O que estou lendo: Nano Banana e o movimento da Adobe na América Latina
- Leo Saldanha

- 21 de ago.
- 3 min de leitura
Nos últimos dias, duas notícias chamaram a atenção no universo da imagem e do marketing digital... e, curiosamente, elas se conectam de forma indireta

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De um lado, a repercussão em torno da misteriosa IA Nano Banana, um gerador de imagens com inteligência artificial que alguns já tratam como o “fim do Photoshop”. Do outro, a criação de uma diretoria de marketing para a América Latina pela Adobe, com a chegada de Maria Clara Fleury Osorio para liderar essa frente. Tudo isso nos últimos dias em destaque em portais de notícia daqui e de fora.

O exagero (e a provocação) do Nano Banana
A cada semana surge um novo modelo de IA para imagens, mas o Nano Banana conseguiu algo raro: viralizou globalmente. Sem anúncio oficial, sem site próprio, apenas com resultados tão impressionantes que muitos se perguntaram se não estaríamos diante do substituto definitivo do Photoshop. E segundo rumores é uma IA do Google que deve ser lançada em breve. A ver.

É fato que o software da Adobe segue imbatível em recursos avançados e precisão para artistas digitais, fotógrafos e designers. Porém, o Nano Banana toca em uma ferida: a percepção do público leigo. Para muita gente, Photoshop é sinônimo de “montagem” ou “edição rápida” e é exatamente onde esses modelos de IA começam a ganhar terreno.

O risco não é o fim do Photoshop, mas o fim do seu monopólio simbólico. A cada avanço das IAs, a narrativa de que “tudo pode ser feito de forma simples e automática” se fortalece, pressionando a Adobe a se reposicionar não apenas como ferramenta, mas como referência de confiança e qualidade criativa. Não para menos, em 2025 pela primeira vez na história da Adobe, vimos ela fechando parcerias em IA com outras empresas concorrentes como ChatGPT e afins justamente na geração de imagens sintéticas.
O movimento da Adobe no Brasil e na América Latina
Nesse mesmo contexto, surge a segunda notícia: a Adobe criou uma diretoria de marketing para a região, algo que parecia urgente. O comando ficará com Maria Clara Fleury Osorio, executiva com mais de 20 anos de experiência, incluindo passagens por Google, L’Oréal e Avon.
Esse movimento pode ser lido como resposta à aceleração da inteligência artificial e à necessidade de fortalecer a presença cultural e estratégica da Adobe no mercado latino-americano. Num momento em que startups e modelos independentes ganham espaço, a marca precisa se aproximar dos criadores e empresas locais, não apenas oferecendo tecnologia, mas construindo relacionamento e posicionamento.

E neste ponto do texto meu comentário: tomara que olhem para a fotografia e seu mercado.
Entre a ameaça e a oportunidade
O Nano Banana pode não decretar o fim do Photoshop, mas simboliza uma mudança de era. A edição de imagens (antes restrita a profissionais) agora se torna cada vez mais acessível e rápida. Ao mesmo tempo, a Adobe mostra que está atenta, reforçando sua liderança em mercados estratégicos e buscando diálogo mais próximo com a comunidade criativa.
Em resumo, a disputa não é apenas entre ferramentas, mas entre narrativas. E é nesse campo simbólico que o futuro da imagem será decidido. Algum palpite do que vai acontecer? Eu não arrisco nenhum...
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