A empresa diz que pagará aos artistas se suas imagens forem licenciadas após serem editadas com IA, mas não aceitará conteúdo gerado ou editado por IA para licenciamento
A Shutterstock, uma das maiores plataformas de fotografia de bancos de imagens do mundo, anunciou na quinta-feira que lançou um conjunto de novas ferramentas de edição de imagens baseadas em inteligência artificial (IA) que permitem aos usuários transformar fotos reais de sua biblioteca. As ferramentas incluem o Magic Brush, que permite adicionar, substituir ou apagar elementos de uma imagem ao escovar uma área e descrever o que se deseja fazer; o gerador de versões alternativas, que cria variações de uma imagem usando IA; o expansor de fundo, que aumenta o plano de fundo de uma imagem; o redimensionador inteligente, que adapta automaticamente a forma de uma imagem às dimensões necessárias; e o removedor de fundo, que elimina o plano de fundo de uma imagem.
A Shutterstock afirma que as ferramentas são “uma oferta sem precedentes na indústria de fotografia de bancos de imagens” e que elas oferecem “infinitas possibilidades para tornar o estoque seu”. A empresa também diz que compensará os artistas cujas imagens forem licenciadas após a edição com IA, mas que não permitirá que conteúdo gerado ou editado por IA seja licenciado em seu site, para proteger os direitos autorais e a remuneração adequada dos artistas.
As ferramentas de edição de imagens com IA da Shutterstock ainda estão em fase beta e fazem parte da atualização do editor de imagens da empresa, que também inclui um gerador de imagens com IA baseado na tecnologia DALL-E da OpenAI. A Shutterstock expandiu sua parceria com a OpenAI em julho, permitindo que a DALL-E treinasse na biblioteca da Shutterstock por mais seis anos. A empresa também anunciou no ano passado um fundo de contribuição para pagar aos artistas cujo trabalho é usado para treinar os modelos de IA.
A Shutterstock não é a única empresa que está apostando na edição de imagens com IA. Outras empresas, como Adobe e Canva, também lançaram ferramentas de design baseadas em IA nos últimos meses. A Adobe lançou suas ferramentas Firefly em setembro, que permitem aos usuários criar imagens realistas a partir de descrições textuais. A Adobe também anunciou um esquema de bônus anual para pagar aos artistas que permitirem que suas imagens sejam usadas para treinar os modelos da empresa. O Canva lançou um conjunto de ferramentas gratuitas em março, que permitem aos usuários adicionar efeitos, filtros, textos e ícones às suas imagens.
Como isso pode ser útil ou não para fotógrafos:
As ferramentas de edição de imagens com IA podem ser úteis para fotógrafos que querem personalizar ou melhorar suas imagens sem ter que usar softwares complexos ou caros. Elas também podem ser uma forma de aumentar a criatividade e a originalidade dos fotógrafos, ao permitir que eles experimentem diferentes estilos, cores e elementos em suas fotos. Além disso, as ferramentas podem ser uma fonte de renda extra para os fotógrafos, se eles receberem uma parte dos lucros das licenças das imagens editadas com IA.
No entanto, as ferramentas também podem ter desvantagens para os fotógrafos. Elas podem diminuir o valor e a autenticidade das imagens originais, ao torná-las mais fáceis de serem alteradas ou copiadas. Elas também podem gerar questões éticas e legais sobre os direitos autorais e a propriedade intelectual das imagens geradas ou editadas por IA. Além disso, as ferramentas podem representar uma ameaça à qualidade e à diversidade das imagens disponíveis no mercado, se elas forem usadas para criar conteúdo falso ou enganoso.
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