Shutterstock, IA e o novo campo de batalha dos bancos de imagem
- Leo Saldanha

- 12 de ago.
- 4 min de leitura
A disputa entre gigantes pagos e plataformas gratuitas ganha um novo capítulo com a ascensão da inteligência artificial e a mudança no comportamento de quem consome imagens.

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O mercado global de fotografia de banco de imagens, avaliado em US$ 4,65 bilhões, está atravessando um dos períodos mais turbulentos desde a popularização do digital. A ascensão das ferramentas de geração de imagens por Inteligência Artificial não apenas redesenhou o fluxo de trabalho criativo, como também colocou em xeque o modelo de negócio que sustentou gigantes como a Shutterstock por décadas.
Em 2025, a empresa ainda mantém uma participação dominante de 61,55% no mercado, mas enfrenta uma pressão crescente em dois flancos: a concorrência de plataformas gratuitas e o avanço de ferramentas de IA que permitem criar imagens únicas, sob medida e em segundos.

Quando a inovação ameaça o próprio negócio
A Shutterstock não ficou parada. Lançou seu próprio gerador de imagens por IA em 2023, fechou parcerias com OpenAI, NVIDIA e Meta, e passou a licenciar seu acervo de mais de 400 milhões de imagens para treinar modelos de inteligência artificial. Isso lhe garantiu um papel relevante como fornecedora de “dados limpos” num cenário marcado por disputas jurídicas sobre direitos autorais.
Mas há um efeito colateral: essa mesma IA, treinada com seu acervo, pode ser usada para criar imagens que substituem a compra tradicional de fotos no banco. O resultado é que o faturamento com IA, que chegou a US$ 104 milhões em 2023, cresce, mas não compensa a estagnação do licenciamento tradicional, que ainda representa 81% da receita total.
A margem de lucro líquido despencou de 12,6% para 3,8% em um ano. É a prova de que, embora a IA gere novas receitas, ela também corrói a base antiga.

O contra-ataque dos gratuitos
Enquanto isso, plataformas como Unsplash, Pexels e, principalmente, a Freepik, ocupam espaço de forma silenciosa, mas eficiente. A Freepik, que começou como banco gratuito, atrai hoje cerca de 60 milhões de visitantes por mês e tornou-se um dos principais geradores de imagens por IA do mundo, reposicionando-se de forma estratégica sem abandonar a gratuidade como porta de entrada.
Essas plataformas oferecem mais do que fotos sem custo. Criaram ecossistemas visuais que misturam banco de imagens, vetores, mockups e agora geração personalizada por IA, atendendo desde criadores amadores até empresas. Para o usuário final, muitas vezes não há motivo convincente para pagar por algo que pode ser adaptado gratuitamente.

O que isso significa para fotógrafos e criadores
O impacto vai muito além das grandes corporações. Para fotógrafos que vendem em bancos de imagem, o recado é claro: depender exclusivamente do modelo tradicional de royalties está cada vez mais arriscado.
A democratização da criação visual, com IA e plataformas híbridas, exige que o fotógrafo repense seu papel:
Conteúdo como serviço, não só como arquivo – Oferecer imagens sob demanda, com briefing detalhado, pode valer mais que disponibilizar um portfólio genérico em um banco.
Especialização e autenticidade – A IA é excelente para criar o que já existe, mas ainda luta para capturar nuances humanas reais, contextos locais e narrativas profundas.
Parcerias estratégicas – Assim como a Freepik se reposicionou, fotógrafos podem criar ecossistemas próprios, combinando imagens, vídeo, treinamento e licenciamento inteligente.
O futuro dos bancos de imagem
O cenário aponta para dois caminhos:
Plataformas híbridas que integram IA como parte do processo criativo, sem depender apenas de licenciamento tradicional.
Modelos de dados e treinamentos, em que o acervo é tratado como ativo de dados licenciado para treinar IAs, mas com contratos que protejam o valor da marca e dos criadores.
Se a Shutterstock vai conseguir equilibrar a equação, ainda é cedo para dizer. Mas a Freepik mostra que é possível se reinventar com rapidez, mantendo relevância num mercado em transformação.
No fim, a disputa não é apenas tecnológica. É sobre quem consegue entregar valor percebido num mundo onde qualquer pessoa pode gerar uma imagem em segundos.
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