O caso que acendeu o debate: dignidade e trabalho na fotografia de casamentos
- Leo Saldanha

- 25 de ago.
- 3 min de leitura
Um episódio na Índia, em um hotel cinco estrelas, gerou polêmica mundial. Mas por aqui, muitos profissionais da fotografia vivem situações semelhantes. O fato é que a discussão sobre respeito e condições de trabalho nunca foi tão necessária.

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Um casamento luxuoso, em um hotel cinco estrelas de Nova Déli. A noiva, que vive nos Estados Unidos, decidiu que não pagaria pelas refeições dos fotógrafos contratados para registrar cada detalhe do grande dia. O custo, segundo ela, seria “injustificável”: em torno de 6.000 rúpias por prato (cerca de R$ 400) para alimentar sete ou oito profissionais ao longo dos eventos.
A negativa foi além. Nem mesmo a possibilidade de cada fotógrafo tirar uma hora de pausa para pedir sua própria comida foi aceita. A justificativa da noiva? “Eles estão aqui para trabalhar, não para aproveitar o casamento como convidados.”
A empresa responsável, We Don’t Say Cheese (WDSC), decidiu não ficar em silêncio. Em uma resposta pública, a diretora do time lembrou que as jornadas chegam facilmente a 12 ou 15 horas de pé, carregando peso e correndo entre rituais e salões. “Isso não é sobre luxo. É sobre dignidade básica. Você não pode dizer a alguém quando ou se ele pode comer.”
O caso rapidamente se espalhou pelas redes e dividiu opiniões: de um lado, quem defende a noiva, alegando os altos custos de um casamento de luxo. Do outro, milhares de profissionais (fotógrafos e não fotógrafos) lembrando que comida não é regalia, é necessidade. Outros colegas deixaram claro a importância de definir as condições de trabalho em contrato...
E embora o episódio tenha acontecido na Índia, a verdade é que ele ocorre com frequência em diferentes medidas no Brasil. Quantos fotógrafos daqui já não viveram situações parecidas em casamentos, aniversários e eventos corporativos? Quantos não foram tratados como invisíveis, sem direito sequer a uma garrafa d’água ou a uma pausa para respirar?
Mais do que uma briga de internet, essa história expõe uma fissura maior: a relação entre expectativas de clientes e o reconhecimento do trabalho humano que sustenta uma indústria bilionária. É um lembrete de que contratos claros são fundamentais, mas que o respeito básico deveria ser inegociável.
Seu casamento pode ser o dia mais importante da sua vida. Mas isso não dá a ninguém o direito de desumanizar quem está ali para torná-lo inesquecível. Fotógrafos não são convidados, mas também não são invisíveis.
A propósito, a indústria de casamentos da Índia é uma das mais pujantes do mundo. São 10 milhões de casamento por ano por lá em eventos suntuosos. Um mercado bem maior do que o que temos para esses lados. No Brasil estamos com mais ou menos 1 milhão de casamentos por ano.
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