Tendências da Fotografia em 2025: cases brasileiros, IA, Apple, Nano Banana 2 e o novo mercado global
- Leo Saldanha

- 11 de nov.
- 5 min de leitura
Atualizado: 13 de nov.
Do brilho de iniciativas educacionais no Brasil às tensões geopolíticas sobre tecnologia, a fotografia vive um período de contrastes. Inspiração, mercado, identidade visual e inovação se cruzam em ritmo acelerado, enquanto marcas e criadores reavaliam seu papel no novo ecossistema da imagem.

Este é um dos textos que nasce do mesmo espírito que guia a comunidade Fotograf.IA+C.E.Foto, onde pensamos fotografia com profundidade, estratégia, IA e propósito.
A fotografia atravessa novembro com uma força simbólica e comercial rara. Enquanto o debate global oscila entre inteligência artificial, novas linguagens visuais e disputas políticas envolvendo grandes fabricantes, alguns dos movimentos mais inspiradores vêm de histórias brasileiras. Professores, artistas, projetos sociais e fotógrafos em trânsito internacional mostram que a potência da imagem continua profundamente humana, mesmo em um mundo cada vez mais dominado por algoritmos e megapixels.
Este panorama conecta iniciativas nacionais a tendências internacionais, tecnologias emergentes e discussões quentes do mercado. É um retrato amplo sobre para onde a fotografia está caminhando neste fim de 2025.
Brasil no centro da inspiração
A professora mineira que transformou memória em impacto
A história de Margarida ganhou destaque nacional ao receber o Prêmio Ação Educativa. Seu projeto, que une fotografia, memória e comunidade, foi celebrado por sua capacidade de transformar vidas por meio da imagem. A reportagem completa está no portal Mais Minas. O reconhecimento comprova a força da fotografia como ferramenta pedagógica e social em uma época de debate intenso sobre criatividade e IA.
Ouro Preto na COP30
O fotógrafo de Ouro Preto que teve seu trabalho exibido em projeção na COP30 reforça como a produção regional brasileira está atravessando fronteiras. O registro aparece na matéria da Rádio Itatiaia, mostrando como a fotografia ambiental segue sendo uma das linguagens mais relevantes do país.
A voz afro-brasileira fortalecida pela seleção Pierre Verger

A Fundação Cultural Pierre Verger divulgou o resultado de habilitação de seu programa de incentivo e abriu nova fase de participação, reforçando o compromisso em valorizar narrativas afro-brasileiras e periféricas. Os detalhes estão no portal da FUNCEB.
Silhuetas femininas, patrimônio e botânica em Florianópolis
A exposição “Musas em Retratos”, que une botânica, história e fotografia em homenagem a mulheres catarinenses, mostra como o retrato documental ganha novas camadas. Veja a cobertura no De Olho na Ilha.
Memória em debate: entre o papel e os formatos híbridos

A Revista Crescer publicou um conteúdo que reacendeu a discussão sobre como famílias guardam lembranças hoje. O texto apresenta alternativas ao álbum físico, como caixas de memórias, digitais organizados e registros híbridos, sem negar a força do papel. A matéria completa está em Revista Crescer. Embora gere polêmica no meio profissional, o artigo deixa claro que o público está cada vez mais aberto a soluções múltiplas e que fotógrafos podem atuar como curadores dessa experiência.
Movimentos internacionais que merecem atenção

Paris Photo 2025
O festival apresentou o projeto “Konkursas”, de Francesca Allen, uma abordagem contemporânea das novas narrativas fotográficas. A matéria está em HubeMag.
Retratos do cinema como colaboração
O ensaio de Riccardo Ghilardi com grandes nomes do cinema reforça a importância da relação entre fotógrafo e retratado. O trabalho aparece em Digital Camera World. A matéria destaca o quanto a fotografia autoral depende de confiança e cumplicidade.
David Bowie e o novo recorde de arte fotográfica
A peça baseada na capa de Aladdin Sane, assinada pelo fotógrafo original, bateu recorde de venda. A análise completa está em DesignTAXI. É um lembrete de que fotografia, música e cultura pop seguem conectadas por valor simbólico.
Apple investe no vidro real e em uma nova estética
A Apple apresentou sua Liquid Glass Gallery, reforçando sua aposta em materiais reais e estética artesanal. A mudança foi registrada em DesignTAXI. O movimento contrasta com o avanço da IA e valoriza a materialidade num momento em que autenticidade é palavra-chave.
Melhores tecnologias do ano
O prêmio Gizmodo Best Tech of 2025 reforça como câmeras híbridas, softwares de edição e sensores avançados seguem dominando o imaginário de inovação. A lista está em Gizmodo.
Controvérsias e debates necessários
Annie Leibovitz e a nova capa da Vogue

