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O Espelho de Papel – A fotografia de Joaquim Insley Pacheco na coleção do IHGB

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Fotógrafo oficial da Casa Imperial de 1857 até a República,Joaquim Insley Pacheco foi um dos mais notáveis retratistas de seu tempo,registrando não apenas os monarcas, a nobreza, como também intelectuais, políticos, militares e membros da burguesia. Alguns dos retratos mais conhecidos de D. Pedro II, da imperatrizTeresa Cristina – de quem foi muito próximo – e das princesas Leopoldina e de sua irmã Isabel, e ainda de Machado de Assis, Carlos Gomes, José de Alencar, entre outros grandes intelectuais,foram feitas por Joaquim Insley Pacheco


Nobres que nomeiam ruas, bairros ou cidades também foram retratados, dando o rosto a vários lugares: Marquês de Sapucaí, Marquês de Olinda, Visconde de Caravelas, Visconde de Cairu, Baronesa de Teresópolis, Visconde de Mauá, Marquês de Valença, Marquês da Gávea, o jornalista Francisco Otaviano, o deputado e senador Rodrigues Silva, e o Regente Feijó. 


Na mais abrangente publicação sobre seu trabalho, “O Espelho de Papel” reúne em 160 páginas 403 imagens – incluindo capas e revistas da época – do vasto acervo de milhares de fotografias antigas que estão sob a guarda do IHGB. A apresentação é de Pedro Corrêa do Lago, sócio-titular e diretor de Iconografia do IHGB, e o texto é do pesquisador, historiador e professor baiano Daniel Rebouças, “profundo conhecedor da fotografia brasileira do século XIX e admirador da obra de Pacheco”, nas palavras de Corrêa do Lago, diretor editorial da Capivara. O volume foi produzido através da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, com patrocínio da Unipar.


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Nascido em 1830 em uma aldeia próxima a Braga, em Portugal, órfão dos pais ainda na infância, veio para o Brasil aos treze anos, passando pelo Ceará e Maranhão, e finalmente morando no Rio de Janeiro, capital do Império, de 1854 até o ano de sua morte, em 1912. 


“Os retratos de Insley Pacheco documentam uma época em que a fotografia era exclusividade das elites, distante dos selfies de nossos tempos, que fizeram do direito ao retrato um modo de afirmar a pluralidade da sociedade”, observa Paulo Knauss,1º vice-presidente e diretor do Museu do IHGB. 


Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro

Lançamento: 1º de outubro de 2025, às 15h. 

Entrada gratuita


O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a editora Capivara têm o prazer de convidar para o lançamento do livro “O Espelho de Papel – A fotografia de Joaquim Insley Pacheco na coleção do IHGB” (Capivara, 2025), no dia 1º de outubro de 2025, às 15h, na sede do IHGB, no Rio de Janeiro. Com 160 páginas, formato 18 x 25 cm, 403 imagens – do vasto acervo de fotografias do IHGB, o livro tem texto do pesquisador, historiador e professor baiano Daniel Rebouças, e apresentação de Pedro Corrêa do Lago, sócio-titular e diretor de Iconografia do IHGB, e diretor editorial da Capivara. O lançamento terá uma conversa aberta com Pedro Corrêa do Lago, Daniel Rebouças e mediação de Lucia Guimarães, Primeira Secretária do IHGB, professora titular do departamento de História da UERJ.


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Esta é a mais abrangente publicação já feita sobre a produção do fotógrafo Joaquim José Insley Pacheco (1830-1912), notável retratista, que introduziu todas as tecnologias do ofício à medida que iam sendo desenvolvidas, sempre acompanhando o que surgia na Europae nos EUA. Daniel Rebouças detalha no livro cada novidade implementada por Pacheco, em sua busca por oferecer excelência e modernidade em seus serviços. Um de seus sucessos foi a “carte de visite”, iniciada em 1861, “moda maispopular da fotografia mundial”, observaDaniel Rebouças, em que os retratos, medindo 9,5 x 6 cm, eram colados sobre um cartão-suporte de papel rígido umpouco maior, e no verso trazia informações sobre os serviços do fotógrafo. 


