O Magic Editor e o Audio Magic Eraser permitem manipular suas imagens e sons com facilidade e precisão, mas também levantam questões éticas sobre a veracidade do conteúdo digital
A fotografia computacional evoluiu muito nos últimos anos, graças aos avanços da inteligência artificial e do aprendizado de máquina. O Google é uma das empresas que mais investe nessa área, e seus novos smartphones Pixel 8 e Pixel 8 Pro são prova disso. Eles trazem recursos de edição de fotos e vídeos que são capazes de alterar drasticamente a aparência e o som das cenas capturadas, dando aos usuários novos poderes criativos (e assustadores) sobre suas mídias.
Um desses recursos é o Magic Editor, que permite recortar, mover, redimensionar e iluminar objetos nas fotos com apenas alguns toques na tela. O aplicativo Google Fotos usa algoritmos sofisticados para preencher os espaços vazios com o que acha que deveria estar lá, criando resultados surpreendentemente realistas. Por exemplo, você pode tirar uma foto de uma pessoa correndo na praia e mudá-la para o outro lado da cena, ou fazer parecer que ela está pulando no ar. Você também pode mudar a hora do dia, adicionando um pôr do sol ou um céu azul.
Outro recurso é o Audio Magic Eraser, que permite remover ruídos indesejados dos vídeos, como buzinas, sirenes ou latidos de cachorro. O aplicativo Google Câmera identifica os sons que não fazem parte da fala humana e os substitui por silêncio ou por sons ambientes adequados. Por exemplo, você pode gravar um vídeo de uma entrevista na rua e eliminar os sons do tráfego, ou gravar um vídeo de uma apresentação musical e remover os aplausos da plateia.
Um terceiro recurso é o Video Boost, que é exclusivo do Pixel 8 Pro, e que você pode ativar quando estiver gravando clipes de vídeo com pouca luz ou se houver muita ação. Uma cópia do seu vídeo, que pode ser de até 4K a 30 quadros por segundo, é enviada para a nuvem do Google para processamento. Esse processamento pode melhorar drasticamente a estabilização, aumentar a clareza e reduzir o ruído.
Esses recursos são impressionantes do ponto de vista técnico, mas também levantam questões éticas sobre a veracidade do conteúdo digital. Como saber se uma foto ou um vídeo foi editado ou não? Como evitar que essas ferramentas sejam usadas para fins maliciosos, como difamar alguém ou espalhar desinformação? Como preservar a autenticidade e a originalidade das imagens e dos sons?
Essas são perguntas que devemos nos fazer como consumidores e produtores de mídia digital. A fotografia computacional nos oferece novas possibilidades de expressão e diversão, mas também nos desafia a sermos críticos e responsáveis pelo conteúdo que criamos e compartilhamos. Como será que isso vai impactar a fotografia e a relação das pessoas com esses recursos?
Se a IA dominou a fotografia em 2023, imagine como será em 2024...
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