O “smartphone robô” da Honor antecipa o futuro da fotografia com IA e movimento

A marca chinesa apresentou um conceito de smartphone com câmera robótica capaz de se mover, reagir e até expressar “personalidade”. Um vislumbre do que pode estar por vir na fotografia móvel com inteligência artificial.

A fronteira entre tecnologia e emoção está ficando cada vez mais tênue.A Honor revelou um conceito curioso e ousado chamado “Robot Phone”, um smartphone que promete se comportar quase como um pequeno ser vivo. O destaque é a câmera: ela sai da parte traseira do aparelho por meio de um braço mecânico capaz de girar, mudar de ângulo e até reagir com movimentos sutis: em um dos vídeos, o módulo chega a “rir”, como se tivesse acabado de ganhar consciência.

O conceito será apresentado oficialmente na próxima edição do Mobile World Congress, em Barcelona, mas o teaser divulgado pela marca já causou impacto no setor.A Honor descreve o projeto como um passo em direção a dispositivos que “sentem, se adaptam e evoluem”.Por trás da linguagem poética, está um investimento de 10 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos para transformar a empresa em uma companhia centrada em IA.

Embora ideias semelhantes já tenham surgido antes, como o módulo giratório do Asus Zenfone 6 em 2019 ou as câmeras articuladas da linha Oppo N: o “Robot Phone” leva o conceito a outro nível. A proposta não é apenas reinventar o hardware, mas dar à câmera um papel mais “vivo”, sensível e adaptativo. Em vez de um objeto estático, o celular se torna uma extensão física do olhar, quase como se tivesse vontade própria.

O modelo ainda existe apenas em versão conceitual CGI, mas o vídeo mostra um design realista: um smartphone espesso, com uma saliência robusta na parte superior abrigando o braço robótico. A câmera se move de forma independente, muda de posição para selfies, ajusta o enquadramento automaticamente e parece “observar” o ambiente ao redor. A inspiração lembra dispositivos como o DJI Osmo Pocket, que unem inteligência artificial e estabilização motorizada.

É claro que surgem dúvidas sobre durabilidade, custo e confiabilidade: pontos que fizeram outros experimentos mecânicos desaparecerem. Mas se a Honor conseguir unir movimento real e utilidade prática, pode inaugurar uma nova era para a fotografia móvel assistida por IA.

Mais do que um truque de design, o “Robot Phone” representa uma tendência crescente: o esforço das marcas para criar dispositivos com comportamento e presença, não apenas performance. Um celular que reage, observa e interage se torna uma metáfora poderosa do momento que vivemos em que a imagem digital começa a ganhar corpo, movimento e emoção.

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