Fotos profissionais vendem e isso é um fato. Esse poder da imagem que realiza um trabalho bem-feito para as mais variadas funções ainda parece pouco explorado (e entendido) pelos próprios fotógrafos
Uma foto vende. Aquele lanche saboroso da imagem, uma pessoa de alguma profissão aparentando ser confiável e profissional. Um apartamento convidativo e bonito. Uma bela família feliz.
Todas as cenas provavelmente vieram a sua mente na forma de belas imagens. Quem as cria da melhor maneira possível? Pois é.
Fotógrafos e fotógrafas perderam um pouco (talvez muito) da autoestima. Quem sabe é culpa das redes sociais? Ou seria por conta dos smartphones? Ou ainda poderia ser a saturação de fotógrafos por aí. Será mesmo?
Uma matéria recente da Folha diz que a fotografia amadora com aquele estilo clássico do passado estaria desaparecendo. Não sei se concordo com isso, mas de qualquer forma é o profissional que faz a diferença na construção da imagem ideal e vale para qualquer coisa. Vivemos em um momento dominado por todo tipo de informação (vídeos, fotos e afins) e curiosamente quando a imagem é fantástica, ela acaba se destacando.
O que faz uma bela foto? Isso é bem subjetivo, mas sabemos quase sempre quando a vemos. Agora temos 8 bilhões de pessoas no mundo (número alcançado recentemente) e a expressão "todo mundo é fotógrafo(a)" é um jargão graças aos smartphones. Mas veja que curioso, temos só 6.6 bilhões de dispositivos móveis no planeta em 2022. Ainda falta smartphone para fechar essa conta.
Quase todo mundo é fotógrafo e isso não quer dizer que todos são bons na hora de criar imagens. Na verdade, me parece muito pelo contrário.
Cresce a tendência de geração de imagens para venda de qualquer coisa na internet. Roupas, livros, produtos em geral que precisam ficar bonitos e "vendáveis". Quem vai resolver esse problema? Cresce o interesse por uma foto mais autêntica seja para retratos, famílias e eventos. Algo que consiga entregar o que foi aquela experiência e ainda representar de forma valiosa o que foram aqueles momentos. A prova desse valor do autêntico é que o app do ano segundo a Apple é o BeReal e não o TikTok ou o Instagram.
Por que a fotografia é um meio crucial para o marketing? Porque ela serve para contar a história de uma família, de uma empresa, de uma pessoa seja ela corporativa ou influenciadora. Aliás, 15 milhões de brasileiros se dizem influenciadores. Um mercado 15 vezes maior do que de casamentos. Por sinal, se combinarmos newborn e formaturas aí também não chega nesse número dos "influencers".
Todo mundo é fotógrafo, pouquíssimos são bons e menos ainda profissionais. Com a expansão que ocorreu no mundo digital surgem mais oportunidades para cada fotógrafo e fotógrafa nessa nova fase complexa e desafiadora para a fotografia.
O problema é a crise de imagem no mercado. Fotógrafos e fotógrafas parecem meio perdidos quanto a posicionamento, como criar uma causa e ficam olhando para tendências difusas e coisas brilhantes que ocorrem aqui e ali. A solução está em um movimento mais individual. "Você tem que se vender e mostrar seu valor nessa causa pela fotografia".
Foto bonita e eficiente você deveria saber fazer. Está na hora de também falar disso e contar essa história para (re)valorizar o trabalho a ser feito da fotografia profissional. Trata-se nesse momento de um exercício: olhar para você e identificar o que você tem de forte na sua individualidade e o que existe no mercado para ser atendido. E acredite: tem oportunidade inexplorada porque tem muita gente fazendo só o que o coleguinha está fazendo.
Na medida que a internet avança e avança ocorrerá algo curioso. Veremos mais "imagens mais do mesmo" e em paralelo isso vai criar uma demanda por versões mais autênticas, com assinatura visual. E diria que isso vale para todas as áreas da fotografia.
Uma imagem é moeda supervaliosa no marketing. Está na hora de trabalhar também a sua imagem para valorizar sua marca e trabalho para esse mercado.
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