“A coleção do IHGB guarda parte do imenso legado de Insley Pacheco para a fotografia no Brasil. Na arte do retrato, as suas lentes registraramuma notável amostra do “mundo elegante, moçose moças, jovens e velhos da sociedade brasileira eestrangeira”. Decerto, a obra de Pacheco permite aprofundar nosso conhecimento sobre como afotografia no Brasil se tornou, por excelência, aforma do registro de si e das memórias familiares,da construção de nossas identidades sociais, alémde objeto de deleite visual, tão presente e natural,que é, por vezes, esquecido”, destaca Daniel Rebouças.


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FOTÓGRAFO DA CASA IMPERIAL

Daniel Rebouças se valeu de extensa bibliografia para traçar o percurso de Joaquim Insley Pacheco, onde acompanhamos sua trajetória profissional e seus deslocamentos até se tornar o fotógrafo oficial da Casa Imperial, em 1857.


Insley Pacheco, caçula dos três filhosdo casal José Antônio Pacheco e Maria Antônia daConceição, ficou órfão ainda criança, e migrou de Portugalpara o Brasil acompanhado da irmã Jacobina, ao encontro de José Antônio Pacheco, o irmão mais velho, que já estava em solobrasileiro desde 1837. Depois de viver em Fortaleza, onde pela primeira vez tomou contato com o daguerreótipo, em 1847, e de instalar seu estúdio em 1849, Insley Pacheco se estabelece em São Luís do Maranhão, e passa uma temporada em Nova York, decisiva para os rumos que tomou em sua profissão. Lá,foi aprendiz de Mathew Brady (1822-1896), reconhecido como um dos mais importantes fotógrafos norte-americanos do século XIX, com que Pacheco aprendeu “a estratégia de produzir retratos de pessoas influentes, expondo essas imagens em frente da galeria ou compiladas em álbuns, sempre disponíveis para a contemplação de visitantes do estúdio”, relata Daniel Rebouças


“O jovem Pacheco ainda absorveu de Mathew Brady a importância de investir em grandes e belos anúncios, instalar-se em ruas afamadas e investir em ateliês de caráter misto, unindo estúdio de fotografia e galeria”. Outro grande fotógrafo tinha um estúdio em Nova York, na Broadway: Henry Earl Insley (1811-1894), “conhecido em razão dos preços acessíveis e, sobretudo, da qualidade dos retratos defamília e de meio corpo assinados pelo experienteproprietário”. De volta a São Luís, Joaquim Pacheco permaneceu pouco tempo lá, voltando em 1852 para Fortaleza, onde se casa com Elvira Garcia, de uma família da alta sociedade cearense. Em dezembro de 1853, se muda para Recife, “um dos principais portos do país, e uma das praças mais antigas da fotografia do Brasil imperial”, salienta Daniel Rebouças.


Em 1855, Joaquim Pacheco aporta no Rio de Janeiro, onde iria permanecer até o fim de sua vida, em 1912. Em 1855, ele incorporou “Insley” ao seu nome profissional, buscando assim “seigualar aos fotógrafos internacionais, num sinalde modernidade e caráter cosmopolita”.

Ele inaugurou seu primeiro estúdio na capital do império,no segundo andar de um sobrado na rua do Ouvidor. “Assim como os norte-americanos ocuparam a Broadway, o retratista escolheu a região da capital onde se concentravam os estabelecimentos mais elegantes”, assinala Daniel Rebouças.


“Os clientes iambuscar também a tecnologia fotográfica maisatualizada, outro aspecto de status, a mesma que andava circulando na Europa e nos Estados Unidos. Depois do sucesso da carte de visite, Insley Pacheco apostou nas fotografias aplicadas sobre porcelana, esmalte, vidro e marfim, inclusivetentando garantir a exclusividade da novidadeno Brasil”, relata o autor. Na década de 1880, o ateliê incorporoumais novidades derivadas do retrato em papelalbuminado, como a carte promenade ou o cabinetportraits, essa última bem representada nacoleção do IHGB”.


