O retrato da contradição com o avanço da IA na fotografia
- Leo Saldanha

- 22 de out.
- 2 min de leitura
Quando a IA que ameaça fotógrafos começa a ser ameaçada pela própria IA

Os geradores de retratos corporativos com Inteligência Artificial cresceram rápido, prometendo headshots perfeitos em segundos. Mas, ironicamente, agora enfrentam o mesmo problema que criaram. Com o avanço do Google Nano Banana, que gera imagens realistas e gratuitas diretamente no navegador, as próprias plataformas de IA pagas estão tendo que se reinventar: oferecendo diferenciais como estilo artístico, expressões personalizadas e retoques “emocionais” para não perder espaço. E estão indo além de headshots para LinkedIn oferecendo outros temas como Natal, namorados, família, viagem e até Dia das Bruxas.

A corrida virou um espelho do próprio mercado da fotografia. Enquanto IAs brigam entre si para parecer mais humanas, fotógrafos reais enfrentam o desafio de mostrar o valor da experiência, da direção e da presença. E quem cobra barato sente ainda mais o impacto: se o cliente busca apenas custo e rapidez, a IA sempre vai vencer. Até porque Nano Banana e afins agora permitem criar de graça um retrato ou ensaio. Ou seja, a inteligência artificial já está mordendo o próprio rabo. Quem diria? Não que isso seja um alívio para profissionais. Na verdade serve como alerta, para criar algo mostrando valor, realidade, propósito e experiência. Ter grife visual (o branding fotográfico) virou questão de sobrevivência.
O paradoxo é claro: quanto mais as máquinas tentam parecer humanas, mais o humano precisa lembrar o público do que é ser visto de verdade e viver aquilo de forma presencial.
📍Na comunidade Fotograf.IA + C.E.Foto, estamos debatendo exatamente isso: como fotógrafos podem usar a IA sem perder o olhar.




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