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Paraná faz história: nova lei garante o direito à fotografia de parto nos hospitais

A fotógrafa Karol Morani liderou a mudança em Ponta Grossa, após anos de tentativas frustradas. Agora, o que antes era privilégio de poucos virou direito garantido por lei.

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Alex Hockett/Unsplash



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Em abril de 2024, uma matéria sobre uma nova lei estadual no Amazonas me chamou a atenção. Compartilhei aqui no blog por entender o quanto esse tema ecoa entre fotógrafos e famílias. A lei proibia que maternidades impedissem ou cobrassem pela presença de profissionais de foto e vídeo durante o parto.


Agora, poucos meses depois, uma nova conquista coloca o tema novamente em pauta. Desta vez, partindo de uma iniciativa individual que virou política pública: a cidade de Ponta Grossa (PR) sancionou uma lei municipal que garante às gestantes o direito de terem seus partos fotografados em hospitais públicos e privados.


A responsável por essa transformação é a fotógrafa Karol Morani, que transformou frustração em ação. A Lei Ordinária 15213 foi aprovada após mais de um ano de articulação com o legislativo local e já está em vigor. Pela nova legislação, nenhuma instituição hospitalar pode mais barrar a entrada de fotógrafos de forma arbitrária. Caso isso ocorra, deve haver justificativa formal por escrito, e a gestante pode acionar o Ministério Público.



“Porque respeito à mulher começa no seu protagonismo”

Karol me contou os bastidores dessa trajetória. Desde 2019, ela tentava atuar como fotógrafa de partos, mas ouvia sempre a mesma resposta: “não é permitido”. Em algumas situações, diziam que dependia do médico ou da administração do hospital. Até mesmo colegas que já haviam conseguido realizar registros evitavam explicar como haviam conseguido. “Era tudo muito aleatório. Não existia regra.”


Com o tempo, ela começou a oferecer ensaios gratuitos a clientes que conseguissem autorização. “Se você conseguir que eu entre, eu não vou te cobrar. Fiz isso muitas vezes.” Ainda assim, esbarrava na negação, mesmo com pedidos por escrito feitos pelas próprias famílias.

“Era uma coisa desonesta. Um podia, o outro não. Um hospital aceitava, o outro negava. Ou dependia da boa vontade de um médico. Isso desmotivava as famílias, que deixavam de contratar por medo de não conseguir o registro.”



Uma ponte entre memória, empatia e mudança

Em 2023, Karol decidiu agir. Mesmo não sendo envolvida com política, pediu ajuda a um amigo para encontrar um vereador acessível. Conheceu então o vereador Bianco, que, ao saber da situação, se surpreendeu. “Ele me disse: como assim não pode? Eu tenho as fotos do parto do meu filho.”

A partir desse encontro, o projeto de lei foi protocolado e, após tramitar em todas as instâncias, recebeu a sanção oficial em julho de 2025. “Quando recebi a confirmação ontem, fiquei emocionada. Fiz o vídeo porque precisava compartilhar essa notícia com todo mundo.”

Karol, que integra a lista dos principais nomes da fotografia de família do Brasil publicada aqui no blog em 2025, reforça com esse feito sua atuação além da imagem. Sua trajetória agora se conecta à transformação concreta de direitos.


Frank Alarcon/Unsplash
Frank Alarcon/Unsplash

A pergunta que fica

Com leis aprovadas no Amazonas e agora em Ponta Grossa, será que estamos diante de uma nova fase de reconhecimento da fotografia de parto como direito e não como exceção?

Seja qual for a resposta, a história de Karol Morani mostra que mudanças significativas podem começar com uma única pergunta feita na hora certa: por que não?


📌 Quer saber mais sobre leis que envolvem a fotografia de parto? Leia também:👉 Partos: O que estou lendo - Partos: nova lei estadual proíbe maternidades de barrarem profissionais de filmagens (AM)


📸 Se você é fotógrafa ou fotógrafo de parto, ou acompanha esse tema de perto, compartilhe esta matéria. Pode ser o começo de uma nova mudança na sua cidade também.


Por: Leo Saldanha - Criador da comunidade Fotograf.IA + C.E.Foto! O futuro da fotografia não vai esperar você!


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