Os principais nomes da Fotografia de Retratos do Brasil
- Leo Saldanha
- 14 de jul.
- 24 min de leitura
Atualizado: 16 de jul.
Retratos do Brasil contemporâneo: Entre legado, mercado e transformação

Este post é patrocinado por Fotto, líder em vendas de fotos e vídeos com tecnologia inteligente, e por Alboom, plataforma líder e referência em sites, inovação e marketing para fotógrafos(as)
A fotografia de retratos no Brasil vive um momento de rara potência criativa e simbólica. Em meio a transformações tecnológicas, mudanças no comportamento do público e um mercado cada vez mais competitivo, certos nomes se destacam não apenas pela técnica ou estilo, mas por sua capacidade de criar imagens que permanecem.
Este levantamento busca reunir alguns dos protagonistas dessa cena contemporânea, com foco especial em quem atua diretamente no retrato, seja em estúdio, projetos autorais ou no mercado profissional.
A seleção é, naturalmente, marcada por recortes subjetivos e escolhas editoriais. No entanto, ela foi conduzida com base em uma pesquisa profunda, combinando curadoria e análise feita com o apoio das versões mais avançadas de Inteligência Artificial generativa (ChatGPT Plus e Gemini Pro), além da visão crítica e sensível de quem acompanha o mercado há décadas.
Ao longo do conteúdo, os nomes estão organizados em vários blocos complementares: os retratistas em plena atividade cuja linguagem visual é construída essencialmente no retrato; os fotógrafos consagrados em outros campos, mas cuja contribuição ao retrato merece destaque; e ainda (mas não menos importante) uma lista pessoal.
O retrato dos retratistas do Brasil
No centro da fotografia de retratos no Brasil, alguns nomes se consolidaram como pilares vivos desse ofício tão delicado quanto poderoso. À frente, Bob Wolfenson e Márcio Scavone seguem como referências inquestionáveis. Ambos ajudaram a moldar a linguagem do retrato nacional com sofisticação, rigor técnico e uma assinatura estética reconhecível. Bob, com sua elegância despretensiosa, transita entre o editorial e o autoral, traduzindo com maestria o espírito de cada época em suas imagens. Scavone, por sua vez, combina precisão publicitária com sensibilidade artística, criando retratos que resistem ao tempo, revelando camadas profundas de humanidade em figuras públicas e anônimas.
Ao lado deles, emergem outras forças igualmente influentes. Maurício Nahas, com um estilo que privilegia o poder da imagem como ferramenta de afirmação profissional e institucional, tornou-se um dos nomes mais requisitados do retrato corporativo no Brasil, equilibrando estética apurada e narrativa de autoridade. Já Gal Oppido, com seu trabalho centrado no corpo, no movimento e na expressão performática, amplia as possibilidades do retrato como linguagem artística e conceitual.
Entre as vozes femininas que se destacam no retrato contemporâneo brasileiro, é notável a presença de autoras com linguagem visual refinada, rigor estético e profunda sensibilidade. Suas obras transitam entre o íntimo e o político, revelando camadas da memória, da identidade e da experiência subjetiva. Muitas vezes, seus retratos expandem os limites da representação tradicional, combinando delicadeza, força e experimentação. Com abordagens que equilibram forma e silêncio, corpo e poesia, essas artistas contribuem para enriquecer e complexificar o imaginário do retrato no país.
Ainda que esta curadoria traga nomes femininos de grande relevância, a sensação de que deveríamos ver mais mulheres entre os destaques permanece. Isso não reflete a ausência de talento, mas sim questões estruturais de visibilidade, acesso e reconhecimento que ainda marcam o cenário da fotografia. É preciso seguir iluminando esses trajetos, para que mais autoras tenham seus retratos vistos, celebrados e lembrados como merecem.
Outros nomes como Ivan Shupikov, Christian Cravo e Rogério Assis compõem um conjunto plural de olhares. Cada um, à sua maneira, reinventa o retrato: seja no editorial de moda, na fotografia documental, no experimentalismo visual ou na busca por essência no instante.
Esses profissionais não apenas produzem imagens tecnicamente refinadas. Eles projetam narrativas, constroem identidade, e deixam impressões duradouras no imaginário coletivo. E, mesmo em tempos de tecnologia e velocidade, reafirmam o valor da presença, do tempo do olhar e da escuta silenciosa entre fotógrafo e retratado.
