O que estou lendo: O Barroco Submerso de Christy Lee Rogers

Um mergulho em fotografias que transformam corpos e tecidos em pinturas vivas sob a água

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Poucos artistas contemporâneos conseguem dialogar com séculos de história da arte sem perder frescor e identidade. A fotógrafa Christy Lee Rogers é uma dessas raras exceções. Inspirada pelo movimento Barroco e pelas obras de mestres como Caravaggio e Rubens, ela cria imagens subaquáticas que parecem flutuar entre o passado e o presente. Sua retrospectiva Aqueous Renaissance, em cartaz na ART LABOR Gallery, em Xangai, até 26 de outubro, reúne mais de duas décadas de experimentação poética com água, luz e movimento.

Criada no Havaí, Rogers sempre viu a água como musa e palco. Para cada foto, ela coreografa modelos em piscinas à noite, envoltos em tecidos que ganham vida própria ao se moverem. O resultado são composições que lembram pinturas barrocas, mas trazem sinais do mundo atual, como tatuagens e roupas contemporâneas. Essa dualidade transforma cada imagem em um diálogo entre eras e sensibilidades.

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Obras como The New Humanity e Destiny revelam figuras que se fundem em um só corpo, entrelaçadas por panos flutuantes e feixes de luz. Rogers descreve a água como “caos e liberdade”, um espaço onde o controle se dissolve e novas histórias emergem. O espectador é convidado a reinterpretar a própria relação com o corpo, o tempo e a arte.

Em um momento em que muitos fotógrafos buscam referências fora da superfície óbvia, o trabalho de Rogers prova que a inovação pode vir da tradição. Ela transforma um elemento comum (a água) em ferramenta narrativa sofisticada, lembrando que estética e emoção andam juntas. É um lembrete poderoso para fotógrafos(as) explorarem recursos simples de forma profunda.

📖 Leia a matéria completa no My Modern Met >>> Billowing Underwater Photography Inspired by Baroque Art

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