Canon e Nikon anunciam aumento de preços nos EUA após tarifas: o que isso significa para o mercado global de fotografia

Fabricantes ajustam valores de câmeras e lentes diante de novas pressões comerciais. E o impacto pode chegar mais longe do que se imagina.

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A partir de 23 de junho, tanto a Canon quanto a Nikon começaram a aplicar reajustes nos preços de suas câmeras e lentes nos Estados Unidos. O motivo? A escalada nas tarifas de importação que atinge produtos vindos de países como Japão, Vietnã, Tailândia e China.

A movimentação não chega a ser uma surpresa. Em comunicados anteriores, ambas as marcas já haviam sinalizado aumentos, ainda que sem detalhar prazos ou percentuais. Agora, com os novos valores já sendo aplicados no varejo (em especial nas plataformas da Amazon e nos sites oficiais) a realidade começa a se impor também para consumidores e profissionais que operam globalmente.

A matemática das tarifas e o reflexo nos preços

Segundo levantamento com base em ferramentas como Keepa e CamelCamelCamel, o aumento médio dos preços dos produtos da Nikon ficou em torno de 10,05%. A Canon seguiu caminho semelhante, com média de 9,7%, embora alguns modelos (como a Canon EOS R3) tenham saltado mais de US$ 1.000 em alguns canais.

Essa elevação acompanha diretamente o percentual do atual “baseline” tarifário, de 10%, já em vigor. Porém, a situação pode se agravar: uma nova rodada de tarifas está prevista para julho, com taxas que podem chegar a 46%, dependendo do país de origem.

O que está em jogo além do dólar

Embora os aumentos tenham sido aplicados nos EUA, a cadeia de valor da fotografia é global. Profissionais brasileiros e de outras regiões podem sentir os reflexos de duas maneiras:

• Reposição mais cara: Com o estoque norte-americano encarecendo, a tendência é que preços internacionais também subam, especialmente quando novas remessas forem importadas.

• Equipamentos usados valorizados: Com o custo do novo em alta, o mercado de usados e recondicionados ganha força. E isso pode se tornar alternativa estratégica para muitos fotógrafos.

Oportunidade ou sinal de alerta?

As grandes marcas não confirmaram novos aumentos, mas a possibilidade está no radar. Diante de tarifas que podem saltar para até 34% em agosto (no caso da China), é difícil imaginar que os preços atuais se mantenham por muito tempo.

Para quem cogita investir em novos equipamentos, o momento talvez seja agora... antes que uma nova rodada de ajustes venha à tona.

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📌 Em tempo: o Brasil ainda não foi diretamente impactado por essas medidas, mas o mercado fotográfico não funciona em bolhas. Fique atento. E considere olhar com mais carinho para o que você já tem, repensando fluxo de trabalho, manutenção e aproveitamento do equipamento atual.

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