“Os nomes a seguir estão organizados sem hierarquia, como um convite aberto à descoberta dos múltiplos caminhos que o retrato percorre no Brasil atual.”
Aline Fonseca (RJ) - Fotografa a música e movimentos sociais. Retratos poderosos com forte apelo visual, mas com algo que vai além do mero registro. Uma mistura necessária de consciência e estética. Certamente um dos novos talentos da fotografia brasileira com retratos marcantes e de alto nível . Instagram: @alineffonseca
Ana Carolina Fernandes (Rio de Janeiro, RJ) - Fotojornalista e retratista com olhar voltado às questões sociais e políticas. Ana Carolina registra rostos marcantes de minorias, movimentos e territórios em conflito, sem perder a humanidade do instante. Suas imagens vibram em posicionamento, textura e verdade. Instagram: Ana Carolina Fernandes
Bob Wolfenson (São Paulo, SP) - Um dos maiores nomes da fotografia brasileira, Bob é referência incontornável em retrato editorial, moda e publicidade. Sua obra combina rigor técnico e inteligência visual, passeando entre o icônico e o irreverente. Continua em plena produção, com séries autorais e projetos de grande visibilidade. Instagram: @bobwolfenson
Fernanda Preto (São Paulo, SP) - O poder da fotografia e da autoimagem como parte de um processo para a saúde mental e autoestima. Um trabalho diferenciado com retratos diferente de tudo que já vi e que merece atenção. Fotografia e saúde mental são aliados poderosos e o trabalho de Fernanda merece destaque por isso. Instagram: @fernandapreto
Isabella Lanave (São Paulo, SP) - Isabella é fotógrafa e artista visual curitibana de 31 anos. Seu trabalho investiga espiritualidade, loucura e corpo-território. Foi destaque na TIME (2017), no New York Portfolio Review (2018) e realizou exposição individual no Centro de Fotografia de Montevidéu (2019). Jornalista de formação, é especialista em Saúde Mental e cursa Mestrado em Artes Visuais. Instagram: @isabellalanave
Ivan Shupikov (São Paulo, SP) - Especialista em moda, beleza e retrato editorial. Ivan possui domínio técnico de luz e tratamento de pele, criando imagens sofisticadas, fluidas e elegantes. Seu portfólio abrange desde campanhas até projetos com pegada autoral. Instagram: @ivanshupikov
Jorge Bispo (Rio de Janeiro, RJ) - Reconhecido por retratar artistas e celebridades com naturalidade e proximidade. Jorge também realiza projetos autorais, como “Quarto de Hóspedes”, em que funde retrato e intimidade. Seu olhar capta o humano por trás da figura pública. Instagram: @jorgebispo
Luisa Dörr (Salvador, BA) - Com alcance internacional, Luisa se destaca por retratos feitos com o celular e por uma abordagem direta e silenciosa. Colaboradora da TIME, National Geographic e outras publicações globais, tem obra marcada por minimalismo e profundidade. Instagram: @luisadorr
Márcio Scavone (São Paulo, SP) - Retratista clássico e refinado, com carreira extensa em revistas, publicidade e projetos pessoais. Scavone cria retratos que são como pinturas de luz e tempo. Seu estilo atemporal transmite elegância e força silenciosa. Mais do que um retratista, também é um escritor. Aliás, com projetos e livros que mostram essa força dele com as palavras. Quem o segue no Instagram sabe que além das belas fotografias, as legendas também sempre merecem um olhar. Instagram: @marcioscavone
Maurício Nahas (São Paulo, SP) - Um dos grandes fotógrafos brasileiros. Nahas vai além do retrato, já que é um artista multifacetado e atuante em diferentes mídias. Os retratos criados por ele tem uma estética única, um selo visual facilmente identificável. Vale conferir e seguir. Instagram: @mauricionahas
Entre o íntimo e o simbólico: retratos que desconstroem formas e revelam novas possibilidades
Esses fotógrafos ampliam as fronteiras do retrato, criando imagens que revelam, questionam e transformam. Suas obras vivem entre galerias, rituais, ruas e territórios íntimos, mantendo o retrato como um campo fértil de expressão artística e política.
Miguel Rio Branco - Nicho principal: Retrato autoral, conceitual, artístico e documental Instagram: @miguelriobranco Destaques recentes: Segue com projeção internacional, com obras presentes em coleções como a do MoMA e do Centre Pompidou. Sua estética é tema de estudos e exposições contínuas. Assinatura visual: Imagens densas, com forte carga emocional e cromática. Seus retratos carregam tensões de corpo, alma, marginalidade e desejo, em uma linguagem visceral e cinematográfica.
