Proprietário do estabelecimento marcava encontros pelo aplicativo de relacionamento e depois desaparecia; cliente denunciou a estratégia de marketing questionável
O que você faria para divulgar o seu negócio? Um dono de uma cafeteria em São Paulo resolveu usar o Tinder, um dos aplicativos de relacionamento mais populares do Brasil, para promover o seu estabelecimento. Mas a sua ideia não foi bem recebida pelos internautas, que consideraram a sua atitude uma falta de respeito com as pessoas que buscavam um romance. A história veio à tona nesta quarta-feira (4), depois que uma das “vítimas” do golpe contou o seu caso em uma rede social. Ela relatou que marcou um encontro com o suposto dono da cafeteria pelo Tinder, mas ele nunca apareceu. Enquanto esperava, ela consumiu vários produtos da cafeteria, sem saber que estava sendo enganada.
A publicação viralizou na internet e gerou muita polêmica. Alguns acharam a estratégia do dono da cafeteria genial e elogiaram a sua criatividade. “Ele é um gênio do marketing”, disse um deles. Outro, ironizou: “Quem mandou ser trouxa e cair na conversa dele”.
Mas muitos se mostraram indignados com a atitude do proprietário e criticaram a sua falta de ética e honestidade. “Isso é uma sacanagem com as pessoas que estão procurando alguém”, disse uma pessoa nas redes sociais. Outra, alertou: “Isso é crime, ele está se aproveitando das pessoas”.
O que é marketing da emboscada? O caso do dono da cafeteria que usou o Tinder para atrair clientes é um exemplo de marketing da emboscada, uma técnica que consiste em aproveitar-se de uma situação ou evento para promover uma marca ou produto, sem autorização ou patrocínio. Neste caso, o evento é o encontro com um possível namorado(a). E ainda usando a tecnologia para tanto.
O marketing da emboscada pode gerar uma imagem negativa para a marca ou produto que utiliza essa técnica, pois pode ser vista como oportunista, desonesta ou antiética.
Por que o marketing da emboscada ou da "armadilha" não é sustentável? O marketing da emboscada pode até gerar um aumento temporário nas vendas ou na visibilidade de uma marca ou produto, mas não é uma estratégia sustentável a longo prazo. Isso porque ele pode trazer consequências negativas, como:
Perda de confiança e credibilidade dos consumidores;
Rejeição ou boicote dos consumidores;
Processos judiciais por violação de direitos autorais ou de imagem;
Multas ou sanções por órgãos reguladores ou entidades responsáveis pelo evento;
Danos à reputação e à imagem da marca ou produto.
Portanto, o marketing da emboscada não é recomendado para quem quer construir um relacionamento duradouro e positivo com os seus clientes. É preciso investir em estratégias de marketing éticas, criativas e inovadoras, que agreguem valor à marca ou produto e que respeitem os direitos e as expectativas dos consumidores.
O marketing da emboscada (ou da armadilha) também pode ser usado na fotografia, por exemplo, quando um fotógrafo se aproveita de um evento ou de uma situação para divulgar o seu trabalho, sem autorização ou consentimento dos envolvidos. Ou quando usa outros truques questionáveis que induzem o cliente ao erro. E acredite, isso acontece na fotografia com frequência.
Tais iniciativas podem até gerar algum resultado, mas também podem prejudicar a imagem e a reputação dos fotógrafos no mercado, pois podem ser vistas como falta de profissionalismo, ética ou respeito pelos seus clientes e pelo seu trabalho.
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