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Leilão de arte IA da Christie’s arrecada US$ 729 mil e destaca controversa fusão entre tecnologia e criatividade

Obra de brasileira Vanessa Rosa foi uma das peças leiloadas e combina cerâmica tradicional e inteligência artificial. Entre as polêmicas, críticos denunciam exploração de artistas

Obra 'daughter, de Claire Silver. - Imagem: Christie's/Reprodução.
Obra 'daughter, de Claire Silver. - Imagem: Christie's/Reprodução.

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A Christie’s, uma das maiores casas de leilão do mundo, encerrou na última quarta-feira (5) seu primeiro leilão exclusivo de arte gerada por inteligência artificial (IA), batizado de Augmented Intelligence . O evento, marcado por polêmicas e debates éticos, superou expectativas ao arrecadar US$ 729 mil (R$ 4,2 milhões), ultrapassando a projeção inicial de US$ 600 mil. Entre as 34 obras vendidas, destacou-se a participação da artista brasileira Vanessa Rosa, cuja escultura Little Martians & Abraham foi arrematada por US$ 1.764 (R$ 10,1 mil), simbolizando a entrada da arte brasileira neste novo capítulo da arte co-criada com IA.


IA no altar da arte: Sucesso financeiro vs. resistência criativa

O leilão, que reuniu peças desde experimentos dos anos 1960 até obras contemporâneas interativas, esculturas e NFTs, revelou um mercado em transformação. Cerca de 48% dos compradores eram millennials ou da geração Z, e 37% eram novatos na Christie’s, indicando uma democratização do acesso a um nicho historicamente elitizado. A obra mais cara, Machine Hallucinations — ISS Dreams — A , do turco-americano Refik Anadol, alcançou US$ 277,2 mil (R$ 1,6 milhão), superando estimativas. A peça, que transforma imagens de satélite em uma "pintura de dados" animada, será exposta no futuro museu de arte IA de Anadol, em Los Angeles.


Apesar do sucesso comercial, o evento foi alvo de críticas. Mais de 6.500 artistas assinaram uma carta aberta acusando a Christie’s de legitimar práticas "exploradoras" de empresas de IA, que usariam obras protegidas por direitos autorais para treinar modelos sem consentimento. "Esses sistemas competem com artistas humanos, lucrando com nosso trabalho não pago", afirmaram os signatários.


A brasileira que desafiou o ceticismo com cerâmica e algoritmos

No meio dessa controvérsia, Vanessa Rosa, formada em História da Arte pela UERJ, trouxe uma perspectiva única. Sua obra Little Martians & Abraham mescla cerâmica tradicional — inspirada em técnicas ancestrais — com uma animação em NFT gerada por IA. A peça narra a jornada de Verdelia, uma "historiadora marciana" que investiga suas origens, e faz parte de um projeto iniciado em 2020 na Califórnia.

Evento reuniu artistas que exploram a Inteligência Artificial como ferramenta criativa no mercado da arte — Foto: Reprodução/Vanessa Rosa
Evento reuniu artistas que exploram a Inteligência Artificial como ferramenta criativa no mercado da arte — Foto: Reprodução/Vanessa Rosa

"Acredito que estamos apenas começando a compreender como artistas podem usar a IA para enriquecer suas práticas existentes, não para substituí-las. Participar deste evento histórico me inspirou a continuar explorando esse diálogo entre o físico e o digital, e espero abrir portas para mais experimentações e colaborações criativas no futuro", disse a artista. Vanessa, conhecida por murais geométricos e experimentações tecnológicas, foi a única representante brasileira no evento.


O futuro da arte em disputa

Para Nicole Sales Giles, diretora de arte digital da Christie’s, a IA é "indubitavelmente o futuro". Já os críticos temem uma desvalorização da autoria humana. Enquanto isso, artistas como Rosa defendem que a tecnologia abre portas para "colaborações inéditas".

À medida que o debate segue acalorado, uma coisa é certa: a arte gerada por IA não é mais uma curiosidade marginal. Com compradores jovens e valores milionários, o mercado tradicional começa a absorver — e se adaptar a — essa nova realidade. Resta saber se a coexistência entre pincéis e algoritmos será harmoniosa ou um campo de batalha.



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