Artistas, fotógrafos e pesquisadores discutem temas como imagem, controle, emancipação, música e fotojornalismo em evento organizado pela revista ZUM
Nos dias 25 e 26 de novembro, o Instituto Moreira Salles de São Paulo (Av. Paulista, 2424) sedia a oitava edição do Festival ZUM, que oferece ao público uma programação gratuita de conversas, oficinas, exposições, feiras e outras atividades relacionadas à fotografia. O evento é uma iniciativa da revista ZUM, publicação semestral do IMS dedicada à fotografia.
Entre os convidados do festival, estão artistas, fotógrafos e pesquisadores que abordam questões como o uso da imagem como tecnologia colonial e de controle social, mas também como ferramenta de denúncia e emancipação; a influência da cena musical nas artes visuais e o protagonismo feminino na música contemporânea; e os desafios do fotojornalismo em contextos de autoritarismo e violência.
Um dos destaques da programação é a ação de Glicéria Tupinambá, no dia 25 (sábado), às 14h. A artista conduzirá uma caminhada coletiva, com o manto tupinambá, pelos espaços do IMS. O manto é uma vestimenta sagrada utilizada em rituais pelos Tupinambás, povo indígena que habitava o litoral brasileiro antes da colonização. Durante a invasão europeia, os mantos foram trocados ou roubados e hoje existem apenas 11 exemplares em museus da Europa. O manto tecido por Glicéria em 2021 é uma forma de recuperar a memória e a ancestralidade dos Tupinambás, reinventando suas tradições. O manto também será exibido no IMS Paulista durante o festival.
Nos dois dias de festival, o público poderá visitar a Feira de Fotolivros, que reunirá publicações de cerca de quarenta editores, coletivos e artistas no térreo do centro cultural. No quinto andar, a Feira da Fotografia Analógica (FroFA) oferecerá filmes, químicos, papéis e outros produtos fotográficos.
No dia 25 (sábado), às 10h, acontece a apresentação das publicações selecionadas na Convocatória de Fotolivros ZUM/IMS, que traz um panorama dos fotolivros lançados no último ano. Em seguida, três obras serão premiadas por um júri.
A programação também inclui uma oficina e uma apresentação no dia 26 (domingo). Às 10h, a artista e professora Renata Felinto ministra uma oficina que propõe aos participantes realizar colagens com base em imagens das redes e de arquivos virtuais. Às 11h, o fotógrafo Francisco Valdean apresenta ao público seu projeto de museu itinerante MIIM, criado em 2019 para abrigar um acervo histórico-poético composto por imagens, histórias e memórias da Maré no Rio de Janeiro. Para participar das duas atividades, é preciso realizar inscrição prévia no Sympla.
Para conferir a programação completa do Festival ZUM, acesse o site do IMS. Festival ZUM 2021 - Instituto Moreira Salles (ims.com.br)
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