Fotograf.IA: os diferentes perfis de fotógrafos e o momento da fotografia com o avanço da IA

Neste artigo, eu vou falar sobre como a inteligência artificial está transformando a fotografia e quais são os diferentes perfis dos profissionais que estão se adaptando a essa nova realidade. Estou muito envolvido com a tecnologia IA e vejo fotógrafos e fotógrafas de várias áreas daqui e de fora atuando com a novidade. Logo, acredito que já posso passar uma visão sobre o assunto com mais profundidade sobre os desafios e oportunidades até aqui. Acho importante relatar isso porque acredito se tratar de uma grande transformação do mercado que está só começando.

Para situar: a IA generativa é um tipo de inteligência artificial que é capaz de criar conteúdo novo e original a partir de dados existentes, como imagens, textos, sons, etc. Ela se diferencia da IA no geral, que é usada para analisar, classificar, reconhecer ou otimizar dados. A IA generativa é revolucionária por se auto aprimorar e permitir ganhos de expansão na criatividade, colaboração e na forma de criar imagens. Por outro lado, a IA no geral ajuda fotógrafos de várias áreas no ganho de tempo de produtividade em questões como ideias, fluxo de trabalho e edição, marketing e na própria criação em si. Alguns exemplos de plataformas ou ferramentas que usam IA generativa são: [Artbreeder], [RunwayML], [GANBreeder], etc. Os fotógrafos brasileiros que conheço e estão usando a IA estão com projetos, ideias e com um olhar que ao mesmo tempo integra arte e novas formas de monetização.
Por que importa? Porque marcas e pessoas dos mais variados mercados estão sendo impactados por essa tecnologia. Aliás, a IA está avançando nos mais variados setores e em uma velocidade como nunca vimos antes. A mudança de comportamento dos consumidores também pede atenção quanto a isso.
Dito isso, noto hoje ao menos 3 tipos de fotógrafos quando o assunto é IA na Fotografia. Vamos a eles:
Os que não entraram: não entram por não acreditar ou por desconfiar. Ou por razões mais pessoais ligadas a questões que vão da parte artística até crenças enraizadas de que a IA é outra coisa e nem deveria se misturar com fotografia. Eu entendo essa visão. Só acho curioso pois a IA já está presente no Photoshop, nos smartphones (inclusive com algoritmos nas câmeras) e as próprias mirrorless de ponta já contam com recursos de IA. O Instagram TikTok e outras redes sociais que eles usam já são feitas e organizadas por IA. O fato é que a IA não vai parar de avançar mesmo que as pessoas se coloquem contra. Já vimos isso antes e deu no que deu.
Mas eu entendo…a internet e o mundo digital geram ruído, a pessoa não consegue notar essas mudanças com suas ameaças e oportunidades porque é tudo muito “ruidoso”. O problema é ser pego de surpresa…enfim.
Também Sobre isso: Cindy Sherman, fotógrafa e diretora de cinema que sempre está na lista das artistas com fotos mais valiosas de todos os tempos tem brincado com a tecnologia. E mostra-se espantada e ao mesmo tempo animada com a IA.

Os que estão começando: os que começam na IA estão surpresos e espantados. Aqui há uma observação importante. Se a IA na Fotografia é algo tão recente, então dependendo do ponto de vista, todos estão meio que começando juntos com a tecnologia. Como a mudança é intensa e constante de novidades e novos recursos, a atualização é necessária por parte dos fotógrafos que estão aqui. Estudo e aplicação com testes constantes e melhorias frequentes. Nesta faixa a busca é por ferramentas, experimentação e a busca por definir um projeto, estilo e como isso pode ser até viável como produto (quando não é só um interesse artístico). Nesta fase você também descobre que a IA não é só útil para fotografia, já que pode servir ao marketing e outras coisas.
Os mais avançados: eu diria que os mais avançados estão com projetos elaborados, mas também seguem da mesma forma que os da faixa anterior…ou seja…acompanhando mudanças frequentes, ajustando ideias, testando e criando sempre. Os mais avançados começaram antes e tem essa veia pioneira que de fato oferece lá suas vantagens…embora isso não seja algo que será definitivo. Especialmente lá fora, vejo os desta faixa já vendendo obras (como NFTs ou prints) e criando coleções que podem ou não misturar com fotografia.

