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Saturday Night Live satiriza com precisão os erros das fotos geradas por IA

Em um esquete hilário, o programa expõe as limitações das imagens animadas por inteligência artificial e reacende o debate sobre o uso da tecnologia na fotografia e na memória familiar

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A inteligência artificial está em toda parte, inclusive nos momentos mais sentimentais da vida. Basta subir uma foto, clicar em “animar” e ver o passado ganhar movimento. Só que essa mágica digital, tão presente em plataformas como Midjourney, Sora, Google e o Grok da X, ainda tropeça em detalhes básicos. E foi exatamente essa mistura de fascínio e falha que o Saturday Night Live resolveu explorar em um dos esquetes mais inspirados da temporada, protagonizado pelo ator Glen Powell.


Na cena, um grupo de crianças leva à avó, que vive em uma casa de repouso, uma caixa com fotos antigas da família. As imagens foram digitalizadas e enviadas para um aplicativo de IA que promete “dar vida” aos retratos. No início, tudo funciona como deveria. O pai da avó, interpretado por Powell, surge na foto como um retrato de Hogwarts, acenando de forma simpática e inocente.


Mas a normalidade dura pouco.



Quando mostram à avó uma imagem de seus pais, surge a primeira estranheza. A mãe segura um cachorro-quente e um cigarro. Só que, ao ser animada pela IA, ela passa a fumar o cachorro-quente. O exagero não é exagero. Falhas assim já apareceram inúmeras vezes em vídeos gerados por IA, quando o sistema tenta interpretar gestos, objetos sobrepostos ou movimentos que exigem coordenação humana.


A confusão aumenta quando o bisavô aparece segurando Sadie, o cachorro da família, sem cabeça. Depois disso, o esquete escala para o absurdo: membros faltando, proporções impossíveis, uma amiga da família revelando um corpo digno de boneco Ken e até uma explosão nuclear ao fundo. Em um dos momentos mais afiados da sátira, o programa ainda brinca com o sistema de créditos implantado em grandes plataformas de IA, como o utilizado pela Adobe.


Mesmo com o tom humorístico, o SNL aponta para um tema real. O uso popularizado de ferramentas que animam fotos antigas virou rotina para muitas famílias, e as redes estão repletas de vídeos emocionantes. Alexis Ohanian, cofundador do Reddit, compartilhou recentemente uma animação de uma foto sua com a mãe, da época em que era criança. O impacto emocional existe. O problema é que a tecnologia ainda não domina nuances simples, e as falhas podem transformar memórias sensíveis em pequenas distopias domésticas.


O esquete acerta justamente por mostrar o que está acontecendo no mundo real. A IA avança rápido, mas ainda não entende totalmente o que vê. E, quando tenta recriar gestos humanos de forma literal, fica evidente o quanto dependemos do olhar, da intenção e da interpretação que só o humano é capaz de aplicar à fotografia.


O debate não é sobre rejeitar a tecnologia, mas sobre entender suas limitações, responsabilidades e usos sensatos. A fotografia continua sendo a ponte entre memória e emoção. A IA pode ajudar, mas ainda não consegue fazer o caminho sozinha.


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