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Memórias Sintéticas, Emoções Reais: o fotógrafo entre dois mundos

Entre o toque da imagem impressa de algo realmente vivido e a imersão gerada por IA, cresce a pergunta: o que é real no nosso jeito de lembrar?

Este site é patrocinado por Fotto, líder em vendas de fotos com tecnologia inteligente, e por Alboom, referência em sites, automação e marketing para fotógrafos(as).



No universo de Blade Runner 2049, a artista/doutora Ana Stelline cria memórias perfeitas. De cenas inventadas para replicantes acreditarem que viveram aquilo. Um aniversário infantil com sete crianças, bolo e mesa hexagonal, tudo baseado em padrões numéricos que imitam o comportamento humano. Parece distante? Talvez nem tanto.





Hoje, estamos cercados por algoritmos que recriam o passado com precisão quase assustadora. Vídeos como os do VEO 3 viralizam e enganam milhões. Inteligências artificiais animam fotos antigas, criam retratos que nunca existiram ou transformam um simples arquivo em realidade expandida. A Apple, com seu filme “A Gift for Mom”, deu um passo além: memórias em vídeo espacial para serem revividas com fones de realidade mista. Ver não é mais suficiente, no fim é preciso sentir.





Mas o que acontece com a fotografia tradicional nesse cenário?

A resposta pode surpreender. Longe de ser ameaçada, a fotografia documental (aquela captada com suor, sensibilidade e olho treinado) pode se tornar ainda mais valiosa. A presença do fotógrafo em um evento familiar, a luz natural de um retrato, o caos controlado de uma festa infantil clicada no momento exato... tudo isso carrega o que a IA ainda não entrega: o acaso emocional. O borrado, o fora de quadro, o sorriso espontâneo.


Se a IA pode gerar o sonho, é a câmera que captura o imprevisto. E talvez, justamente por isso, as duas possam conviver.


O fotógrafo agora vive entre dois mundos e pode, sim, atuar nos dois. Cabe a cada profissional se posicionar com clareza e mostrar o valor daquilo que entrega de verdade. A fotografia real, feita com presença, técnica e alma, ganha nova dimensão e mais importância. Mas nada impede que o mesmo fotógrafo ofereça aos clientes também o “sonho da IA”, criando imagens sintéticas com toques de fantasia, nostalgia ou pura imaginação.


Novidade da Spatial. Criar mundos 3D a partir de prompts



ou algo assim:





É possível documentar a festa de verdade e, depois, oferecer uma versão mágica com elementos que nunca estiveram lá. É possível fotografar uma família e depois recriar cenas impossíveis, com cenários e atmosferas que existem apenas no desejo. E, para alguns clientes, pode ser ainda mais interessante oferecer apenas o sintético, com uma curadoria artística de imagens 100% geradas com IA. Não há regra fixa. Há novas possibilidades.


Eulogy. O melhor episódio de Black Mirror de toda história é sobre isso.                                                                     Veja aqui >>> Fotos rasgadas, pixels e uma última Polaroid
Eulogy. O melhor episódio de Black Mirror de toda história é sobre isso. Veja aqui >>> Fotos rasgadas, pixels e uma última Polaroid

Estamos em um ponto em que o irreal parece real e o real precisa provar que é verdadeiro. Isso faz da fotografia viva, vivida, algo ainda mais potente. O toque do papel fotográfico, o ensaio impresso, o álbum na estante... tudo isso pode ser o contraponto emocional que a geração da imersão vai valorizar como relíquia.


Aliás, sobre isso vale também essa leitura: Fotos rasgadas, pixels e uma última Polaroid


A provocação que fica: se você pudesse oferecer aos seus clientes a chance de entrar numa lembrança criada ou vivida, qual delas teria mais valor? E será que precisa escolher uma só?

Talvez o futuro não seja sobre substituir a realidade. Mas sobre ampliá-la. E só quem entende profundamente a linguagem da imagem pode guiar essa jornada.


Foto: Natali Hordiiuk - o real não perdeu importância, ganhou até mais valor. Mas a forma de mostrar e valorizar precisa de nova postura


A boa notícia? Os fotógrafos sempre estiveram à frente quando o assunto é transformar momentos em memória. A diferença agora é que temos mais ferramentas, mais possibilidades e, sim, mais responsabilidade.


Bem-vindo à era da lembrança expandida. E que você continue sendo aquele que aperta o botão... seja ele da câmera ou da criação.


Se você é fotógrafo ou vive da imagem, esse momento é um convite à reflexão: como transformar essa avalanche de registros em algo que realmente toque as pessoas? Aliás, já compartilhei conteúdos exclusivos sobre isso para membros. da Comunidade Fotograf.IA + C.E.Foto. E por lá falamos sobre isso com profundidade: ferramentas, ideias e caminhos para quem quer ir além do clique. Que tal explorarmos as possibilidades juntos?


 
 
 

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