Christian Cravo - Nicho principal: Retrato documental em preto e branco, religiosidade e cultura afro-brasileira Instagram: @christiancravo Destaques recentes: Com obras em diversas instituições internacionais, segue ativo com exposições e livros como “Exu Iluminado”. Assinatura visual: Contrastes intensos, espiritualidade, misticismo e rigor formal marcam seus retratos. Um trabalho que carrega a herança estética do pai (Mario Cravo Neto), mas com voz própria.
Gal Oppido - @galoppido - Atua em projetos autorais e é referência na fotografia de dança contemporânea, teatro e nudez artística. Assinatura visual: Fusiona o corpo em estado de performance com composições que beiram o surrealismo e o teatro visual. Seus retratos são coreografias visuais.
Guy Veloso Cidade - @guyveloso - Destaques recentes: Representou o Brasil na Bienal de Veneza, participou de mostras no MAM-SP e MASP. Assinatura visual: Seus retratos documentam a fé como experiência física e mística. O Brasil profundo aparece com intensidade, cores fortes e carga simbólica.

Nota de Contexto e Reconhecimento Embora esta curadoria destaque fotógrafos e fotógrafas de retratos em plena atividade, é impossível ignorar o legado duradouro de artistas que moldaram a linguagem visual brasileira. Nomes como Sebastião Salgado, cuja fotografia humanista elevou o retrato documental a uma dimensão ética e estética singular, ou Walter Firmo, com seu lirismo cromático centrado na cultura negra, continuam a inspirar com intensidade rara.
Ao lado deles, criadores como Claudia Andujar, Mario Cravo Neto, Vania Toledo, German Lorca e Juan Esteves construíram olhares que ultrapassam o tempo, tornando-se referência para quem fotografa hoje. Esteves, em especial, com sua abordagem direta, reflexiva e muitas vezes provocadora, registrou escritores, artistas e intelectuais com profundidade e inteligência visual.
Alguns desses mestres permanecem ativos e presentes. Outros deixaram obras que seguem pulsando como farol criativo. Todos, de formas distintas, ajudaram a formar o imaginário do retrato brasileiro.
Esta nota é, portanto, um gesto de reverência a esses mestres (vivos ou eternizados) cuja influência permanece visível em cada novo clique que busca traduzir o humano.
É importante lembrar que toda curadoria é, por natureza, um recorte. Mesmo com todo o cuidado, ela inevitavelmente deixa de fora nomes que também merecem reconhecimento. Esta seleção foi construída com base em uma pesquisa aprofundada, aliando as versões mais avançadas de inteligência artificial (como Gemini e ChatGPT) à curadoria editorial independente, observação constante do mercado e repertório pessoal. Ainda assim, trata-se de uma entre muitas visões possíveis, sujeita a revisões, atualizações e expansões futuras.
Mais do que um ranking ou uma lista definitiva, este mapeamento busca valorizar profissionais que, neste momento, vêm contribuindo de forma marcante para a fotografia de retratos no Brasil. Que ele seja um ponto de partida para descobertas, diálogos e novas conexões visuais.
Mas que tal deixar sua sugestão de nome que deveria estar na lista? Envie aqui

Pesquisa profunda ChatGPT Plus: Principais Fotógrafos de Retrato no Brasil
Uma das etapas desta curadoria foi conduzida com o apoio do ChatGPT em sua versão mais avançada (GPT-4o). A pesquisa buscou identificar fotógrafos(as) de retrato em atividade no Brasil com base em sinais digitais de relevância, como presença em plataformas profissionais, publicações recentes, consistência estética, linguagem autoral, reconhecimento em nichos específicos e engajamento orgânico. O modelo realizou uma varredura ampla com foco em perfis que demonstram solidez artística e atuação visível no mercado atual.
A fotografia de retrato brasileira vive um momento rico em diversidade de estilos e vozes autorais, com novos talentos ganhando reconhecimento recente. Abaixo, organizamos os principais nomes em atividade, divididos por nichos de atuação. Em cada nicho, destacamos fotógrafos(as) com forte presença digital, linguagem visual definida e conquistas recentes no mercado brasileiro.