A fotógrafa, considerada uma das maiores retratistas do mundo, voltou ao centro das discussões com seu ensaio de Timothée Chalamet para a Vogue. A repercussão levantou debates sobre estética, direção e escolhas narrativas. A análise está em PetaPixel.
O banimento da DJI nos Estados Unidos
A possível proibição da DJI em 43 dias reacendeu a tensão entre política e fotografia aérea. O impacto no mercado é detalhado em PetaPixel.
Novidades de iluminação: modularidade da Godox

A Godox apresentou um sistema modular que promete facilitar o fluxo de trabalho para quem utiliza diferentes sistemas de câmera. A cobertura completa está em DPReview.
Mercado aquecido: câmeras em alta em 2025
Apesar do verão complicado, o mercado fotográfico global está prestes a registrar seu melhor ano desde 2019. A análise completa está em PetaPixel. O crescimento indica que fotógrafos continuam investindo, experimentando e atualizando seus equipamentos, especialmente em nichos que exigem velocidade, precisão e autonomia.
O que o cenário revela quando conectado ao que já analisamos aqui no blog

Os movimentos do mercado global dialogam diretamente com reflexões recentes que publicamos. O estudo sobre as principais tendências de fotografia e IA, apresentado no Spotlink, mostra como a aceleração tecnológica convive com a valorização do toque humano. A análise completa está em “C.A.O.S. Fotográfico: as principais tendências que estão redefinindo a fotografia e a IA em 2025”
No campo das marcas, o movimento da Apple ao abandonar o CGI em favor do vidro real reforça um ponto essencial desta nova fase: autenticidade vende mais do que perfeição artificial. O aprofundamento está em “Apple abandona CGI no logo da TV: o que isso significa para fotógrafos em 2026”

Do lado da inteligência artificial, o salto técnico do modelo visual Nano Banana 2 mostra como o mobile está se tornando um espaço de criação profissional, e não apenas um apoio. A análise aparece em “Nano Banana 2: o salto visual do Google que pode redefinir a criação de imagens em 2026”
A inovação também chega aos equipamentos. A ação ousada da Insta360 ao desafiar Instax e Polaroid criou uma ponte entre instantaneidade analógica e fluidez digital. Detalhes no texto “Insta360 desafia Instax e Polaroid com nova câmera de ação que imprime fotos instantâneas”

No lado humano, o Concurso Semanal de Fotos Spotlink continua funcionado como termômetro sensível do que fotógrafos reais estão produzindo. Os resultados recentes estão no post “Os vencedores da semana do Concurso de Fotos Spotlink”
Complementando a visão de mercado, o mapeamento nacional sobre fotografia de família aponta transformações importantes nos hábitos de consumo, no posicionamento e no valor percebido. Está no relatório “Mapeamento de Mercado da Fotografia de Família 2025”

E para fechar as peças desse quebra-cabeça, novembro segue sendo o mês das decisões estratégicas. A reflexão sobre como a maioria das pessoas posterga movimentos importantes enquanto o mercado avança está em “A decisão que quase ninguém toma em novembro”
Este conjunto de análises forma um panorama amplo sobre comportamento, tecnologia, estética e posicionamento, reforçando que quem vive da imagem precisa observar o mercado de forma sistêmica, conectada e profunda.
Tudo indica que estamos entrando em um ciclo de reconstrução criativa. Cases brasileiros mostram que a fotografia continua sendo uma força transformadora. O mercado global prova que a inovação não desacelerou. As discussões culturais reafirmam a importância da autoria. E o público, cada vez mais híbrido, busca tanto memória digital quanto a materialidade do papel. Para quem vive da imagem, o momento exige visão, posicionamento e presença ativa.



Comentários