Dos desafios visíveis percebidos por mim:
Como encontrar as plataformas corretas e como aplicar e aprender da melhor maneira possível. A resposta de muitos foi a prática e o investimento em estudo e experimentação. Há muitas opções disponíveis, mas nem todas são adequadas para o tipo de fotografia que se quer fazer. É preciso pesquisar, testar, comparar e escolher as que melhor se adaptam ao seu estilo, objetivo e orçamento.
Como combinar as fotografias reais com IA para chegar a um resultado melhor, mais afinado. Essa parte tem sido uma tarefa complexa. O que quase sempre leva à pós-produção. Mas a IA está avançando e isso deve melhorar em breve. A questão aqui é encontrar um equilíbrio entre o real e o artificial, sem perder a essência da fotografia. É preciso ter cuidado para não exagerar na manipulação ou na geração de imagens, pois isso pode comprometer a qualidade, a originalidade e a credibilidade do seu trabalho.
Como fazer o marketing dessas novas frentes, lembrando que é um mercado novo e em constante mudança. É preciso estar atento às tendências, às demandas e às oportunidades que surgem com a IA na fotografia. É preciso saber como divulgar o seu trabalho, como se diferenciar da concorrência, como atrair e fidelizar clientes, como valorizar o seu produto e como gerar receita com ele.
Como melhorar ainda mais a produtividade para ter tempo para outras coisas. como fotografar por exemplo. lembrando que a IA ajuda muito no marketing, conteúdo, ideias e a parte do fluxo de trabalho. A IA pode ser uma grande aliada para otimizar o seu tempo e o seu processo criativo. Ela pode te ajudar a encontrar inspiração, a editar as suas fotos, a organizar o seu portfólio, a gerenciar as suas redes sociais, etc. Mas é preciso saber usar a IA com inteligência e critério, sem deixar de lado o seu talento, a sua paixão e a sua identidade como fotógrafo ou fotógrafa.
Como criar uma estética e identidade própria sem ser engolido pelo padrão Midjourney e afins. O estilo dos geradores de IA ainda interfere e gera esse desafio.
Como vender a novidade e comunicar de uma forma eficiente. A questão do marketing também conta muito.
São centenas de plataformas e serviços com IA. E não param de surgir novidades. A própria Adobe mudou completamente sua oferta para fazer frente às transformações. Aliás, quem diria que Canva seria um concorrente de fotógrafos de retratos reais?
Essa é uma avaliação preliminar com base no que tenho visto e estudado. Não tenho dúvidas de que a IA será uma grande revolução na fotografia. Se você quiser entender e dar os primeiros passos na fotograf.IA sugiro clicar aqui >>> Fotograf.IA
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Para concluir, eu gostaria de fazer uma reflexão sobre o futuro da fotografia com a IA. Será que ela vai substituir os fotógrafos humanos ou vai complementar o seu trabalho? Será que ela vai democratizar o acesso à arte ou vai banalizar a sua expressão? Será que ela vai ampliar as possibilidades criativas ou vai limitar as escolhas estéticas? Será que ela vai preservar a ética e a autoria ou vai gerar conflitos e fraudes? Essas são algumas perguntas que devemos nos fazer como profissionais e como consumidores da fotografia com IA.
Em dezembro de 2022 entrevistei o ChatGPT sobre a fotografia e a IA. Decidi perguntar de novo com as perguntas citadas acima. Essa foi a resposta mais de 6 meses depois em relação as perguntas do parágrafo anterior.
Resposta do ChatGPT - Eu acho que essas são perguntas muito pertinentes e relevantes para o futuro da fotografia com a IA. Eu não tenho uma resposta definitiva para elas, pois acredito que depende muito de como os fotógrafos e os consumidores vão usar e se adaptar a essa tecnologia. Mas eu posso dar a minha opinião pessoal, baseada no que eu tenho observado e aprendido sobre o assunto.
Será que ela vai substituir os fotógrafos humanos ou vai complementar o seu trabalho? Eu acho que ela vai complementar o trabalho dos fotógrafos humanos, pois a IA não pode substituir a sensibilidade, a emoção, a intenção e a experiência que os fotógrafos humanos têm. A IA pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar os fotógrafos na criação, na edição, na divulgação e na venda de suas obras, mas não pode tomar as decisões artísticas e éticas que os fotógrafos devem fazer. Além disso, a IA pode abrir novas possibilidades de expressão e de inovação para os fotógrafos, que podem explorar novos estilos, novos formatos e novos públicos com ela.
