ChatGPT bombando por transformar imagens em animações estilo Ghibli: Entenda a trend e seus desafios
- Leo Saldanha
- 28 de mar.
- 3 min de leitura
ChatGPT provoca onda viral de recriações artísticas e levanta questões éticas com nova versão para geração de imagens

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Assim como eu, você também deve ter notado (ou quem sabe até tenha criado a sua versão) a onda de imagens no estilo Studio Ghibli. Eu fui testar e o ChatGPT não deixou. Então, busquei outra IA poderosa e consegui. Veja abaixo:

O fato é que a mais recente atualização do ChatGPT está provocando uma verdadeira onda nas redes sociais: a capacidade de transformar fotografias históricas, memes e momentos marcantes em ilustrações no icônico estilo do Studio Ghibli. A funcionalidade, lançada recentemente pela OpenAI, tem gerado tanto fascínio quanto preocupação no mundo da arte e tecnologia. Aliás, os impactos na minha opinião serão muito maiores do que a moda "Ghibli". De qualquer forma, não existe melhor marketing para a OpenAI do que essa onda viral: como as imagens emblemáticas como o "Beijo no Dia da Vitória", a famosa foto do "Menina Afegão" e até mesmo cenas políticas como o encontro entre Trump, Zelensky e Vance que foram reimaginadas com os traços suaves e expressivos típicos das animações japonesas. O próprio CEO da OpenAI, Sam Altman, não resistiu e transformou sua foto de perfil em uma versão animada de si mesmo.

Impacto e controvérsia
A ferramenta não apenas demonstra o impressionante avanço tecnológico da inteligência artificial, mas também ressuscita debates cruciais sobre direitos autorais e propriedade intelectual. Especialistas jurídicos, como Evan Brown do escritório Neal & McDevitt, questionam os métodos de treinamento dessas IAs, que potencialmente utilizam milhões de quadros de filmes sem autorização explícita.
A situação se torna ainda mais delicada quando se considera a posição de Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli, que já declarou publicamente seu desprezo pela tecnologia de IA. "Estou completamente enojado", afirmou Miyazaki em um vídeo de 2016, considerando a geração de imagens por IA como "um insulto à própria vida".

Desafios para artistas e fotógrafos
A capacidade de recriar instantaneamente estilos artísticos levanta questões significativas para profissionais criativos. Fotógrafos, ilustradores e artistas de diversas áreas podem se ver diante de uma concorrência tecnológica que reproduce estilos únicos em segundos.
A OpenAI reconhece parcialmente essa sensibilidade: a plataforma já implementou recusas para gerar imagens no estilo de artistas vivos, numa tentativa de mitigar possíveis conflitos de direitos autorais.
Demanda exponencial e desafios técnicos
A popularidade instantânea da funcionalidade foi tão intensa que o próprio Altman relatou que os GPUs da empresa estão "derretendo" devido à demanda. Como resposta, a OpenAI implementou limites temporários, permitindo apenas três gerações de imagens por dia para usuários do plano gratuito. Enquanto isso, outras IAs já aproveitaram a deixa. Aliás, foi assim que fiz a minha versão em poucos minutos.

Conclusão: Arte, tecnologia e ética
Mais do que uma simples ferramenta de entretenimento, a capacidade de transformar imagens no estilo Ghibli representa um marco sensível no uso da inteligência artificial, criatividade e direitos autorais. Enquanto alguns celebram a democratização da criação artística, outros veem riscos significativos para a propriedade intelectual e a originalidade.
A discussão está longe de terminar, mas uma coisa é certa: a tecnologia de IA continua redefinindo os limites do que é possível em criação artística, desafiando conceitos tradicionais de autoria e originalidade.

Blockchain: Uma alternativa promissora
Como alternativa para proteger o legado artístico do Studio Ghibli, especialistas apontam para soluções baseadas em blockchain, como tokenização de obras e contratos inteligentes. Estamos falando dos NFTs. Essas tecnologias poderiam criar mecanismos transparentes de rastreabilidade e compensação, permitindo que artistas como os do Studio Ghibli não apenas defendam seu estilo único, mas também sejam adequadamente remunerados quando suas técnicas inspirarem criações de IA. Tal abordagem transformaria o atual cenário de potencial "roubo artístico" em um modelo colaborativo e ético de inovação criativa, onde tecnologia e arte possam coexistir com respeito mútuo. Os desdobramentos disso só serão percebidos no tempo. É esperar para ver enquanto as pessoas seguem usando a IA para fazer a mais recente trend.
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