Tendência no fim de 2025: selfies sendo transformadas em retratos natalinos e retratos profissionais pela IA
- Leo Saldanha

- 11 de dez.
- 2 min de leitura
A temporada das imagens artificiais chegou: o que esses novos serviços dizem sobre a fotografia em 2025

Todo fim de ano tem uma espécie de ritual.
Famílias se organizam, crianças se arrumam de qualquer jeito, os pets tentam escapar do cenário improvisado, e no meio dessa bagunça sai aquela foto que vira lembrança.
Desta vez, porém, algo mudou. Especialmente nas ofertas das IAs com novos geradores para o fim do ano.
Hoje, duas plataformas anunciaram serviços que mexem justamente com esses territórios que antes pareciam intocáveis: retratos de Natal e retratos profissionais. Nada de estúdio, nada de luz, nada de roupa. Só selfies. E um algoritmo fazendo o resto.
À primeira vista, parece só conveniência.
Mas quando olhamos com calma, percebemos que não é sobre facilidade.
É sobre deslocamento, conveniência, preço baixo e rapidez.

De um lado, o pacote temático que cria retratos natalinos de crianças e pets sem que ninguém precise sair de casa.
Do outro, um gerador de retratos que se tornou uma verdadeiro estúdio criativo sofisticado. Seja para criar retratos profissionais, imagens artísticas e com foco em posicionamento, arte e branding. Impressiona pela quantidade de clientes e o nível de marcas reconhecidas que já atende no mundo.

É curioso observar como essas ferramentas entram na rotina do público quase como brincadeira, mas empurram o mercado para um outro lugar. As pessoas testam, gostam, repetem. E quando se acostumam a um caminho mais curto, raramente voltam ao mais longo. Isso só confirma a tendência de varrer fotógrafos de preço baixo do mercado e espremer os medianos forçando esses profissionais a subirem o valor.
Não é que isso acabe com a fotografia.
Mas mexe com a lógica dela. Não tenho a resposta absoluta, mas pesquisas de fora já mostram queda nas receitas de fotógrafos de vários nichos.
A sensação que tenho é de que estamos vivendo uma troca de expectativa.
A imagem continua importante, talvez até mais do que antes.
Mas o processo que existia em volta dela está se simplificando de um jeito que coloca o fotógrafo diante de perguntas que não dá mais para adiar.
O que é indispensável no meu trabalho?
O que só eu entrego?
O que a tecnologia tira da mesa e o que ela nunca vai conseguir tocar?
Que experiência eu promovo, como me posiciono e conto essas histórias.
Enquanto escrevo isso, penso em como essas transformações chegam rápido e, ao mesmo tempo, mudam devagar.
Rápido na adoção.
Devagar no impacto.
Mas o impacto chega. Recebo mensagens de membros comentando isso. Gente com tempo de mercado que está na rua e sentindo o pulso do mercado.
Hoje publiquei para os membros da comunidade uma análise completa desses dois lançamentos e do que eles antecipam para 2026. Não é um texto técnico. É uma leitura de mercado, comportamento e caminhos possíveis para quem trabalha com imagem e sente que o terreno está mudando.
Se quiser acompanhar essa discussão por dentro, o conteúdo está disponível na Fotograf.IA + C.E.Foto.



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