A Galeria Fotograf.IA convida você a conhecer o trabalho da fotógrafa da fotógrafa e artista plástica Marília Pierazoli. Ela desenvolve artes com IA que exploram a fantasia, sonhos e visões artísticas surreais
Marília Pierazoli é uma artista plática e fotógrafa que combina diferentes meios (pintura, fotografia digital) e agora vem explorando as possibilidades criativas com a IA. Marília tem um trabalho sensível e muito intimista e agora expande suas possibilidades artísticas com essa tecnologia revolucionária da inteligência artificial. Confira a entrevista e aproveite para seguir a artista nos links abaixo:
Instagram @lilapierazoli
X @m_pierazoli
Leo Saldanha - Como você se interessou pela fotografia e pela inteligência artificial?
Marília Pierazoli - Como artista plástica há muitos anos, sempre fotografei e registrei minhas pesquisas. Gosto muito de tecnologia, talvez pela convivência de trabalhar muitos anos numa grande empresa de Tecnologia do Estado de Minas Gerais. Ficava sempre atenta ao que poderia usar na junção: artes e tecnologia, porém qualquer ideia que tinha era impossível e muito cara, pois dependia de profissionais especializados. Desde 2015, venho me dedicando não só à fotografia digital, mas a estudos e pesquisas principalmente ligados à arte e fazendo trabalhos com interferências utilizando fotografias e pinturas. Penso muitas vezes a fotografia como uma sequência de minhas pinturas.
A inteligência artificial é mais do que eu queria e imaginava, inclusive, tenho muita alegria de estar vivendo esta grande transformação, pois tenho a oportunidade e consigo realizar minhas ideias, com rapidez, qualidade e quantidade. É uma excelente ferramenta, como se eu tivesse um robô particular. Isto é maravilhoso! Tenho também a consciência de que, quanto mais informação e conhecimentos eu for adquirindo, melhores resultados terei.
Leo Saldanha - Quais são os principais desafios e oportunidades que você enfrenta ao usar a IA na fotografia?
Marília Pierazoli - Os desafios são os mesmos de um artista: trabalhar, estudar, pesquisar, ter objetivos e buscar um diferencial para conseguir passar pelas barreiras, competições e entrar no mercado. E isso hoje é muito mais difícil, mesmo com a liberdade que temos na internet. Já as oportunidades podem surgir, também, pela liberdade que temos com a Internet, como um facilitador, considerando as redes sociais, exposições virtuais em qualquer lugar, facilidades nos contatos ou mesmo no mundo das NFTs. Porém, é necessário ter um bom trabalho, um currículo, prêmios etc. e, principalmente, estar engajado nessas novas tecnologias e, quanto mais cedo, melhor para obter bons resultados.
Leo Saldanha - Como você escolhe os temas e as técnicas para as suas obras?
Marília Pierazoli - Grande parte dos meus temas são registros de vivências e emoções, tornando assim uma variação significativa uma das outras. Preciso sempre de liberdade. A coerência no meu trabalho é a liberdade. Gosto muito de temas em movimento, representados às vezes somente na impressão da imagem ou outras com a utilização de aplicativos que provocam movimentos reais. Tenho também sempre em mente a ecologia e a prático em várias ações. Gosto de representá-la nos trabalhos, como uma forma de chamada para a consciência e a necessidade urgente de preservação do meio ambiente e sobrevivência do nosso planeta. Outro tema de que gosto são fotografias desconstruídas, o objetivo é mostrar que nada é perfeito. E muitas vezes gosto de trabalhar com os chamados “erros”, como na Série fotografia de imagens distorcidas em pixels de uma TV com defeito. Em todos estes trabalhos, penso em utilizar as técnicas que sempre utilizei nas telas de pinturas a óleo. E mais recente, a Série Sonhos Noturnos, onde as anotações dos meus sonhos viram Prompts.
Leo Saldanha - Que tipo de mensagem ou emoção você quer transmitir com as suas fotografias?
Marília Pierazoli - Mostrar a sensibilidade em tornar visível um pensamento, um alerta ecológico, uma emoção vivenciada...
“A capacidade de encantar é o dom de prestar atenção”
Julia Margaret Cameron
Leo Saldanha - Quais são as suas principais inspirações e referências na fotografia e na IA?
Marília Pierazoli - Primeiramente as inspirações nas artes e suas histórias, sempre estudando. Percorro vários estilos: impressionistas, pensando nas desconstruções; o barroco, na iluminação dramática; minimalistas e o surreal. Tenho muitas referências, mas algumas estão sempre presentes no pensamento: como o pai do Futurismo, Filippo Tommaso Marinetti, que naquela época já havia definido a fotografia como arte, nas suas experiências de fotografias com os movimentos. Júlia Margaret Cameron, pioneira nos retratos, me encanta a sua capacidade de assumir pequenas “imperfeições” nos negativos e que nunca afetaram a grandiosidade de suas obras. William Turner, com sua capacidade de cor e luz, e mais recentes: Bill Viola, nos vídeos arte, e o incrível Refik Anadol.
Leo Saldanha - Como você vê o futuro da fotografia e da IA? Quais são os seus planos e projetos para o futuro?
Marília Pierazoli - Vejo um futuro muito promissor e cada vez com mais ferramentas com capacidades incríveis para a melhoria dos trabalhos em artes. Quanto aos planos, tenho um planejamento para aprimorar ao máximo os trabalhos, sempre com divulgação nas redes sociais e participação em vários eventos, exposições e festivais, para montar um bom currículo e, paralelamente, participar de lojas virtuais.
Leo Saldanha - O que acha da iniciativa Fotograf.IA da qual faz parte?
Marília Pierazoli - O Fotograf.IA é um guia incrível para todos aqueles que querem ampliar o seu potencial criativo, não só para a Fotografia, mas para você obter uma excelente visão para vários produtos e oportunidades. Além de inovador na área, ainda recebemos sempre versões atualizadas. Com uma didática clara, objetiva e aprimorada, temos dicas e orientações de IA em todos os seus aspectos. Posso dizer que tive uma grande melhora e qualidade em meus trabalhos lendo este guia, Fotograf.IA.
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