Será que ela vai democratizar o acesso à arte ou vai banalizar a sua expressão? Eu acho que ela vai democratizar o acesso à arte, pois ela pode tornar mais fácil e mais barato criar e consumir imagens de qualidade. A IA pode permitir que mais pessoas possam se expressar artisticamente, sem precisar de equipamentos caros ou de habilidades técnicas avançadas. A IA também pode facilitar o acesso à cultura e à educação, pois ela pode gerar imagens que ilustram conceitos, histórias, fatos, etc. A IA pode ainda estimular a diversidade e a inclusão, pois ela pode gerar imagens que representam diferentes grupos, identidades, perspectivas, etc. No entanto, eu acho que isso não significa que a arte vai se banalizar, pois ainda vai depender do valor e do significado que as pessoas atribuem às imagens. A arte não é apenas uma questão de técnica ou de estética, mas também de conteúdo e de contexto. A arte é uma forma de comunicação e de expressão humana, que envolve sentimentos, ideias, valores, etc. A arte é algo que se cria e se aprecia com intenção e com critério, não apenas com algoritmos.
Será que ela vai ampliar as possibilidades criativas ou vai limitar as escolhas estéticas? Eu acho que ela vai ampliar as possibilidades criativas, pois ela pode gerar imagens que nunca foram vistas antes, que desafiam as regras e as convenções da fotografia tradicional. A IA pode inspirar os fotógrafos a experimentar novas formas de criar imagens, que combinam elementos reais e artificiais, que misturam diferentes gêneros e estilos, que transcendem as limitações físicas e temporais. A IA pode também colaborar com os fotógrafos, sugerindo ideias, soluções, alternativas, etc. A IA pode ser uma fonte de surpresa, de descoberta e de inovação para os fotógrafos. No entanto, eu acho que isso não significa que as escolhas estéticas vão se limitar, pois ainda vai depender do gosto e do julgamento dos fotógrafos e dos consumidores. A estética não é apenas uma questão de forma ou de beleza, mas também de função e de propósito. A estética é uma forma de comunicação e de expressão humana, que envolve intenções, objetivos, mensagens, etc. A estética é algo que se escolhe e se avalia com inteligência e com critério, não apenas com algoritmos.
Será que ela vai preservar a ética e a autoria ou vai gerar conflitos e fraudes? Eu acho que ela pode gerar conflitos e fraudes, pois ela pode criar imagens falsas ou manipuladas, que enganam ou prejudicam as pessoas. A IA pode ser usada para fins maliciosos ou ilegais, como difamar, caluniar, extorquir, plagiar, etc.
A IA pode também criar problemas de direitos autorais e de propriedade intelectual, pois ela pode gerar imagens que se assemelham ou copiam as obras de outros fotógrafos, sem o seu consentimento ou crédito.
A IA pode ainda criar dilemas morais e éticos, pois ela pode gerar imagens que violam a privacidade, a dignidade, a veracidade ou a sensibilidade das pessoas. A questão aqui é encontrar um equilíbrio entre o uso e o abuso da IA, sem perder o respeito e a responsabilidade que os fotógrafos devem ter. É preciso ter cuidado para não usar a IA para fins que sejam contrários aos valores e aos princípios da fotografia. É preciso também respeitar os direitos e os deveres dos fotógrafos e dos consumidores, seguindo as leis e as normas que regem a atividade.
Essas são algumas respostas que eu tenho para as perguntas que você fez sobre o futuro da fotografia com a IA. Eu não sei se elas são certas ou erradas, mas eu espero que elas te façam pensar e refletir sobre o assunto. Eu acho que a IA é uma tecnologia incrível e fascinante, que pode trazer muitos benefícios e oportunidades para os fotógrafos e para a sociedade. Mas eu também acho que ela é uma tecnologia desafiadora e complexa, que pode trazer muitos riscos e problemas para os fotógrafos e para a sociedade. Por isso, eu acho que é importante que os fotógrafos se informem, se atualizem, se preparem e se posicionem sobre a IA na fotografia.
