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Marketing na fotografia em 2022: o poder da mudança, causa e do menor mercado viável

O novo marketing é ao mesmo tempo mais humano e tecnológico. O desafio é estabelecer um equilíbrio entre o poder da mudança, um olhar para causa e o crescimento orgânico





Segundo Seth Godin no livro “Isso é Marketing” o marketing é sobre mudanças. Que mudanças você quer fazer na vida das pessoas? Parece poético, mas na verdade para o negócio da fotografia faz muito sentido:


Uma empresa que imprime fotos e envia para a casa das pessoas. A mudança que ela causa envolve conveniência, conforto e lembrar sobre guardar memórias valiosas.


Um fotógrafo que vende fotos para decorar a casa das pessoas provoca mudanças. As pessoas veem suas obras e são deslocadas para alguma paisagem, emoção ou relembram algo com aquilo que está exposto


Uma fotógrafa de família gera mudanças nas vidas das pessoas quando ajuda a criar sessões divertidas.Ao mesmo tempo garantam cliques para gerar produtos marcantes. A mudança que ela causa é essa possibilidade de resgatar bons momentos.


E por aí vai. Alguém sair de casa para ser fotografado ou receber um produto que envolve fotos importantes para a pessoa certamente provocará mudanças. Mudam rotinas, percepções e emoções. A fotografia quando vai pelo caminho emocional vai bem. Quando cai na racionalidade de um pedaço de papel ou “qual câmera você usa?” vai por um caminho ruim.


O principal problema hoje nos negócios de foto é essa falta de visão de causa que acaba impactando o posicionamento. A resposta para qual causa que vai impactar minha posição de mercado está comigo e não no mercado. Não está com o colega talentoso ou a referência famosa da fotografia. Daí a importância desse olhar para dentro. Causas pedem posicionamentos. Causas definem quem você vai atrair e manter por perto. Qual a sua causa é uma questão muito pessoal. Em tempo: a causa de “viver da fotografia” e “ser famoso” é genérica e está mais para desejo.


A conexão é total entre a mudança que você quer fazer na vida das pessoas e qual a causa você acredita. E isso vai ditar o posicionamento. Se isso estiver resolvido (sei quem sou, qual meu impacto e como vou servir) aí é natural que a gente não consiga atender todo mundo. Essa parte é delicada pois o que eu ouço é o seguinte: não dá para dizer não para trabalho. E eu concordo com você. Mas também não dá para se destacar e atrair negócios na base do “vou atender todo mundo”. Então entenda quem você vai servir. A pergunta aqui é: para quem é o que vou criar? Ou parafraseando Godin, pessoas como a gente fazem coisas assim…o que ele quer dizer é que quando sabemos quem somos no negócio, acabamos atraindo pessoas parecidas com aquilo que acreditamos e projetamos. E que para tanto o crescimento neste caso deve ser orgânico, do menor grupo de pessoas para mais pessoas (Menor Mercado Viável). Para que aquelas que estão satisfeitas retornem, indiquem e sejam fãs verdadeiras do meu negócio de fotografia. Tem coisa melhor?


Não, nada acima é fácil. Primeiro, porque envolve olhar para o espelho. Segundo, responder qual o meu papel não é simples também. A parte do Menor Mercado Viável também pode parecer estranha. Afinal, no mercado o que mais vemos são chamadas do tipo: "consiga mais novos clientes, fique cheio de trabalho, fature tanto...". Aliás, essa parte é interessante pois também envolve marketing. E nesse caso, são chamadas que criam "tensão". Promessas que mexem com a cabeça das pessoas em um momento que todos estão buscando sobreviver. Curiosamente, a tensão também está lá no começo do texto. Fazer alguém querer ser fotografado é gerar tensão. Fazer alguém imprimir fotos em um mundo online também é tenso. Sobre crescer do pequeno para o grande, a provocação de Godin é a melhor: se você não faz um trabalho de excelência com poucos o que te faz pensar que vai fazer para muitos?



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