Retratistas brasileiros(as) - Diferentes nichos, talentos diversos
Marcus Steinmeyer (São Paulo, SP) – Fotógrafo especializado em retratos profissionais de executivos, empreendedores e personalidades. Atua fortemente no mercado editorial e publicitário, tendo fotografado para as principais revistas brasileiras e campanhas de grandes empresas. Steinmeyer busca ir além do “retrato corporativo” genérico: em seu Instagram ele mostra bastidores de sessões com CEOs e destaca como varia luz e ângulos para dar autenticidade e “ir além do óbvio” em cada retrato executivo. Com 24 mil seguidores no Instagram, ele se consolidou como referência em imagem corporativa no país.
Luciana Riu (São Paulo, SP) – Fotógrafa voltada a retratos corporativos e marca pessoal, atendendo profissionais liberais e empresas. Fundadora do Luciana Riu Estúdio, ela enfatiza capturar “a essência de cada profissional, destacando sua autenticidade e confiança” em imagens destinadas a LinkedIn, sites e material institucional. Suas sessões são planejadas nos mínimos detalhes – seja em estúdio ambientado, fundo infinito ou no local de trabalho do cliente – sempre visando transmitir profissionalismo e conexão humana. Luciana mantém presença ativa online com dicas sobre posicionamento de imagem e já transformou a identidade visual de diversos clientes através de retratos que contam a história de cada marca pessoal.
Retratos Femininos e de Empoderamento
Angélica Dass (Rio de Janeiro, RJ) – Fotógrafa carioca radicada em Madri, reconhecida mundialmente pelo projeto “Humanæ”, que cataloga retratos de pessoas de todas as cores de pele para questionar conceitos de raça. Sua prática combina fotografia, pesquisa sociológica e participação pública em defesa dos direitos humanos. O Humanæ já percorreu mais de 80 cidades em 6 continentes (inclusive no Fórum Econômico Mundial em Davos e na revista National Geographic), celebrando a diversidade e desafiando estereótipos de tons de pele. Angélica foi palestrante do TED Global e segue engajada em projetos educativos e artísticos que promovem empoderamento e diálogo sobre identidade étnico-racial.
Cris Santoro (SP) – Fotógrafa gaúcha especializada em retratos femininos com abordagem de empoderamento e autoestima. No podcast Papo de Fotógrafo, Cris contou sua trajetória focada em valorizar a liberdade, o corpo e os ideais das mulheres por meio da fotografia. Ela compartilha técnicas de direção empática para captar “a essência e a força” de cada retratada. Suas clientes destacam como os ensaios de boudoir e retratos contemporâneos com Cris as ajudam a se reconectar com a própria beleza e história. Atuante também como educadora, ela inspira outras fotógrafas a utilizarem o retrato como ferramenta de transformação pessoal e expressão feminista.
Retrato Editorial e de Moda
Luisa Dörr – Um dos grandes nomes da nova geração na fotografia editorial internacional. Luisa ganhou projeção ao fotografar (com iPhone) as 46 mulheres da capa do especial “TIME Firsts” em 2017, incluindo personalidades como Hillary Clinton e Oprah Winfrey. Sua estética combina retrato documental e fine art, sempre centrada na figura feminina. Com trabalhos publicados em National Geographic, Vogue e ELLE, Luisa explora a “paisagem humana feminina” em séries sobre empoderamento (como as cholitas lutadoras na Bolívia e as rainhas de festas tradicionais na Espanha). Vencedora do World Press Photo 2019 (People), ela é a prova da força das brasileiras no retrato editorial contemporâneo, mesclando domínio técnico e sensibilidade cultural.
Hick Duarte (Uberlândia, MG – radicado em SP) – Fotógrafo e diretor emergente que transita entre moda, música e documentário, trazendo a estética das ruas e da juventude brasileira para editoriais. Hick se destaca por retratar a pluralidade da cultura jovem com abordagem híbrida: imagens de composição limpa e toque cinematográfico, mas ao mesmo tempo cruas e autênticas. Ele já assinou editoriais para Elle, Vogue e campanhas de marcas como Adidas e Red Bull. Em 2024, fotografou capas da ELLE Men e campanha global da Melissa. Seu estilo é descrito como uma fusão de fashion e documental – “uma representação o mais autêntica possível de um Brasil em todas as suas complexidades, sem reforçar estereótipos”. Além das revistas, Hick realiza projetos autorais sobre a cena jovem (como a expo Limbo) e é apontado como um dos criativos que renovam a imagem da moda brasileira.
