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O que estou lendo: Sebastião Salgado, entre a dor, o espanto e a esperança

Em entrevista à Forbes, o fotógrafo brasileiro revisita momentos extremos da carreira e revela por que, em certos momentos, teve vergonha de ser fotógrafo...e da própria humanidade

Fernando Frazão/Agência Brasil/CC
Fernando Frazão/Agência Brasil/CC

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Um dos maiores nomes da fotografia documental contemporânea, Sebastião Salgado está em destaque no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, como parte do Ano França-Brasil. A mostra é extensa, atravessa décadas de sua produção em preto e branco e está em cartaz até 1º de junho de 2025. Mais do que uma retrospectiva, é quase um diário visual de quem passou a vida documentando os limites do mundo e os nossos próprios.


Exposição Amazônia em Madrid. Foto: Javier Perez Montes
Exposição Amazônia em Madrid. Foto: Javier Perez Montes


Em uma entrevista marcante concedida à jornalista Y-Jean Mun-Delsalle, publicada na Forbes no dia 22 de maio, Salgado compartilha reflexões profundas sobre ética, dor, humanidade e renascimento. Um relato que atravessa suas memórias de Ruanda, os incêndios no Kuwait e a criação do Instituto Terra, projeto de reflorestamento idealizado com sua esposa Lélia.


Alguns trechos merecem ser destacados:

“Quantas vezes na minha vida eu pus a câmera de lado e sentei para chorar? Porque era dramático demais, e eu estava sozinho.”
“Tive vergonha de ser fotógrafo. Tive vergonha de fazer parte da espécie humana, porque até então, eu só havia fotografado uma espécie: a nossa.”

Fernando Frazão/Agência Brasil - cc
Fernando Frazão/Agência Brasil - cc

Ao relembrar a experiência nos campos de petróleo incendiados no Kuwait, ele descreve a cena como um teatro do tamanho do planeta. E ao falar do genocídio em Ruanda, não esconde o impacto físico e emocional. Ficou doente. Salgado não romantiza. Ele revela a dureza de estar lá e a responsabilidade de olhar.


Mas é no reflorestamento de sua terra natal, em Minas Gerais, que o fotógrafo reencontra alguma forma de esperança:


“Não éramos ecologistas. Queríamos simplesmente plantar uma floresta. Mas à medida que plantávamos, vimos a vida voltar. (...) E pouco a pouco, minha esperança renasceu. Não baseada nos seres humanos, mas em todas as outras espécies do planeta.”

Um dos seus trabalhos mais marcantes, Gênesis, surgiu a partir desse renascimento. Uma busca por paisagens ainda intocadas, por silêncios e por tempo. Viagens que, segundo ele, foram também viagens interiores.



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“As maiores viagens que fiz na vida foram dentro de mim mesmo.”

Essa leitura é imperdível para quem ama a fotografia como linguagem, testemunho e ferramenta de transformação.


👉 Leia a entrevista completa aqui: Sebastião Salgado: "Já Tive Vergonha de Ser Fotógrafo"




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