O pesquisador acrescenta: “Vale lembrar que o estúdiotambém foi muito frequentado em razão da atuação de Insley Pacheco como pintor, bem relacionado com artistas como Arsênio Cintrada Silva (1833-1883), Firmino Monteiro (1855-1888), Pedro Weingarten (1853-1929) e AntônioParreiras (1860-1937). “Em um desenho de Angelo Agostini, d. Pedro II e Insley Pacheco contemplam a exposição organizada pelo retratista emdedicação ao seu mestre na aquarela, Arsenioda Silva, em 1883”, ressalta Daniel Rebouças. “Insley Pacheco se dedicou às atividades depintor e de fotógrafo até praticamente seus últimosanos de vida. Em 1895, mudou de endereço: foi paraa rua dos Ourives, n° 40, em razão de uma grandereforma no antigo sobrado da rua do Ouvidor. Época difícil para o artista. Viúvo em 1877, perdeu seufilho, o engenheiro Alfredo Pacheco, no mesmoano da mudança de endereço. No campo das artesplásticas, reuniu forças para realizar uma produçãoconsiderável, enviando cerca de sessenta óleos parao Salão de 1902, no Rio de Janeiro, e outra dezenade aquarelas, sua especialidade, para exposiçõesmenores, no ano seguinte. Em 1910, dois anos antes de falecer, colocou boa parte de seus quadros eaquarelas à venda, também parando de fotografar”.


“Por outro lado, no fim da vida, Insley Pacheco continuou sendo reconhecido como um dos grandes fotógrafos da história do país. Na Exposição Universal Colombiana de Chicago, em 1893, o retratista enviou uma grande amostra desua “coleção fotográfica”, juntamente com suaspinturas. Essa seleção de daguerreótipos e fotografias em papel albuminado integravam umconjunto maior de demonstrações do progressotecnológico do Brasil no campo das artes, expostas no pavilhão do país na exposição”, escreveu Rebouças. “Alguns anos depois, o velho retratistafoi chamado para as celebrações dos 400 anos dodescobrimento, em 1900, junto com nomes consagrados, como Marc Ferrez (1843-1923) e George Leuzinger (1813-1892).Joaquim José Insley Pacheco faleceu na madrugada do dia 14 de outubro de 1912, aos 82 anos”, conta Daniel Rebouças. “Sua obra é imensa, e não apenas em tamanho, mas sobretudo pela abrangência temporal esocial registrada por suas lentes; é uma espécie degrande álbum do Brasil do século XIX”.


“O Espelho de Papel – A fotografia de Joaquim Insley Pacheco na coleção do IHGB” 

Ficha Técnica

Direção editorial: Pedro Corrêa do Lago

Coordenação editorial: Fredy Alexandrakis e Luciana Medeiros

Organização e textos: Daniel Rebouças

Assistência editorial: Marcelo Pires

Presidente do IHGB: Victorino Coutinho Chermont de Miranda

Pesquisa e catalogação: Iliana Ferreira Monteiro (IHGB) e Sônia Nascimento de Lima (IHGB)

Projeto gráfico e capa: Calixto Comporte Amaral

Diagramação: maraca.rio.design

Digitalização de imagens: Wantony Lencastre de Lima (IHGB)

Impressão e acabamento: Ipsis



Agradecimentos:

Jaime Antunes da Silva (IHGB)

Paulo Knauss (IHGB)



Serviço: Lançamento do livro “O Espelho de Papel – A fotografia de Joaquim Insley Pacheco na coleção do IHGB” (Capivara, 2025)

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Glória

Av. Augusto Severo, nº 8, Glória20021-040 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil

+55-21 2252-4430 / 2509-5107

A equipe de educadores se prepara constantemente para o acolhimento de todos para tornar sua experiência extraordinária. Os espaços de visitação do IHGB são acessíveis por elevadores.




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