A nova disputa pela verdade visual: o que a IA fez com a fotografia em 2025
- Leo Saldanha

- 28 de nov.
- 2 min de leitura
Da infiltração sorrateira da inteligência artificial no cotidiano às obras satíricas de Phillip Toledano, o debate sobre autenticidade voltou ao centro da cultura visual.

Uma importante publicação de fora de arte/fotografia publicou uma análise mostrando como a IA entrou discretamente no fluxo diário da fotografia. De como a tecnologia já está muito integrada e avançando no dia a dia dos profissionais.
A evolução dos modelos gerou uma estética híbrida que desafia a percepção tradicional de realidade. A fronteira entre foto documental e imagem sintetizada se tornou mais fluida do que nunca, reacendendo dilemas éticos em áreas como jornalismo, concursos e preservação histórica.
Ao mesmo tempo, um artista referência (fotografia + IA) lança seu novo livro. O trabalho explora a sensação crescente de que não sabemos mais no que acreditar. Suas imagens (entre o surreal e o quase plausível) tratam justamente da erosão da verdade e da dificuldade em distinguir realidade de ficção.
A fala de Sundar Pichai e a criatividade latente

Em entrevista recente, o CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou que modelos como Nano Banana Pro revelam “quanta criatividade latente existe no mundo”. A frase resume uma mudança estrutural: mais pessoas conseguem transformar ideias em imagens profissionais sem barreiras técnicas.
Isso traz:
• explosão de criadores
• mais conteúdo concorrendo por atenção
• estética cada vez mais híbrida
• pressão sobre fotógrafos profissionais para reposicionar valor
O risco e a oportunidade para quem vive da imagem

A tecnologia avança, mas o mercado mostra que autenticidade, imperfeição e narrativa humana seguem em alta. Ao mesmo tempo em que a IA ganha realismo, cresce o desejo por imagens que carregam marcas do mundo real.
Para fotógrafos, isso significa que:
• técnica já não é diferencial
• visão e coerência estética são o novo ativo
• bastidores e processo fortalecem confiança
• marcas visuais fortes ganham espaço
• o híbrido (foto + vídeo + IA) se torna estrutura obrigatória
Em outras palavras: não é o fim da fotografia.
É o fim da fotografia como garantidora automática da verdade e o início de um ciclo em que a sensibilidade humana volta a ter valor estratégico.
Fiz uma análise mais aprofundada sobre este tema como um estudo de caso para membros da comunidade Fotograf.IA+C.E.Foto. Esse cenário da IA e do que ocorreu em 2025 será ainda mais forte e disruptivo em 2026.
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