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Elliott Erwitt: o fotógrafo da comédia humana

Morre aos 95 anos o mestre do humor, da ironia e do absurdo na fotografia, que captou momentos inusitados e divertidos do cotidiano

O mundo da fotografia perdeu hoje um dos seus maiores nomes: Elliott Erwitt, o fotógrafo da comédia humana, faleceu aos 95 anos em Nova Iorque. Erwitt foi um mestre do humor, da ironia e do absurdo, captando com sua câmera momentos inusitados e divertidos do cotidiano. Suas imagens em preto e branco são um testemunho da sua sensibilidade e inteligência, bem como da sua paixão pela vida.



Erwitt nasceu em Paris, em 1928, filho de pais judeus de origem russa. Passou a infância em Milão, até que, em 1939, mudou-se para os Estados Unidos com sua família para escapar das leis fascistas. Em Hollywood, iniciou sua carreira na fotografia, trabalhando na câmara escura de um estúdio. Estudou fotografia e cinema na Los Angeles City College e na New School for Social Research, em Nova York. Em 1951, serviu ao exército americano como fotógrafo na Alemanha e na França, onde teve a oportunidade de registrar cenas da Europa pós-guerra.



O ponto decisivo de sua carreira ocorreu em Nova York, quando conheceu os fotógrafos Edward Steichen, Robert Capa e Roy Stryker, que o influenciaram e o apoiaram. Em 1953, ingressou na agência Magnum, da qual foi presidente por três anos no final dos anos 1960. Como membro da Magnum, viajou pelo mundo, fazendo reportagens para revistas como Life, Look e Holiday. Além da fotografia, dedicou-se também ao cinema, realizando documentários e comédias a partir da década de 1970.



Erwitt ficou famoso por suas fotos de cães, que retratavam com humor e ternura as relações entre os animais e seus donos. Publicou quatro livros sobre o tema: Dog Dogs, To the Dogs, Son of Bitch e Woof. Mas não se limitou a esse assunto: fotografou também personalidades como Marilyn Monroe, Che Guevara, John F. Kennedy, Jaqueline Kennedy e Nikita Khrushchev, além de cenas históricas como o funeral de Kennedy, a Conferência de Yalta e a dessegregação racial nos Estados Unidos.

Erwitt foi um dos grandes expoentes da fotografia humanista, que buscava retratar a essência do ser humano em suas diversas facetas. Sua obra é um convite à reflexão, à crítica e ao riso, mostrando que a vida é cheia de contrastes, paradoxos e surpresas. Erwitt deixou um legado inestimável para a fotografia mundial, que continuará a inspirar gerações de fotógrafos e admiradores.










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