Honraria para poucos: Anton Corbijn e a alma da música em imagens
- Leo Saldanha
- 7 de ago.
- 2 min de leitura
Fotógrafo holandês será homenageado no Abbey Road Music Photography Awards. Um reconhecimento à potência da imagem como parte essencial da história da música
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O Abbey Road Music Photography Awards, realizado no icônico estúdio londrino, acaba de anunciar seu homenageado com o Icon Award 2025: Anton Corbijn.
O nome pode não ser familiar para o público em geral, mas seu olhar está impresso na história visual da música moderna. Por mais de quatro décadas, Corbijn fotografou ícones como David Bowie, Tom Waits, Joni Mitchell, Frank Sinatra, Miles Davis, Ai Weiwei, Robert De Niro e Lucian Freud. E tornou-se figura inseparável da identidade visual de bandas como U2 e Depeche Mode, com quem mantém uma colaboração contínua há décadas.
Corbijn não apenas retrata músicos. Ele cria narrativas visuais que moldam a forma como lembramos esses artistas. Suas imagens são ao mesmo tempo íntimas e grandiosas, espontâneas e cinematográficas. Um retrato seu pode conter mais da essência de um artista do que muitos discos ou entrevistas.
Em sua declaração sobre o prêmio, o fotógrafo diz que fotografar músicos foi um amor que virou missão desde os anos 70. “De ficar na frente do palco a estar 100% no controle, tem sido um lugar empolgante de estar. Gosto de pensar que evoluí, mas ainda fico animado com a música e com fotografar músicos aqui e ali.”
A homenagem da Abbey Road reconhece mais do que uma trajetória, ela celebra a imagem como parte vital da experiência musical. Como definiu o diretor de marketing do estúdio, “a fotografia de Corbijn não apenas documenta: ela define, inova e inspira.”
Corbijn se junta a outros grandes nomes já homenageados, como Jill Furmanovsky (2024) e
Henry Diltz (2023). A edição deste ano também inaugura duas novas categorias: Retratos e Festivais, indicando a expansão e sofisticação crescente do prêmio.
O evento acontecerá em outubro e promete reunir nomes consagrados e novos talentos da fotografia musical.
A música precisa de imagem. E a imagem também precisa da música.
Em um tempo em que tudo parece digital e efêmero, a força de um retrato atemporal nos lembra o poder da fotografia como linguagem sensível, cultural e histórica.
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