Nicole Heiniger (São Paulo, SP) – Fotógrafa de moda consagrada na cena editorial brasileira, conhecida pela direção de arte sofisticada e estética cinematográfica. Com formação em Londres e carreira internacional, Nicole trouxe um olhar refinado para revistas como Vogue e L’Officiel. Seu trabalho é reconhecido pela maestria em luz e cor na moda e beleza, muitas vezes incorporando elementos de cinema em editoriais. Em 2025, por exemplo, fotografou ensaios de destaque como “Novas Coleções” (Elle Brasil) e “Sem Limites” (L’Officiel). Além de editoriais, Nicole atua em publicidade de grifes e dirigiu filmes de moda. Com mais de 20 anos de carreira, ela permanece relevante adaptando-se às novas plataformas – colaborando com Dazed e outras mídias – e segue mentora para jovens fotógrafas que desejam adentrar o mercado editorial de retratos e moda.
Retratos Criativos e Experimentais
Gabriel Wickbold (São Paulo, SP) – Nome em ascensão na fotografia de arte e publicidade, famoso pelos retratos multicoloridos e de alto impacto visual. Aos 35 anos, Gabriel já é considerado “um dos maiores fenômenos da fotografia brasileira na atualidade”, tendo exposto séries autorais em Portugal, Reino Unido e Emirados Árabes e inaugurado sua própria galeria em São Paulo. Sua abordagem transforma o corpo em tela para experimentações: série após série, ele explora conceitos com técnica mista – por exemplo, “Sexual Colors” (2009), em que aplica tintas no rosto dos modelos criando texturas e mutações, ou “Naïve” (2010), que sobrepôs elementos da natureza em retratos craquelados para discutir a relação homem-natureza. Nada em seu processo é gratuito: cada retrato conceitual nasce de uma proposta estruturada, unindo estética arrojada e reflexão (seja sobre tecnologia, sustentabilidade ou identidade). Com 118 mil seguidores no Instagram e prêmios como o GQ Men of the Year 2024 na categoria arte, Wickbold consolida-se como referência em retratos experimentais que dialogam com o mercado de arte e cultura pop simultaneamente.
Eustáquio Neves (Juiz de Fora, MG) – Artista visual e fotógrafo cuja obra única mescla técnica fotográfica com intervenção manual para criar retratos de forte teor experimental. Eustáquio, ativo desde os anos 1990, combina processos químicos alternativos, colagem e manipulação digital para produzir imagens que desafiam a mera reprodução da realidade. Seus retratos frequentemente abordam questões de identidade, memória e negritude, com camadas de desgaste, texturas e sobreposições que dão aspecto atemporal e onírico às fotografias. Reconhecido internacionalmente (obras em acervos como do Museu de Houston), ele recebeu o Prêmio Marc Ferrez e teve retrospectivas importantes no IMS. Em 2024, Eustáquio participou da Bienal de Fotografia de Curitiba e segue influenciando novos retratistas experimentais no Brasil. Sua abordagem artesanal e conceitual prova que o retrato pode extrapolar o registro e se tornar objeto artístico singular.
Retrato autoral e novas Gerações
Priscilla Buhr (Recife, PE) – Fotógrafa e artista visual recifense, representante de uma nova geração fora do eixo principal, com trabalho autoral focado em memória, identidade e narrativas femininas. Formada em jornalismo, Priscilla venceu o Prêmio Brasil de Fotografia 2013 (categoria Revelação) com a série “Ausländer” e foi selecionada no 10º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (2019) Sua produção transita entre o documental e o onírico – explorando trajetos emocionais de mulheres, maternidade e ancestralidade nordestina. Participou de coletivos e expôs obras em galerias do Recife, São Paulo e até Frankfurt. Buhr simboliza a afirmação de vozes regionais: utiliza o retrato para reconstruir o passado e empoderar histórias locais, o que lhe rendeu presença no Clube de Colecionadores de Fotografia do MAMAM e prêmios em Pernambuco.
Luiza Sigulem (São Paulo, SP) – Fotógrafa autoral que explora retratos conceituais com viés performático e intimista. Em 2024 lançou a série “Jeito de Corpo”, montando um estúdio de fundo rosa nas ruas para retratar desconhecidos sob uma “inversão de perspectiva” – a artista fotografa de uma cadeira de rodas e desafia os modelos a posarem curvados, rompendo a postura tradicional. Seu trabalho, divulgado pela revista ZUM/IMS, aborda acessibilidade e corporeidade de forma experimental, criando “esculturas temporárias” com os corpos retratados em espaço público.
