Robô humanoide Ai-Da rompe Barreiras e retrato de Alan Turing alcança valor recorde de $1,3 milhão na Sotheby's

Retrato simbólico do pioneiro da computação gera debate sobre o futuro da arte e o papel da inteligência artificial

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Em um marco histórico para o mercado de arte, o retrato "AI God", representando o matemático e decifrador de códigos da Segunda Guerra Mundial Alan Turing, foi vendido por surpreendentes $1,3 milhão (aproximadamente £1 milhão) no leilão de Arte Digital da Sotheby's. Criado pela artista robô humanoide Ai-Da, a obra superou em sete vezes o valor estimado, tornando-se o primeiro trabalho de um robô a alcançar tal prestígio em uma casa de leilões de renome.

Batizada em homenagem a Ada Lovelace, a primeira programadora da história, Ai-Da representa uma fusão notável entre tecnologia e arte. Com inteligência artificial avançada e câmeras nos olhos, ela captura imagens e, através de algoritmos complexos, cria retratos enquanto interage com colaboradores humanos que ajudam a desenvolver sua visão artística. O retrato final de Turing foi concretizado com o uso de uma impressora 3D texturizada, unindo conceito digital e expressão física.

A obra "AI God" transcende sua dimensão tecnológica, trazendo um simbolismo profundo e atual. A escolha de tons suaves e fragmentados no retrato reflete os desafios pessoais de Turing e levanta questões sobre o impacto futuro da inteligência artificial, uma preocupação que ele mesmo vislumbrou na década de 1950.

Para Aidan Meller, diretor do Ai-Da Robot Studios, esta venda representa um divisor de águas tanto para a arte quanto para a sociedade, desafiando percepções tradicionais sobre criatividade e consciência. A ironia de Turing ser imortalizado por uma tecnologia que ele ajudou a conceber não passa despercebida, evidenciando a interseção entre a criação humana e a inovação artificial.

Este recorde não só provoca novas reflexões sobre a expressão criativa, mas também levanta questões intrigantes: será que obras criadas por IA se tornarão a norma em galerias de prestígio? E, mais importante, como Turing veria este marco — como uma celebração de sua visão ou uma confirmação de suas preocupações sobre o impacto da IA na sociedade?

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