Nothing Phone 3 exibiu fotos de banco de imagem como se fossem da câmera
- Leo Saldanha

- 29 de ago.
- 3 min de leitura
Caso expõe os riscos de misturar marketing e fotografia em uma era que exige autenticidade.

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A Nothing construiu sua reputação sobre um discurso de transparência. Seus produtos chamam atenção pelo design translúcido, pelo apelo à comunidade e por uma estética que promete autenticidade. Mas o recente lançamento do Phone 3 trouxe uma crise inesperada: imagens usadas em unidades de demonstração nas lojas foram, na verdade, fotografias de banco de imagem feitas com câmeras profissionais, e não com o novo smartphone.

O que aconteceu
A situação veio à tona na Nova Zelândia. Consumidores atentos perceberam que algumas fotos exibidas nos aparelhos de teste, um retrato, uma escada em espiral e o close de um farol de carro, não haviam sido capturadas pelo Phone 3. Na verdade, metadados revelaram que uma delas havia sido feita em 2023 com uma Fujifilm X-H2s. O próprio fotógrafo Roman Fox confirmou que sua imagem, licenciada pelo marketplace Stills, estava entre as exibidas.
O detalhe que mais incomodou foi o selo que acompanhava os arquivos: “Aqui está o que nossa comunidade capturou com o Phone 3”. A frase não se sustentava diante das evidências.

A resposta da Nothing
Com a repercussão, o cofundador Akis Evangelidis reconheceu o erro. Em comunicado, disse que os arquivos eram placeholders inseridos meses antes da produção em massa, e que por falha de comunicação acabaram permanecendo nos aparelhos de demonstração. Ele reforçou que não houve má-fé, classificando o caso como um “infeliz descuido”.
A empresa afirmou ainda que os conteúdos serão substituídos por imagens reais e que abrirá uma investigação interna para evitar situações semelhantes.


Por que importa
A Nothing não é a primeira a enfrentar esse tipo de questionamento. Nokia e Samsung já passaram por episódios parecidos, em que materiais promocionais confundiam os consumidores sobre a real capacidade das câmeras. O problema é que, mesmo quando as imagens são devidamente licenciadas, apresentá-las como amostras reais mina a confiança do público.
E isso pesa ainda mais para uma marca que se posiciona como alternativa autêntica em um mercado saturado.
Em tempo: recentemente a Nothing também lançou um modelo inusitado de câmera: 📱 CMF Phone 2 Pro: Um smartphone acessível com lentes trocáveis e visual inovador
Reflexão para o mercado fotográfico
Esse episódio abre espaço para um debate maior: na era da abundância de imagens, a credibilidade visual se tornou um ativo escasso. Marcas, fotógrafos e criadores que não souberem cuidar dessa confiança arriscam perder mais do que vendas, perdem reputação.
O curioso é que os primeiros testes reais do Phone 3 indicam que o aparelho tem uma câmera bastante competente. Ou seja, talvez não houvesse necessidade de recorrer a imagens externas. Mas, como a fotografia ensina, um deslize de enquadramento pode mudar a percepção de toda a cena.
E setembro começa com um marco importante: a virada definitiva da comunidade Fotograf.IA + C.E.Foto no próximo dia 31/8. Depois dessa data, o acesso ao ecossistema será ainda mais exclusivo.
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