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Foto do escritorLeo Saldanha

O melhor fotógrafo do mundo

O apelo do marketing oferece uma oportunidade e ao mesmo tempo pede coragem para quem quer fazer o marketing. Entenda como





A chamada acima não é para trazer aqui o melhor fotógrafo do mundo. Até porque isso é algo subjetivo, aliás muito provavelmente teremos uns bons 100 melhores fotógrafos do mundo em cada área o que dá a dimensão do talento disponível hoje por aí.


O que não dá para negar é que a chamada funciona. As pessoas clicam e chegam aqui para ler e conferir, talvez até saiam do post ao não verem quem é o melhor do mundo. Eu recomendo que você fique para sair com uma visão distinta da importância do marketing na fotografia.


O que me levou a escrever essa post foi minha esposa. Outro dia ela voltou para casa com vários pães de mel. E ela me disse: decidi comprar porque passei várias vezes de carro na frente da loja e lá estava escrito: "o melhor pão de mel do mundo". Ela viu várias vezes sempre que passava ali na região. Até que um dia ela parou e voltou para casa com vários. Os sabores eram variados: tinha meio amargo, prestígio e o clássico. E de fato era muito bom, talvez até o melhor do mundo (talvez de SP, ou do Brasil). Ela me disse antes de cortar para a gente comer um pedaço: vamos ver se é melhor mesmo?


Perguntei para ela se era um lugar bacana e ela disse que não. Que era bem simples, mas a faixa na frente chamava a atenção. Isso me fez pensar: e se a loja não tivesse a tal faixa? Pois bem, nem teríamos conhecido o doce. Daí vem a reflexão bem óbvia e um clássico do marketing: se você não divulgar não tem como vender. Você está divulgando?


Dois: não precisa ser perfeito. Era uma divulgação sem nada especial no design, mas tinha uma frase chamativa e com apelo para quem curte doces. Ou seja, o importante é fazer, começar e se puder ajustar vá ajustando.


Três: a faixa estava lá todas as vezes que ela passou na frente e outras pessoas também viram. Logo, não é na primeira e nem na segunda vez. É a tal da repetição. Tem que insistir e manter. Uma pesquisa antiga de uma agência de publicidade respeitada nos EUA dizia que temos que ver a divulgação umas 25 a 30 vezes até nos deixarmos levar para o consumo. Eu não perguntei quantas vezes minha esposa viu a divulgação do pão de mel, mas suspeito que não foi tudo isso.


Mas e se todo mundo faz a mesma divulgação? A questão aqui é outra: esse pequeno negócio era o único com essa chamada. Hoje vemos mais gente preocupada em criar conteúdo do chamar para ação, para vender. Também vemos o contrário, gente que só tenta vender o tempo todo. Uma coisa é certa: se não chamar para vender qual a chance de vender de fato?


Outro dia vi na estrada uma faixa de conserto de fogão. Um lugar ruim, mal dava tempo de anotar o telefone. Nesse caso, tanto a divulgação quanto a informação estavam ruins.


Lembro de uma loja de bolos com uma chamada forte: o melhor bolo de chocolate do mundo. Só que não é nem de perto o segundo melhor, acho que nem o terceiro. Então, dizer que é o melhor também não é o bastante. E pior: dizer que é o melhor pode funcionar uma vez, porque volto para o momento em que provamos o pão de mel pela primeira vez. No caso ele de fato era ótimo e certamente voltaria a comer e a indicar. Talvez não seja o melhor do mundo, mas foi o bastante para nos fisgar e continuar comprando.


Resumindo: faça o marketing, comece, teste e ajuste. Só cuidado com as chamadas que fizer... e só de começar a fazer você poderá sair na frente de muita gente travada que não divulga. E acredite, na fotografia isso acontece muito.


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