Tarifas, fábricas e futuro: como a Tamron está redesenhando sua produção global e o que isso revela sobre o momento global do mercado fotográfico
- Leo Saldanha
- há 2 dias
- 2 min de leitura
A fabricante japonesa muda sua estratégia industrial para escapar dos efeitos das tarifas dos EUA. Algo que aponta sinais importantes para quem acompanha a indústria de equipamentos fotográficos

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Em tempos de incerteza econômica e tensões comerciais crescentes, o impacto das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos chineses começa a redesenhar o mapa da produção global. E o setor fotográfico sente esse reflexo. A Tamron, conhecida por suas lentes de alto desempenho, anunciou que está transferindo parte considerável da sua produção para o Vietnã. A decisão não é isolada. Canon já havia sinalizado aumento de preços nos EUA. Agora, a Tamron revela um plano mais estratégico de médio prazo.

Segundo seu relatório financeiro do primeiro trimestre, 25% das lentes da marca já são produzidas no Vietnã. Esse número deve saltar para 45% até 2028, reduzindo significativamente a dependência da China. Em paralelo, a marca pretende cortar em 10% a aquisição de peças chinesas já neste ano. No papel, o objetivo é claro: resistir à alta dos custos com uma produção mais distribuída e resiliente.
Ainda que a Tamron não tenha detalhado mudanças específicas na linha de lentes fotográficas, o movimento indica que boa parte da sua produção para esse segmento já está fora da rota tarifária. Isso pode evitar, ao menos por ora, aumentos diretos no preço final para o consumidor norte-americano.

Mas o pano de fundo é maior. A Tamron aposta em produtividade e redução de custos como formas de amortecer os impactos econômicos. E mesmo com retração nas vendas nos EUA e uma desaceleração na China, a empresa manteve sua previsão de crescimento. Ainda anunciou que vai lançar mais produtos do que o habitual: seis novos modelos em 2025 e uma média de dez a partir de 2026, somando diferentes montagens.
Essa reconfiguração da cadeia de produção traz um sinal claro. A indústria fotográfica está buscando novas zonas de estabilidade — geográfica, econômica e estratégica. Para os profissionais da imagem, é mais um lembrete de que o mercado vive uma reorganização silenciosa, com implicações diretas não só nos preços, mas na própria disponibilidade e inovação dos equipamentos.
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