A última entrevista de Sebastião Salgado

O icônico fotógrafo refletiu sobre legado, tecnologia e o futuro da imagem

Fernando Frazão/Agência Brasil

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Pouco antes de sua morte, Sebastião Salgado concedeu uma entrevista comovente à RFI. Doente, mas lúcido e intenso como sempre, falou sobre sua trajetória, o poder da imagem e o futuro da fotografia frente à inteligência artificial.

Entre os trechos mais impactantes:

🔹 "Fotografia é a memória da sociedade. E a memória só pode existir com base na realidade."Salgado defendia que a fotografia verdadeira não pode ser substituída por simulações ou criações geradas por IA.

🔹 "A IA pode ser brilhante. Mas só a fotografia guarda a memória."

Embora reconhecesse os avanços tecnológicos, deixou claro que a essência da fotografia vai além do aparato técnico. Ela carrega herança, contexto e humanidade.

🔹 "Você só fotografa com tudo que está dentro de você."

Ele lembrou dos céus dramáticos de Minas Gerais, que marcaram sua infância e influenciaram sua estética visual ao longo da vida.

🔹 Sobre a vida e o tempo: “O dia mais feliz da minha vida foi quando fiz 80 anos. Eu estava vivo.”

Emocionado, relembrou amigos perdidos, doenças enfrentadas e o valor de estar presente. Algo raro e precioso.

🔹 Também falou sobre sua decepção com a espécie humana, sua reconexão com a natureza e a lição aprendida: "Não sou um ser que domina o que está em volta. Sou parte de tudo isso."

Essa leitura não é apenas sobre fotografia. É sobre legado, tempo e responsabilidade com a memória do mundo. 👉 Leitura essencial para quem vive da imagem e quer pensar além da técnica. Leia na íntegra: Pouco antes de morrer, Sebastião Salgado falou sobre futuro da fotografia na era da Inteligência Artificial

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