Marcela Bonfim (Porto Velho, RO) – Fotógrafa fine art/documental cujo projeto “Amazônia Negra” ganhou destaque nacional. Marcela usa o retrato como forma de reconexão ancestral e valorização da negritude amazônica. Indicada ao Prêmio PIPA 2021 e participante da grande exposição Dos Brasis (SESC Belenzinho, 2023), vem revelando, por meio de imagens e relatos orais, as histórias invisibilizadas de comunidades negras na região Norte Seu trabalho autoral foi exibido em 13 estados e elogiado por aprofundar narrativas culturais e históricas por trás de cada rosto registrado.
Cada um desses fotógrafos e fotógrafas, em seu nicho específico, contribui para um mosaico vibrante da fotografia de retratos no Brasil contemporâneo. Seja na fine art conceitual, no corporativo, no empoderamento feminino, na moda ou na experimentação, eles compartilham a habilidade de captar a essência dos retratados com linguagem própria. Juntos, refletem a diversidade cultural e criativa do país, expandindo os limites do retrato tradicional e inspirando novas gerações em todas as regiões.
Referências: As informações acima foram compiladas a partir de perfis, entrevistas e notícias especializadas sobre cada fotógrafo, incluindo Revista ZUM/IMS, portais de fotografia e sites oficiais, garantindo um panorama confiável das conquistas recentes de 2024 e 2025. Cada citação (entre colchetes) indica a fonte original consultada para validação dos destaques mencionados.

Pesquisa profunda com Gemini Pro - Panorama da Fotografia de Retratos Contemporânea no Brasil: Uma Curadoria Especializada
Também foi utilizada a ferramenta Gemini Pro, do Google, para uma investigação complementar focada em sites, redes sociais, notícias recentes, premiações e mostras ligadas à fotografia de retratos. A análise priorizou nomes em evidência nas regiões fora do eixo RJ-SP, além de captar tendências emergentes, diversidade de vozes, inovação estética e participação em eventos culturais. Essa varredura ampliou a curadoria ao revelar talentos em ascensão e olhares regionais potentes.
I. Introdução: O Cenário Atual da Fotografia de Retratos no Brasil
O cenário da fotografia de retratos no Brasil em 2024 e 2025 é caracterizado por uma notável efervescência criativa e uma diversidade de abordagens que redefinem a prática do retrato no século XXI. Distanciando-se dos grandes nomes históricos que já consolidaram seu legado, uma nova geração de talentos e profissionais com trajetórias estabelecidas emerge, apresentando linguagens autorais e um posicionamento contemporâneo que capturam a essência do momento. Esta curadoria especializada busca identificar esses nomes, valorizando não apenas sua proficiência técnica, mas também a profundidade estética, a consistência de seus trabalhos e a relevância de suas narrativas no mercado atual. A fotografia de retrato, neste contexto, transcende a mera representação fisionômica, consolidando-se como um campo fértil para a exploração de identidades, a abordagem de questões sociais prementes, a manifestação de expressões artísticas inovadoras e a aplicação de estratégias eficazes de comunicação pessoal e corporativa.
A vitalidade e a amplitude dos temas abordados na fotografia de retrato contemporânea no Brasil funcionam como um espelho das transformações sociais e culturais do país. Ao observar a ascensão de nichos específicos, como "Retratos Femininos e de Empoderamento" e "Novas Gerações e Tendências Regionais", percebe-se que a própria estrutura da produção fotográfica está impulsionando a visibilidade de artistas que se dedicam a discutir identidade, representatividade e as particularidades de contextos locais. Este movimento indica que o retrato contemporâneo brasileiro está intrinsecamente conectado a debates cruciais sobre gênero, raça, regionalidade e justiça social. A fotografia, assim, não é apenas uma forma de arte, mas um registro dinâmico das preocupações e aspirações da sociedade, oferecendo uma janela para as complexidades e nuances da experiência humana no Brasil atual.
II. Retrato Autoral e Fine Art: Linguagens Artísticas e Conceituais
Neste nicho, destacam-se fotógrafos que vão além da simples documentação, utilizando o retrato como um veículo potente para a expressão artística, poética e conceitual. Suas obras frequentemente mergulham na subjetividade, na identidade e na intrincada relação do indivíduo com o mundo, muitas vezes apresentando uma estética apurada que as posiciona de forma proeminente no circuito das artes visuais.
