Entenda como as gigantes japonesas de câmeras estão combatendo os deepfakes com assinaturas digitais
Essa repercutiu bastante hoje em sites de notícias do mundo todo. Recebi de mais de 1 pessoa via direct no Insta e também via WhatsApp. A matéria original é da Nikkei! Leia o artigo é apresentar final minha análise.
Nikon, Sony e Canon desenvolvem tecnologia para garantir a autenticidade das imagens em um mundo de falsificações geradas por IA
A Sony vai atualizar suas câmeras profissionais para incluir assinaturas digitais nas fotos.
Em resposta ao aumento das falsificações de imagens geradas por inteligência artificial (IA), as empresas japonesas de câmeras Nikon, Sony e Canon estão criando tecnologia que adiciona assinaturas digitais às imagens para comprovar sua origem e integridade.
A Nikon planeja lançar câmeras sem espelho com tecnologia de autenticação para fotojornalistas e outros profissionais. As assinaturas digitais, que não podem ser alteradas, conterão informações como data, hora, local e fotógrafo.
Esses esforços visam preservar a confiança nas imagens em um cenário em que falsificações cada vez mais realistas desafiam o discernimento dos produtores e consumidores de conteúdo. Deepfakes do ex-presidente dos EUA Donald Trump e do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida viralizaram este ano.
Uma coalizão de organizações globais de notícias, empresas de tecnologia e fabricantes de câmeras lançou uma ferramenta online chamada Verify para verificar imagens gratuitamente. Se uma imagem tiver uma assinatura digital, o site mostrará data, local e outras credenciais.
As assinaturas digitais seguem agora um padrão global adotado pela Nikon, Sony e Canon. As empresas japonesas dominam cerca de 90% do mercado global de câmeras digitais.
Se uma imagem for criada com IA ou adulterada, a ferramenta Verify indicará que ela não tem “Credenciais de Conteúdo”.
Um aplicativo da Canon permite que os usuários vejam como uma imagem foi modificada ao longo do tempo. (Canon) A Sony lançará na primavera de 2024 a tecnologia para incorporar assinaturas digitais em três câmeras SLR sem espelho de nível profissional por meio de uma atualização de firmware. A empresa também está avaliando tornar a tecnologia compatível com vídeos.
Quando um fotógrafo envia imagens para uma organização de notícias, os servidores de autenticação da Sony detectam as assinaturas digitais e determinam se elas são geradas por IA. A Sony e a Associated Press testaram essa ferramenta em outubro.
A Sony ampliará sua linha de modelos de câmeras compatíveis e fará campanha para que outros meios de comunicação adotem a tecnologia.
A Canon lançará uma câmera com recursos semelhantes já em 2024. A empresa também está desenvolvendo tecnologia que adiciona assinaturas digitais aos vídeos.
A Canon montou uma equipe de projeto em 2019 e formou uma parceria de desenvolvimento com a Thomson Reuters e o Starling Lab for Data Integrity, um instituto cofundado pela Universidade de Stanford e pela Universidade do Sul da Califórnia.
Além disso, a Canon está lançando um aplicativo de gerenciamento de imagens para dizer se as imagens são tiradas por humanos.
A capacidade de criar imagens falsas está aumentando. Pesquisadores da Universidade Tsinghua da China propuseram em outubro uma nova tecnologia de IA generativa chamada modelo de consistência latente, que diz ser capaz de produzir cerca de 700.000 imagens por dia.
As empresas de tecnologia estão tomando medidas para combater a disseminação de conteúdo falso.
O Google lançou em agosto uma ferramenta que incorpora marcas d’água digitais invisíveis em imagens geradas por IA. Em 2022, a Intel desenvolveu tecnologia para determinar se uma imagem é autêntica, analisando as mudanças de cor da pele que indicam o fluxo sanguíneo sob a pele das pessoas. A Hitachi está desenvolvendo uma tecnologia à prova de falsificação para autenticação de identidade online.
Minha opinião: a tarefa é inglória para as fabricantes de câmeras. Mas uma oportunidade para marcas da fotografia. Podemos fazer algumas análises mais aprofundadas e curiosas sobre o assunto.
Aos fabricantes como os citados acima é de fato a chance de se posicionarem para vender sua tecnologia de "captura autêntica".
Uma necessidade para fotografos, a IA serve ao profissional "raiz", aquele que é contrário a IA como oportunidade desde que eles se apresentem como "vendedores do que é autêntico, real. Do valor das experiências verdadeiras que um fotógrafo pode e vai cobrir. Seja um evento social ou corporativo, uma festa ou cena marcante de uma família. É claro, no fotojornalismo.
O desafio inglório é justamente dos contrapontos. Por exemplo, as câmeras perderam força faz tempo e agora smartphones de ponta (do iPhone ao Google Pixel ao Xiaomi) estão usando a IA já nativa em seus dispositivos. Aliás, tudo indica que a Samsung terá o S24 com IA integrada permitindo gerar imagens com IA já no modelo de forma fácil e rápida. Isso tende a se tornar um padrão no mercado.
O que nos leva ao segundo ponto, só comportamento de consumidores. A internet e o mundo online geram o desafio do que é real. As pessoas tem pressa e consomem tudo online sem verificar nada. Como os fabricantes e redes vão criar um padrão que de fato garanta a autenticidade das imagens.
E por fim, existe o lado da IA avançando e ainda mais presente em 2024! Ela deve se popularizar mais em smartphones, redes sociais e novas versão de geradores de IA ainda mais realistas. E com isso devem surgir oportunidades e ameaças para ambos os lados. Dos que acreditam e usam a IA em benefício próprio e os que ignoram ou rejeitam a tecnologia. Seja como for, a IA não vai passar despercebida. A própria reação das 3 maiores fabricantes de câmeras comprova isso.
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