O mestre que ensinou o Brasil a fotografar: a despedida de Paulo Reichert

O fotógrafo gaúcho, referência nacional, faleceu em 15 de outubro aos 86 anos, deixando um legado que atravessa gerações e moldou a história da fotografia brasileira.

Paulo Reichert – fotógrafo. Foto: Arquivo Pessoal

Paulo Reichert dedicou sua vida à fotografia com a paixão e a generosidade de quem enxergava muito além da imagem. Gaúcho de Novo Hamburgo, ele construiu uma trajetória marcada pela excelência técnica, pela sensibilidade humana e por uma presença constante na formação de novos olhares. Sua morte, aos 86 anos, no último dia 15 de outubro, foi recebida com tristeza e comoção por colegas, ex-alunos e admiradores de todo o país.

Reconhecido como um dos grandes nomes da fotografia gaúcha, Reichert não apenas registrou pessoas, eventos e transformações sociais, mas também formou gerações de fotógrafos e fotógrafas. Um trabalho de retratar e ensinar que era conhecido pela precisão e elegância. Um legado inestimável para a fotografia brasileira. Muitos profissionais que hoje atuam no Brasil e no exterior começaram sob sua orientação, aprendendo que a fotografia é tanto técnica quanto empatia. A escola de fotografia criada por ele formou muita gente boa no mercado brasileiro. Aliás, perdi a conta de quantos entrevistei que tinham feito curso com ele.

Reichert publicou um livro com histórias sobre sua jornada, reunindo lembranças e bastidores de uma carreira fascinante. Era um contador de histórias em imagens e uma referência inspiradora. Nas redes sociais, desde quarta-feira, inúmeras homenagens têm sido publicadas, com mensagens de carinho, gratidão e respeito. Tudo um testemunho do impacto profundo que deixou no universo fotográfico e humano.

Sua perda representa o fim de uma era, mas também o início de uma herança que permanece viva em cada imagem inspirada por seu exemplo. Paulo Reichert deixa mais do que um acervo: deixa um modo de ver, um legado de ética, estética, da importância do ensino e humanidade que continuará iluminando quem acredita na fotografia como linguagem e memória.

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