Breve descrição da proposta ou assinatura visual: Gui Christ é um fotógrafo que se dedica a retratar comunidades e culturas periféricas brasileiras com abordagens contemporâneas. Seu projeto "M'kumba" é um testemunho visual da resiliência das comunidades afro-brasileiras diante da intolerância religiosa, celebrando divindades e contos mitológicos africanos por meio de imagens íntimas.1 Sua estética é profundamente enraizada em questões de identidade cultural e social, desafiando preconceitos e destacando a vitalidade das tradições espirituais.
O sucesso de Gui Christ, evidenciado por sua vitória no Sony World Photography Awards 2025 e o reconhecimento de instituições como o Pulitzer Center e a National Geographic, ilustra uma tendência global na valorização de trabalhos fotográficos que se engajam com questões sociais urgentes. A profundidade de sua narrativa, que aborda identidades marginalizadas e histórias de resistência, demonstra que a fotografia autoral contemporânea está cada vez mais alinhada com o ativismo e a documentação de realidades complexas. Essa abordagem ressoa de maneira significativa com júris e organizações internacionais, ampliando a visibilidade de vozes e causas importantes.
Breve descrição da proposta ou assinatura visual: Ale Ruaro busca retratar a intimidade de realidades que não são comumente acessíveis, transformando seres humanos em "corpos atemporais e sem individualidade". Sua fotografia é descrita como uma catarse visual que visa desvelar preconceitos pela exposição das diferenças, normalizando o não convencional. Ele utiliza a fotografia para converter experiências pessoais e do cotidiano em imagens impactantes e com forte apelo poético.
Carolina Krieger é uma artista visual autodidata que explora a fotografia, imagens apropriadas e colagem manual. Seu projeto "Rosto de Sal" propõe uma reflexão sobre a imagem como um meio de alquimia e cura, investigando a metamorfose da vida e a conexão com o corpo energético de sua mãe. Sua obra evoca um corpo ausente através de gestos artísticos, resgatando vestígios e ritualizando o processo criativo.
Breve descrição da proposta ou assinatura visual: Cícero Costa explora em sua obra temas como memória, pertencimento, traumas e violência, profundamente enraizados em seu contexto familiar e territorial, especialmente nas periferias de São Paulo. Sua fotografia atua como um dispositivo crítico e poético que narra realidades pessoais e coletivas, como exemplificado em "Carta de Despejo", que documenta o processo de despejo de sua própria família.
Breve descrição da proposta ou assinatura visual: Artista visual amazônica, Rafaela Kennedy utiliza a fotografia para reescrever narrativas frequentemente apagadas pela colonização, abordando suas raízes indígenas e as complexidades das diversidades de gênero. Como travesti e pessoa de ascendência indígena e negra, ela naturaliza e valoriza corpos que historicamente estiveram à margem da representação, criando novos imaginários que rompem com estereótipos. Seu trabalho é um poderoso exercício de visibilidade e construção de pertencimento.
III. Retratos Corporativos e de Marca Pessoal: Imagem Profissional e Posicionamento
Este segmento da fotografia de retratos é fundamental para a construção de uma imagem profissional sólida e autêntica no dinâmico ambiente de negócios atual. Os profissionais aqui listados são especialistas em capturar a essência de seus clientes, traduzindo valores e competências em visuais que fortalecem de maneira estratégica sua marca pessoal.
Alexandre Machado é um especialista em retratos corporativos, cuja abordagem integra análise de perfil, visagismo e o uso de arquétipos. Sua maestria em dirigir poses e capturar a "poesia das expressões corporais" visa revelar o esplendor único de cada retratado. Seu serviço é altamente personalizado, profissional e dedicado a entregar uma "peça única, um fragmento exclusivo de sua magia visual", com a flexibilidade de atuar tanto em seu estúdio quanto em locais escolhidos pelos clientes, utilizando seu estúdio móvel.
Carla Cunha busca capturar a essência e os valores que o cliente representa, criando imagens que refletem personalidade, valores e competências para fortalecer a presença profissional e a marca pessoal. Sua missão é entregar retratos profissionais, sensíveis e artísticos, com um estilo minimalista, atemporal e moderno que prioriza a pessoa em detrimento do cenário, transmitindo confiança, profissionalismo e autenticidade.
Julliana Martins concentra seu trabalho em capacitar empreendedoras por meio de fotografias que comunicam a identidade da marca, posicionam e atraem clientes qualificados. Ela desenvolveu uma metodologia própria para o mercado de fotografia de Marca Pessoal, enfatizando que "foto bonita não é foto que comunica", mas sim aquela que possui propósito e uma metodologia clara para gerar resultados tangíveis.

