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Foto do escritorLeo Saldanha

A dificuldade em se autopromover

Li uma matéria recente no FT (Financial Times) em que Viv Groskp aborda o assunto em profundidade





Ela começa dizendo que nem todos se sentem confortáveis em fazerem a própria promoção. Mas que isso é importante e pode fazer a diferença. Viv fala sob uma ótica para o mundo corporativo, embora seja algo que vale para profissionais da fotografia.


Recentemente postei aqui que talvez o branding seja mais valioso do que o marketing para fotógrafos e negócios de foto. Não que não seja importante fazer o marketing. Só que o branding provoca emoções e isso tem mais relação com a fotografia do que tentar fazer alguém comprar de você.


Viv diz que relacionamento é fundamental. Em se abordar, o que chamo de "ser carudo" e que isso vai trazer oportunidades. Ela também destaca o valor da marca pessoal.



Talvez a palavra "marca" precise de um reposicionamento diz ela. Quando as pessoas falam sobre o termo nebuloso "marca pessoal", elas estão realmente falando sobre duas coisas distintas: (a) reputação profissional e (b) visibilidade. Visibilidade é sobre o que você é visto para fazer e como você se depara. Reputação é sobre o que você realmente faz e o impacto que ela tem. Você pode até enganar com a marca até certo ponto; você não pode enganar com a reputação profissional. A reputação é construída em torno do exercício de seus valores, e é construída uma conversa de cada vez, um projeto de cada vez. Reputação envolve trabalho duro e tenacidade. O reposicionamento da marca pode ser comprado. A construção de reputação a longo prazo não tem preço.


A visibilidade, por outro lado, ou sua ausência, torna-se uma afirmação de onde você se encaixa. Você faz parte da velha guarda ou da nova guarda? Você é um disruptor ou um tradicionalista? A resposta não é óbvia. Em algumas indústrias ser um "segredo mais bem guardado" é valioso: as pessoas certas sabem quem você é e o que você faz. "Marcar" a si mesmo seria um erro. Em outras indústrias, vale a pena ser um "marqueteiro de si mesmo. Você precisa fazer uma avaliação criteriosa das normas da sua indústria e onde você quer se encaixar dentro delas.


Seja qual for a escolha, o que Viv me parece dizer é que o legado, a força da marca que vai além do branding é construída no tempo. É coisa de longo prazo. O desafio é que todo mundo parece querer resultados imediatos...se você também é assim isso será um problema.


O que nos resta é fazer o trabalho e aguardar e manter a consistência e com sorte, no tempo, teremos a marca fortalecida. E isso só vai ocorrer se falarem da gente entre os próprios clientes e seus amigos e parentes. Ou seja, é mais complexo do que parece.


Viv diz que a visibilidade é importante e só vai ter resultado na frequência. O que no fim quer dizer: não dá para não aparecer (quase sempre essa é uma regra absoluta). Porque mesmo que você seja exclusivo, você quer que as pessoas falem de você por você.


Ao final, ela fala de outra coisa óbvia, e que tem sido um problema invisível para quase todos nós. Por que estamos divulgando? Qual é o objetivo mesmo? Por que se for só para aparecer talvez não faça muito sentido. Um exemplo: pessoas da fotografia que fazem de tudo para aparecer e nem tem um produto ou serviço para vender. E por mais bizarro que isso possa parecer...é muito comum.

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