ChatGPT 5 chegou: será o começo de uma nova era com inteligência artificial?

Leo Saldanha
há 3 dias
4 min de leitura

O novo modelo da OpenAI inaugura a era dos agentes inteligentes, com avanços em raciocínio, criatividade e segurança

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Em um dos lançamentos mais aguardados do ano, a OpenAI apresentou nesta quinta-feira (7) o GPT-5, modelo que marca uma nova fase para o ChatGPT e para a própria inteligência artificial como conhecemos.

Diferente dos modelos anteriores, o GPT-5 não se limita a responder perguntas com precisão. Ele executa tarefas complexas em nome dos usuários, como gerar softwares completos, organizar calendários ou criar resumos de pesquisa. Mais do que um chatbot, o GPT-5 se comporta como um agente digital com raciocínio próprio.

Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o novo modelo representa um passo significativo rumo à inteligência artificial geral (AGI), ou seja, sistemas capazes de realizar boa parte do trabalho intelectual humano com desempenho superior.

“Ter algo como o GPT-5 seria impensável em qualquer outro momento da história”, afirmou Altman durante o anúncio.

O que muda para os usuários?

A principal novidade é que todos os usuários gratuitos do ChatGPT agora terão acesso direto ao GPT-5, sem necessidade de plano pago, uma mudança que democratiza o acesso ao raciocínio avançado de IA, antes restrito à versão Plus.

Além disso, a navegação ficou mais simples. O modelo identifica automaticamente quando deve responder rapidamente ou quando precisa "pensar" por mais tempo para entregar uma resposta mais elaborada. Um novo sistema de roteamento em tempo real faz essa escolha para o usuário.

No lado visual, o ChatGPT também estreia quatro novas personalidades: Cínico, Robô, Ouvinte e Nerd. Cada uma ajusta o tom e o estilo das respostas, oferecendo uma experiência mais personalizada.

Avanços reais (e comparações com os concorrentes)

Nos testes de benchmark, o GPT-5 superou modelos de peso como Claude Opus 4.1 (Anthropic), Gemini 2.5 Pro (Google) e Grok 4 Heavy (xAI) em áreas como codificação, ciências exatas e criatividade.

Destaques incluem:

Codificação (SWE-bench Verified): GPT-5 obteve 74,9% de acerto, contra 74,5% do Claude e 59,6% do Gemini.
GPQA Diamond (questões científicas de nível PhD): 89,4% de acerto, acima de todos os concorrentes.
Saúde (HealthBench): GPT-5 reduz drasticamente as alucinações, com apenas 1,6% de erro em respostas de saúde — um número muito inferior aos 12,9% do GPT-4o.
Criatividade: segundo a OpenAI, o novo modelo tem “melhor gosto” e se expressa de maneira mais natural em tarefas criativas e de escrita.

Apesar de ainda ter desempenho irregular em algumas tarefas práticas de navegação online (como acessar sites de companhias aéreas), o GPT-5 demonstrou progresso em confiabilidade e segurança.

Alex Beutel, responsável pela área de segurança da OpenAI, destacou que o novo modelo é menos propenso a enganar ou fornecer respostas perigosas. Ele também entende melhor a intenção dos usuários, recusando com mais precisão pedidos maliciosos sem bloquear interações legítimas.

O que esperar do futuro?

Com mais de 700 milhões de usuários semanais, o ChatGPT tornou-se um dos produtos de tecnologia mais populares do mundo. A chegada do GPT-5 levanta o nível de expectativa, tanto de consumidores quanto de investidores e reguladores.

O modelo é um marco técnico, mas talvez mais importante seja o que ele representa: a transição do assistente digital que responde para o agente inteligente que age. E isso impacta tudo, do modo como trabalhamos à forma como tomamos decisões.

Ainda é cedo para saber se o GPT-5 consolidará sua liderança frente à concorrência. Mas uma coisa é certa: a corrida pela próxima geração da inteligência artificial acaba de ganhar um novo fôlego.

E o que isso significa para fotógrafos e criativos?

Para quem vive da imagem, da criação e da sensibilidade, o lançamento do GPT-5 não é apenas um avanço técnico. Algo que no fim é uma provocação.

A título de comparação: GPT-3.5 era como um aluno do ensino médio; o GPT-4o, como um universitário; o GPT-5, um PhD com iniciativa própria.

Estamos diante de uma ferramenta que entende melhor a linguagem humana, que cria com mais fluidez, que escreve com mais contexto e compõe com mais intuição. O novo modelo promete mudar o jogo em áreas como direção criativa, escrita para portfólio, branding visual, atendimento automatizado, criação de conceitos fotográficos e até curadoria de imagem.

Mais do que nunca, a IA deixa de ser um acessório futurista e se torna uma parceira real no processo criativo e na construção de valor de marca. Saber usar isso a favor do seu olhar, da sua estética e do seu negócio será um diferencial cada vez mais decisivo.

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