Fotógrafa de família criou um produto que combina o poder das histórias, da memória e da emoção. Tudo com o diferencial de gerar recorrência
A fotógrafa Alê Bruny fica na ponte Porto Alegre/São Paulo. Desde 2008 atua profissionalmente na fotografia e a partir de 2012 passou a atuar na fotografia de família. Alê trocou o direito pela ofício de registrar os momentos mais felizes das pessoas e nesse sentido tem feito um trabalho de alto nível e consistente. Alê venceu com uma ideia de um produto impresso ao estilo retrospectiva com apelo interessante no design e muitas possibilidades de recorrência. Confira a entrevista abaixo e aproveite para seguir a fotógrafa. @alebrunyfotografia • Fotos e vídeos do Instagram
FHOX – Como trocou o direito pela fotografia?
Alê Bruny – Sempre tive uma ligação muito forte com a fotografia. Nas viagens e festas da família sempre era escalada para os cliques. Quando minhas filhas gêmeas nasceram, as circunstâncias da vida me levaram a planejar 1 ano sabático. O plano era cuidar delas nesse período e, após, me reciclar e voltar para o universo jurídico. Mas nesse período, pela primeira vez, comecei a pensar na importância da fotografia na minha vida e a advocacia se tornou uma paixão mantida em um cantinho especial do coração e observada a distância. Me dei conta de que embora eu tivesse o hábito de fotografar muito, eram pouquíssimas as lembranças que eu possuía da minha infância e dos meus pais já falecidos. Estas poucas fotos que ficaram são as únicas lembranças que possuo deles. Quantas histórias se perderam no tempo? Quanto cada uma destas histórias perdidas teriam sido a base para eu ter escrito a minha vida de forma diferente? Estas perguntas me levaram à certeza de que faria diferente com as minhas filhas, passei a pensar no legado que deixaremos para elas enquanto família. Elas tinham meses quando fiz meu primeiro curso de fotografia básico e, desde então, respiro fotografia todos os dias.
FHOX – como foi parar na fotografia de família?
Alê Bruny – Apesar da minha essência estar na família, no começo fotografei de tudo. Casamentos, formaturas, eventos corporativos, produtos. Isso foi muito importante para aprimorar minha técnica e também para iniciar minha base no mercado. Em 2012 resolvi focar na fotografia de família, na minha missão de participar ativamente na construção de legados para outras famílias.
FHOX – Qual a sensação de ganhar com o melhor produto?
Alê Bruny – Uma das sensações mais maravilhosas em meio a toda loucura que se transformou o ano de 2020.
Eu nunca fui de participar de concursos. Quando decidi participar do “Foto + Produto” estava em busca de algo que me provocasse a ir atrás de novos horizontes em que houvesse a possibilidade de conciliar minha missão de construir legados com o “novo normal” imposto pela pandemia e o necessário distanciamento social.
Amadurecer minhas próprias idéias e tê-las avaliadas pelos meus pares me fez perceber todo o potencial deste projeto. Isto é muito gratificante!
FHOX – conte sobre sua ideia
Alê Bruny – Com o início da pandemia, a rotina da minha família foi completamente alterada. Minha casa, assim como para muitas outras famílias, se transformou na casa, no escritório, na escola e no lazer. Tanto tempo dentro de casa fez com que os nossos celulares se tornassem verdadeiros baús de tesouros.
Mas à medida que tantas histórias passaram a ser registradas por 4 celulares, elas passaram a ser guardadas uma parte no grupo de família no whatsapp, outra no backup na nuvem, outra em postagens em redes sociais, e por aí vai. Comecei a pensar que se este infinito de histórias permanece armazenado desta forma desordenada, daqui a 15, 30 anos, como seria possível encontrar um registro para reviver estes momentos tão atípicos?
E foi assim que nasceu a ideia da Revista Retrospectiva 2020, que será um compilado de vários pedacinhos das histórias deste ano, de forma organizada, impressa e facilmente acessível por muitas gerações.
Um anuário onde será possível mesclar foto, textos, vídeos, mensagens para o futuro e mais uma infinidade de possibilidades. Um documento histórico, da tela do celular para as mãos das famílias.
FHOX – o que espera para 2021 na fotografia?
Alê Bruny – Acredito que a fotografia de família e a de produtos/conteúdo para o mundo virtual serão as duas áreas que devem ser ainda mais fortalecidas neste próximo ano.
2021 será um ano tão ou mais difícil que 2020. As pessoas estarão cada vez mais saudosistas em relação aos familiares, aos encontros, a rotina vivida antes da pandemia, e com isso passarão a se dar conta sobre o poder de resgate de uma fotografia e a importância de registrar suas histórias.
FHOX – quais foram as coisas boas de 2020?
Alê Bruny – Com certeza o melhor de 2020 foi ter aproximado as pessoas. Os que moram na mesma casa, mas que seus horários só coincidiam aos finais de semana. Os que moram longe, mas que a tecnologia fez o milagre de nos manter próximos.
FHOX – por que fotógrafos dão pouca atenção para produtos na fotografia?
Alê Bruny – Acho que é um efeito colateral da fotografia digital e do nosso mundo cada vez mais virtual. Acredito que é meio que um piloto automático do mercado, de entregar apenas o digital já que as pessoas desejam cada vez mais consumir o virtual.
As pessoas fotografam como nunca, mas são cada vez mais carentes de fotografias. Muitas já se perderam nos DVD´s obsoletos. Os profissionais da fotografia precisam assumir um papel ativo na conscientização dos seus clientes sobre os riscos de se manter tantos registros apenas em ambiente virtual.
FHOX – como define seu estilo e como se inspira?
Alê Bruny – Me defino como uma fotógrafa lifestyle, focada na história do cotidiano, em locações habituais para a família e sem produções padronizadas. Minhas maiores inspirações vem do fotojornalismo, da fotografia de rua.
FHOX – está animada para 2021?
Alê Bruny – Sim! Temos que acreditar que tudo irá melhorar.
Ainda será um ano de muitas dificuldades, mas a evolução da ciência, e a disponibilização de tratamentos e vacinas, possibilitará que voltemos a nos abraçar e viver com um mínimo de normalidade.
Para o mercado fotográfico, apesar das dificuldades que persistirão, as transformações deste ano tem tudo para ser o combustível necessário para a viabilidade de novos projetos.
Se 2020 foi tempo de buscar aprendizado e semear, 2021 tem tudo para iniciar a colheita!
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