Empresa é acusada de falta de clareza em informações sobre planos anuais. Marca está sendo processada pelo governo norte-americano
O governo dos EUA moveu uma ação judicial contra a Adobe, empresa por trás do Photoshop e Illustrator, por supostas práticas enganosas em seus planos de assinatura. A acusação gira em torno da falta de clareza e transparência em relação às taxas de rescisão antecipada (ETF) para os planos "anuais, pagos mensalmente" (APM), disponíveis para diversos softwares da empresa, como Photoshop, Premiere Pro, Acrobat Pro, InDesign e Lightroom.
De acordo com a denúncia, a Adobe "esconde" os termos do plano APM em "letras miúdas" e por trás de caixas de texto e hiperlinks opcionais, dificultando o acesso das informações aos consumidores. A empresa também não informa claramente a existência da ETF e seus valores, o que leva muitos usuários a se sentirem "aprisionados" em assinaturas que não desejam mais.
"Ao se inscrever, a Adobe oculta termos materiais de seu plano APM em letras miúdas e atrás de caixas de texto e hiperlinks opcionais, fornecendo divulgações que são projetadas para passar despercebidas e que a maioria dos consumidores nunca vê", afirma a denúncia.
Mikaela Shannon/Unsplash
Processo de cancelamento "oneroso" e informações insuficientes
A denúncia também destaca as dificuldades que os usuários enfrentam para cancelar suas assinaturas. O processo é considerado "oneroso" e envolve uma "emboscada" de ETF. Para obter informações sobre a ETF, os usuários precisam passar o mouse sobre um ícone de "i", o que muitos não fazem.
Mesmo com a caixa cinza que informa "Se você cancelar após 14 dias, seu serviço continuará até o final do período de faturamento daquele mês, e será cobrada uma taxa de rescisão antecipada", a denúncia alega que as informações sobre o ETF são insuficientes e não deixam claro o compromisso de um ano que o plano APM exige.
Buscando reparação e fim das práticas enganosas
O governo dos EUA busca indenizações monetárias para os consumidores que foram prejudicados pelas práticas da Adobe. Além disso, exige que a empresa acabe com essas supostas práticas enganosas e forneça informações claras e transparentes sobre seus planos de assinatura, incluindo os termos da ETF.
Adobe se defende e promete refutar as acusações
Em resposta à ação judicial, a Adobe emitiu uma declaração afirmando que seus serviços de assinatura são convenientes, flexíveis e econômicos, permitindo que os usuários escolham o plano que melhor se adapta às suas necessidades. A empresa também reitera sua prioridade em garantir uma experiência positiva para seus clientes e afirma que seus termos e condições de assinatura são transparentes e que o processo de cancelamento é simples. "Vamos refutar as alegações da FTC no tribunal", disse Dana Rao, conselheira geral e diretora de confiança da Adobe.
Foto: Mark Cruz/Unsplash
As últimas "pisadas na bola" da Adobe com IA e fotografia
Vale ressaltar que essa ação judicial se soma a uma série de outras polêmicas recentes envolvendo a Adobe, principalmente no que diz respeito à sua utilização de inteligência artificial (IA) na área da fotografia. Recentemente, a empresa foi criticada por fazer uma divulgação polêmica em anúncios pagos nas redes sociais dispensando o fotógrafo com o uso da IA.
Adobe em destaque nas últimas semanas
Com a ação judicial em andamento e as recentes controvérsias em torno da IA, a Adobe se encontra em um momento delicado. Resta saber se a empresa conseguirá se defender das acusações e recuperar a confiança dos consumidores. O futuro da Adobe, sem dúvida, dependerá das decisões tomadas neste momento crucial.
Adobe impulsionada por IA registra recorde de vendas no segundo trimestre
Ações da empresa disparam mais de 14% após resultados fortes.
A Adobe teve um segundo trimestre excepcional, impulsionado principalmente pela demanda por seus produtos de inteligência artificial (IA). A empresa reportou vendas recordes de US$ 5,3 bilhões, superando as expectativas dos analistas. As ações da Adobe subiram mais de 14% nas negociações de sexta-feira, o maior aumento em um único dia em mais de quatro anos.
O CEO da Adobe, Shantanu Narayen, atribuiu o forte desempenho da empresa à "inovação" e à forma como a IA está tornando seus aplicativos "mais acessíveis, fáceis de usar e com maior valor". Ele destacou o lançamento do Firefly, conjunto de modelos de IA generativa para a suíte Creative Cloud, e a parceria com a Microsoft como marcos importantes.
Foto: Emily Bernal/Unsplash
Narayen se mostrou confiante de que a IA continuará a impulsionar a Adobe no futuro, expandindo o mercado e tornando seus produtos mais atraentes para os clientes. Ele ressalta que a empresa está se concentrando em converter o "interesse e a consciência da IA em monetização".
Apesar do sucesso, a Adobe enfrenta desafios.
A empresa tem se esforçado para lidar com as controvérsias em torno da IA, como o uso indevido de deepfakes e a questão dos direitos autorais no treinamento de modelos de IA. Para combater esses problemas, a Adobe cofundou a Coalition for Content Provenance and Authenticity (C2PA) e implementou mudanças em seus termos de serviço que geraram debate entre os criadores de conteúdo.
Apesar dos desafios, o futuro da Adobe parece promissor.
Com o crescente interesse e investimento em IA, a empresa está bem posicionada para capitalizar essa tendência e continuar seu crescimento nos próximos anos. O recorde de vendas no segundo trimestre demonstra a força da estratégia da Adobe focada em IA e reforça a posição da empresa como líder no mercado de software de design.
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