Um dos mais importantes museus do mundo lança mostra o avanço da arte autenticada com blockchain
O Centro Pompidou em Paris inaugurou a primeira exposição do museu dedicada a obras ligadas à tecnologia NFT. A exposição se chama “NFT: A Poética do Imaterial da Certificação à Blockchain” e apresenta trabalhos de artistas que exploram as possibilidades criativas e críticas dos tokens não fungíveis.
Um token não fungível, ou NFT, é um identificador digital que autentica a origem de um bem virtual, certifica a propriedade e impede que seja copiado. Assim, quando alguém cria um conteúdo digital - uma imagem, filme ou música, o NFT irá confirmar que se trata da versão “original”.
Ao anunciar a exposição e sua nova coleção NFT, o museu afirmou que era a “primeira instituição dedicada à arte moderna e contemporânea a adquirir um grupo de obras que tratam das relações entre blockchain e criação artística, incluindo seus primeiros NFTs”.
O museu também divulgou a transcrição de uma discussão entre Marcella Lista e Philippe Bettinelli, os curadores da coleção de vídeo, áudio e novas mídias do museu, onde eles analisaram o potencial de uma tecnologia que está prestes a ter um grande impacto no mundo da arte.
“Parte do sucesso dos NFTs pode ser explicada pelo fato de que os artistas digitais podem agora prescindir dos intermediários tradicionais do mundo da arte, como galerias e feiras de arte contemporânea. Eles estão em contato direto com suas comunidades”, disse Bettinelli na transcrição.
“Esta comunidade atualmente encarna alguns dos debates artísticos mais estimulantes do mundo contemporâneo”, disse Lista na transcrição. “A ideia não era ser o primeiro, mas reunir uma coleção significativa que pudesse testemunhar a apropriação crítica e criativa de uma nova tecnologia por parte dos artistas, e como isso perturba e desloca o ecossistema artístico”.
Uma das imagens em destaque é chamada de “NFT-Arqueologia”, que foi criada pelo artista Fred Forest. A obra consiste em um NFT que contém uma série de documentos sobre a história do artista e sua relação com as novas mídias. O NFT também inclui um contrato que estabelece as condições para a transferência da obra para o museu.
Outra obra é “The CryptoPunks”, que foi criada pelos artistas Matt Hall e John Watkinson em 2017. A obra consiste em 10 mil personagens pixelados gerados por um algoritmo e vendidos como NFTs na rede Ethereum. Cada personagem tem características únicas e raridade variável. O museu adquiriu o CryptoPunk número 2.536, que representa uma mulher com cabelo loiro e óculos escuros.
A exposição também apresenta obras de outros artistas que usam NFTs para questionar as noções de autoria, originalidade, valor e propriedade na era digital. Entre eles estão Kevin Abosch, Sara Ludy, Harm van den Dorpel, Raphaël Bastide e Art Blocks.
A exposição “NFT: A Poética do Imaterial da Certificação à Blockchain” ficará em cartaz até 30 de junho de 2023 no Centro Pompidou em Paris.
Faça parte da nova fase de valor da fotografia >>> NFoTo: fotografia blockchain e inovação
Precisando de ajuda com o marketing? >>> Plano de Marketing 2023
Comments