacto para quem fotografa parece certeiro, embora seja impossível cravar com certeza a dimensão dessa mudança. Algumas grandes questões vêm à mente:


Quanto tempo para chegar na ponta? Ou seja, no fotógrafo comum em diferentes áreas da fotografia…


Como será a adaptação dos profissionais diante desse desafio?



E quais oportunidades?


Vejo várias. Como ganhar tempo com edição, processos de criação colaborativo e ainda na questão de diferenciação. O fotógrafo poderá ganhar muito mais agilidade. É justamente o perfil de muitas coisas para fazer e pouco tempo tão comum aos profissionais, poderá ter uma bela ajuda da IA.


Contudo, um ponto merece atenção. Pois é na parte da diferenciação o que vejo como questão crucial. Saber se vender como fotógrafo com identidade visual única (uma grife), com marca valiosa, se tornará ainda mais especial. Obviamente isso será para poucos. Por outro lado, temos também a fotografia como experiência presencial, de produtos físicos únicos que geram encantamento. Ao fotógrafo será uma chance para vender esses itens como diferenciais. Ou mesmo, como disse um amigo da área de inovação recentemente, que seja vendido como humano, verdadeiro. Feito por gente, será sim um apelo. Desde de que não seja mais do mesmo. Porque se for no estilo mais do mesmo as “máquinas” farão melhor.





Na fotografia blockchain a colaboração já ocorre entre máquinas e o artista. Como o celebrado Refik Anadol mostrou isso tão bem que até foi parar no MoMa em NY. Lembrando que arte generativa nem sempre envolve IA.


Colaborar quer dizer releitura, mas com o toque final do artista humano. Isso tem valor e super potencializa obras. A curadoria e esforço humano no processo poderá ser trabalhoso. Artistas que estão sendo premiados com obras usando IA estão levando horas e mais horas no desenvolvimento destas obras com o auxílio das máquinas.


Por outro lado, os processos repetitivos serão eliminados pela IA. Tudo indica que sim, do chat no atendimento até controles para edição e outras tarefas que vão do marketing (do design ao texto ou mesmo tarefas) ao fluxo de trabalho. Para o fotógrafo será ganho de tempo para fotografar mais? Pode ser que sim. Ou pelo menos assim espero. E o mais preocupante, como vimos na notícia do LunchBox que gera imagens para restaurantes…sim, os fotógrafos podem ver até seus cliques sendo substituídos pela IA.


O impacto é tamanho que na prática já vemos fotógrafos e fotógrafas vendendo suas obras com a frase escrita: “feito com câmera” ou em inglês “Lens Based” algo que a gente via antes com a era dos filtros do Instagram e que gerou o termo “No Filter”. Logo, a criação “autêntica” e feita por um humano terá seu apelo, resta saber por quanto tempo. Já que hoje o uso dos filtros parece já fazer parte da cultura da criação de imagens.





Faltou falar das oportunidades que nem imaginamos ainda. Elas irão surgir com certeza com base nos avanços do próprio mercado combinadas com as sofisticações das ferramentas IA e da criatividade de artistas, marcas e empreendedores do ramo. Ou seja, novos usos e formas de criar e faturar com essa colaboração certamente devem surgir.




Quem está mais ameaçado?


A onda IA vai acertar com força fotógrafos e fotógrafas das mais variadas áreas que seguem o estilo “clicador de botão”. Os sem diferenciação devem ficar pelo caminho? O tempo vai dizer, mas arrisco dizer que sim. Vale lembrar que esse perfil já vinha sendo afetado pelas novas dinâmicas do mercado com a massificação dos smartphones e das redes sociais onipresentes.


Só que agora a virada de jogo com IA é mais radical. A IA capaz de criar fotos em vários setores com qualidade superior com base em textos e só nos estágios iniciais dessa revolução. Ficarão pelo caminho os que não souberem se adaptar e sobretudo em valorizar suas marcas e trabalhos. O investimento na educação tanto no marketing quanto na fotografia com identidade terão que caminhar juntos.


O exemplo da LunchBox já se espalha em outros setores, sobretudo na fotografia de produtos. Mas como vimos com a Lensa app, dali para saltar para retratos e outros é uma questão de pouco tempo. ChatGPT tem poucas semanas e os outros geradores de imagem também só foram explodir da metade de 2022 para cá.


Difícil dizer como ficará até o fim do ano e mais complicado ainda nos próximos anos. Lembrando que os smartphones, câmeras profissionais também avançam com IA. E que a internet móvel em pouco tempo ficará muito mais rápida com a popularização do 5G.


Vale destacar que os avanços e a velocidade das inovações com IA são mais intensos do que em outras áreas tecnológicas. E estamos só no começo dessa nova fase…


Curiosamente, as tecnologias do passado ressurgem no meio desse boom. Vejo o caso da fotografia de nicho que olham para a nostalgia. Pessoas jovens retornando a fotografar com filme ou compactas de bolso. Dá para saber exatamente o que teremos pela frente? Óbvio que não. Mas que grandes mudanças estão em curso é inegável e visível.





Ao final, a minha sensação é que o equilíbrio entre ameaças e oportunidades será o mesmo que vimos antes com transformações anteriores. A mania da mídia e de especialistas de indicarem o “fim disso e daquilo” por conta de uma nova tecnologia não é exatamente novidade. O que não quer dizer que as mudanças serão menos consideráveis. A grande diferença é que nunca tivemos máquinas aprendendo e criando em outras questões tecnológicas envolvendo o mundo da imagem.


Para fotógrafos e mesmo negócios de fotografia restará um jogo de adaptação mais intenso. Olhar para o valor da marca e em como valorizar o que entrega será questão de prioridade. Vale para a fotografia NFT, vale para a fotografia digital. E aliás, vale até mesmo para os mais variados nichos da fotografia. E ao final de 2023 veremos o tamanho do avanço e quais os impactos de mais um ano intenso de avanços tecnológicos no mundo da imagem.



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