A fotografia entre o real e o artificial
- Leo Saldanha

- 13 de out.
- 3 min de leitura
O que muda quando a técnica, o olhar e as máquinas passam a dividir o mesmo território criativo

A fotografia vive um momento em que tradição e tecnologia caminham lado a lado, às vezes em harmonia, outras em tensão. Na análise da Digital Camera World, um profissional explica por que a sua Nikon D6 continua sendo a “besta de carga” indispensável, um gesto de resistência e identidade em plena era de sensores com IA.

Entre ferramentas que atraem criadores híbridos (foto e vídeo), a Sirui apresenta a Aurora 35mm f/1.4, com estética clássica e apelo cinematográfico.
Em outra frente, o Fstoppers lembra que há potência nos limites e que abraçá-los pode elevar o resultado criativo em foto e filme ao discutir por que aceitar restrições pode ser a chave para melhorar.
O debate tecnológico aparece com força na DPReview, que questiona o impulso de atualização ao avaliar o iPhone 17 Pro e o real ganho sobre as gerações 12 a 16 Pro, enquanto no Brasil a Xiaomi posiciona smartphones como câmeras inteligentes com a chegada da série 15T focada em performance, fotografia e conectividade.
Enquanto a DPReview volta ao tema da IA embarcada ao mostrar como a Caira acende o debate sobre autoria e automação com uma câmera que promete inteligência em tempo real.
No campo da arte e do impacto social, a Bravo! destaca Claudia Andujar com nova exposição em Belém, um lembrete do poder ético e poético da imagem ao tratar dos Yanomami em mostra que amplia o debate, enquanto a Veja registra a guinada de um autor que trocou as celebridades por árvores, sinal de um desejo contemporâneo de reconexão com o essencial.

Curioso notar a My Modern Met apresentando os livros interativos da Hachette que revivem o gesto manual com as colagens do “Paint by Sticker".
No nosso universo de formação e crítica, o episódio 150 do Em Foco aprofunda a conversa sobre leitura de portfólios e concursos, com Márcio Monteiro, Fábio Figueiredo e Paula Dau refletindo sobre frustrações e maturidade criativa em uma mesa franca que pode ser vista neste episódio completo.
Em memória e história, a Obscura revisita Philippe Halsman e sua “jumpology”, mostrando como uma ideia simples se torna assinatura ao destrinchar como ele criou a fotografia do salto.

No território das plataformas, o PetaPixel registra uma mudança sutil porém relevante no Instagram, que agora permite misturar fotos horizontais e verticais no mesmo carrossel, abrindo novas possibilidades narrativas, e a edição móvel ganha fôlego com a chegada do Luminar Mobile 2.0 para Android, aproximando o smartphone da potência dos softwares profissionais.
Aqui no blog, sigo acompanhando como a fotografia se transforma em linguagem, negócio e expressão. Nos últimos dias, publiquei análises que ajudam a entender esse novo cenário de forma mais ampla.

Uma delas discute como o branding e o valor humano se tornaram o combo estratégico do momento, mostrando que identidade e posicionamento são tão importantes quanto técnica.
Outra matéria mergulha no mercado da fotografia gastronômica no Brasil, um nicho que cresce com força e revela novas oportunidades. E complementando essa visão, destacamos os principais fotógrafos e fotógrafas de comida do país segundo a IA, uma curadoria que combina pesquisa, tecnologia e sensibilidade.

A fotografia de hoje é um território em movimento, que oscila entre o peso da tradição e o fascínio da inovação. O que permanece constante é o olhar humano. Mesmo mediado por algoritmos, sensores e câmeras cada vez mais inteligentes, ele continua sendo o centro invisível de toda imagem que importa.



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