Fotógrafo que fugiu do nazismo documentou a industrialização e a urbanização do país em imagens históricas
Foto: Hans Gunter Flieg / IMSFoto: Hans Gunter Flieg / IMSEquipamentos e instalações Elétricas Industriais Brown Boveri, Osasco - SP, 1961
Hans Gunter Flieg chegou ao Brasil com 16 anos, fugindo da Alemanha nazista. Aqui, se tornou um dos mais importantes fotógrafos do século XX, testemunhando as transformações sociais, econômicas e culturais do país. Ele é Hans Gunter Flieg (1923), que ganha uma retrospectiva no Instituto Moreira Salles a partir desta terça (22).
A exposição “Flieg: Tudo que é sólido” reúne 180 fotografias de Flieg, que retratou o desenvolvimento industrial e a verticalização do país a partir da década de 1940. Suas imagens mostram o interior de fábricas, as grandes obras, os edifícios modernos e as máquinas que simbolizavam o progresso.
Flieg trabalhou para empresas pioneiras da indústria automobilística no Brasil e para agências de publicidade do período, como Standard e Thompson. Também atuou como fotógrafo oficial da 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1951, e documentou a construção da sede do Masp, na avenida Paulista, na década de 1960. Hans Flieg vive em São Paulo e completou 100 anos no último dia 03 de julho.
A mostra também apresenta vídeos, álbuns e câmeras que integram o acervo do fotógrafo, sob a guarda do Instituto Moreira Salles. A curadoria é de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS.
A retrospectiva permanece em cartaz até 28 de janeiro de 2024, com visitação de terça a domingo, das 10h às 20h, no IMS: Avenida Paulista, 2424. Entrada gratuita. Flieg. Tudo que é sólido (IMS Paulista) - Instituto Moreira Salles
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