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Foto do escritorLeo Saldanha

Artista x vendedor

Na conduta dos fotógrafos o impasse frequente é como ser vendedor sem estragar o lado criativo. Será que esse pensamento segue fazendo sentido?





Trata-se de um problema clássico de quem vive da fotografia. Ser vendedor, marqueteiro quer dizer que você não é artista. Mesmo entre fotógrafos, a noção de que a fotografia é arte não é consenso. Mas esse não é o ponto a ser abordado aqui. Até porque arte é subjetivo...depende de quem vê e nota o valor naquela obra.


O que muitos fotógrafos dizem é que os vendedores nem são bons de fotografia. Logo, os "vendedores" aprimoram nas vendas e superam os colegas talentosos artisticamente.


Por que do ponto de vista do marketing isso não importa muito? Porque quem julga se o trabalho é isso ou aquilo é quem vai comprar. No caso, o que importa mesmo é a visão dos clientes. Se o fotógrafo vendedor aplica técnicas de vendas e usa de relacionamento e marketing para chegar aos resultados ele está correto ou errado?


Marketing é sobre atrair e manter clientes. Fotógrafos ditos "vendedores" costumam vender muitas vezes para os mesmos clientes. E são indicados inclusive para amigos e parentes daqueles mesmos clientes que retornam.


O marketing na arte nos mostra que artistas consagrados da fotografia e fora dela construíram reputações usando o poder de suas marcas e muitas vezes com técnicas de vendas relacionadas aos seus trabalhos. Seja com relacionamento ou ações sofisticadas quem nem parecem marketing e que no fim levam a vendas. Quando o artista ultrapassa um ponto específico no esforço do marketing (e parece comercial demais) isso gera um problema entre colegas.


Ao fotógrafo artista resta dizer que aquele fotógrafo vendedor não é na arte. Embora ele venda.


Ao fotógrafo vendedor talvez nem exista espaço para refletir sobre a tal arte (na percepção de colegas) pois a arte para os clientes está de bom tamanho. Ou talvez, aqueles clientes encaram aquilo não só como arte...mas como suas histórias contadas em imagens em uma prestação de serviço.


Se o profissional bom de vendas não atua com cursos e não vive de educação para colegas...então pouco importa o que pensam dele.


No fim, o modelo ideal na forma de atuação para o "artista" poderia ser tentar equilibrar um pouco melhor a forma de fazer o marketing/vendas. Fazendo de tal forma sem ferir seu orgulho quanto ao trabalho para que ele não pareça "comercial demais". Ainda assim, seja qual for a abordagem, não dá para não fazer marketing/branding. Algo que vale para artistas, vendedores e na verdade qualquer negócio de fotografia.

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