O fundador da Tesla conversou com o primeiro-ministro britânico sobre os riscos e as oportunidades da inteligência artificial
Todas as imagens geradas com IA
Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla e da SpaceX, afirmou que a inteligência artificial (IA) será capaz de fazer tudo o que os humanos fazem, tornando todos os empregos obsoletos. Ele fez essa declaração em uma conversa com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, antes de uma reunião sobre a regulamentação da tecnologia.
Musk disse que a IA vai criar uma “era de abundância”, na qual as pessoas não precisarão trabalhar para ter uma renda alta. Ele também disse que a IA vai exigir um “árbitro” para supervisionar os supercomputadores do futuro, que podem ser mais inteligentes do que os humanos.
“Chegará um ponto em que nenhum emprego será necessário; você pode ter um emprego se quiser, por satisfação pessoal. A inteligência artificial é capaz de fazer tudo. Não sei se isso deixa as pessoas confortáveis ou inquietas. Se é positivo ou negativo. Um dos desafios do futuro será: como encontramos propósito na vida?”, questionou Musk.
O magnata da tecnologia admitiu que às vezes se sente tentado a delegar suas tarefas à IA, mas que ainda acredita no valor do trabalho. “Frequentemente, me encontro em posição de descrença. Muitas vezes, quando estou na luta às 3 da manhã, penso: ‘Por que estou fazendo isso, posso simplesmente esperar que a IA assuma isso’.”
O primeiro-ministro, por sua vez, disse que o trabalho dá sentido à vida e que o governo britânico está atento aos benefícios e aos riscos da IA. “Sou alguém que acredita que o trabalho lhe dá sentido na vida”, disse Sunak.
No final da conversa, Musk elogiou os planos de Sunak para monitorar e potencialmente regulamentar a IA, dizendo que, embora as ideias sejam “irritantes”, o mundo da tecnologia precisa de um “árbitro”.
A conversa entre Musk e Sunak foi transmitida ao vivo pelo canal de YouTube do governo britânico, como parte de uma série de eventos sobre o futuro da tecnologia. A cúpula sobre a regulamentação da IA deve acontecer em novembro, em Londres, e reunir líderes mundiais, empresários e especialistas no assunto.
A IA é uma das tecnologias mais disruptivas e inovadoras da atualidade, capaz de transformar diversos setores da sociedade, como a saúde, a educação, a comunicação e a arte. No entanto, a IA também apresenta desafios éticos, sociais e econômicos, que exigem uma reflexão e uma regulação adequadas.
imagem gerada com IA. Fotógrafos certamente levam vantagens na criação de imagens por terem uma visão e bagagens da técnica e vivência real
Um dos campos que pode ser afetado pela IA é o da fotografia. A IA pode ser usada para criar imagens realistas, editar fotos, reconhecer rostos e objetos, e até mesmo gerar arte. Os fotógrafos profissionais devem conhecer essa tecnologia e se preparar para essas mudanças, buscando se diferenciar e se adaptar ao novo cenário. A IA pode ser uma aliada ou uma concorrente dos fotógrafos, dependendo de como eles a utilizam e a regulam.
Curiosamente vi uma postagem da conta Davison.ETH no Instagram com a seguinte questão:
Apesar do receio de muitos profissionais, a melhor forma de garantir trabalhos diante da evolução da inteligência artificial é ficar o mais próximo possível dela — e de seus avanços. A opinião é compartilhada por Clifford Young, presidente de assuntos públicos da consultoria Ipsos para os EUA, e Julie Shah, professora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “20% dos americanos têm algum tipo de #automação no trabalho hoje. Observamos que as pessoas que têm contato com a tecnologia são naturalmente mais propensas a vê-la como positiva. A proximidade e o entendimento são cruciais para a boa relação entre humano e inteligência artificial”, disse Young durante o “Delivering The Future”, evento realizado pela Amazon em Seattle, nos EUA*.
Segundo Shah, a implementação e a maior proximidade entre tecnologia e profissional trazem resultados melhores para as empresas. “A co-criação de atividades entre #robôs e humanos é o principal item que pode potencializar o nosso trabalho em meio ao avanço da IA e tecnologia de forma geral. O profissional precisa pensar como a IA pode trabalhar a seu favor”, avalia a professora, que também participou do evento. Na visão da especialista, a colaboração entre humanos e robôs é a chave para ser possível adaptar os #profissionais à nova era tecnológica. Mas isso só será possível se os profissionais souberem utilizar a tecnologia. “Treinamentos para as pessoas que não estão atualizadas é a principal coisa a se fazer e uma das críticas para a #indústria”, avalia a pesquisadora.
Tye Brady, chefe de tecnologia do #Amazon Robotics, afirmou que: “A Amazon começou a investir em #robótica em 2012 nos EUA e de lá para cá criamos milhares de empregos. Nesse período, muitas funções sofreram transformações. Mas ao reformular a nossa relação com a máquina, nossos profissionais foram também se adaptando. Percebemos que a nossa produtividade melhorou, além da criação de novas soluções pela integração de funcionários e #tecnologia”, afirmou o executivo, também presente no evento da Amazon.
Para os fotógrafos, a inteligência artificial pode ser uma oportunidade ou uma ameaça, dependendo de como eles se relacionam com ela. Alguns especialistas defendem que a melhor forma de garantir um emprego diante da evolução da IA é ficar o mais próximo possível dela e de seus avanços. Eles argumentam que a IA pode trazer benefícios para o trabalho dos fotógrafos, desde ganhos com produtividade na edição e fluxo de trabalho até a parte do marketing e mesmo na parte artística e criativa. No entanto, para aproveitar essas vantagens, os fotógrafos precisam se atualizar e se capacitar para usar a tecnologia a seu favor. Eles também precisam estar atentos aos riscos e aos desafios éticos, sociais e econômicos que a IA pode trazer. A colaboração entre humanos e robôs é a chave para se adaptar à nova era tecnológica, mas isso só será possível se os fotógrafos souberem utilizar a tecnologia.
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