IV. Retratos Femininos e de Empoderamento: Autoestima, Maturidade e Sensualidade
Este nicho celebra a mulher em suas diversas fases e expressões, utilizando a fotografia como uma ferramenta poderosa de auto afirmação, resgate da autoestima e valorização da sensualidade de forma autêntica e respeitosa.
Com uma vasta trajetória no fotojornalismo, Marizilda Cruppe migrou para a fotografia documental independente. Seu trabalho em retratos, embora frequentemente inserido em contextos mais amplos de reportagem, é profundamente dedicado a questões de gênero e empoderamento, especialmente de mulheres em situações de vulnerabilidade ou em contextos de luta por direitos. Sua linguagem é direta, humanista e busca dar visibilidade a realidades muitas vezes invisibilizadas.
V. Retrato Editorial e de Moda: Narrativas Visuais para Publicações e Publicidade
Neste nicho, a fotografia de retrato serve a propósitos narrativos e comerciais, sendo um elemento fundamental para revistas, campanhas publicitárias e projetos de moda. Os fotógrafos aqui selecionados dominam a arte de contar histórias e transmitir conceitos complexos através da imagem de pessoas.
Lalo de Almeida é um fotojornalista e fotógrafo documental que explora a intrínseca relação entre seres humanos e o meio ambiente, com um foco particular na Amazônia. Seus retratos, inseridos em ensaios documentais de grande envergadura, capturam a dignidade e os desafios enfrentados por populações afetadas por questões climáticas e sociais. Sua linguagem visual é poderosa, humanista e visa gerar conscientização sobre temas urgentes e de impacto global.
Hick Duarte desenvolveu uma abordagem documental, mas com um toque poético, para o retrato, com um foco particular na moda e na cultura jovem.Sua linguagem visual é autêntica e vibrante, capturando o estilo de vida da juventude brasileira e as tendências do universo da moda com um olhar perspicaz.

VI. Retratos Criativos e Experimentais: Estilos Ousados e Inovadores
Uma nova geração de retratistas tem começado a utilizar a inteligência artificial como ferramenta estética, fundindo elementos digitais e simbólicos em suas imagens. Esses trabalhos desafiam os limites tradicionais do retrato, explorando o tempo, o corpo e a memória sob novas camadas visuais.
Embora essa vertente criativa chame atenção pelo potencial expressivo, trata-se ainda de um movimento recente e em formação. Mesmo os sistemas avançados de inteligência artificial utilizados nesta pesquisa não identificaram nomes amplamente consolidados nesse campo. Por isso, optamos por não destacar individualmente nenhum profissional aqui, reconhecendo o caráter experimental e ainda em maturação dessa abordagem.
VII. Novas Gerações e Tendências Regionais: Talentos Emergentes Fora do Eixo Rio-SP
Este nicho é fundamental para mapear a diversidade da fotografia brasileira, identificando nomes emergentes e estabelecidos que atuam em regiões fora do tradicional eixo Rio-São Paulo, apresentando linguagens próprias e uma presença digital consistente.
Nycolle Suabya é conhecida por seu estilo sensível, emocional e autoral, que captura as fases da vida de uma mulher com pureza, leveza e eternidade. Sua obra se distingue pelo uso da luz natural, tons nostálgicos e uma edição quente que remete à fotografia analógica, promovendo uma abordagem mais genuína e poética em seus retratos.
Diogo Perez cria fotografias que conectam e inspiram, adotando uma linguagem minimalista, livre de ruídos e excessos. Sua assinatura visual prioriza a luz perfeita e a composição criativa, buscando uma conexão genuína com os retratados para tornar o processo leve e natural.
VII. Novas Gerações e Fotografia Fora do Eixo
Em várias regiões do Brasil, novas vozes visuais têm surgido com força e originalidade, desafiando a concentração histórica de visibilidade em centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Iniciativas como o 1º Salão de Fotografia do Recife (2025) exemplificam esse movimento, revelando talentos conectados a temas como ancestralidade, identidade de gênero, cultura indígena e memória afetiva das periferias urbanas.
Embora este capítulo traga exemplos específicos do Recife (como os trabalhos potentes de Juliana Amara, Ester Menezes e Anne Lírio) ele aponta para uma transformação mais ampla que ocorre em muitas cidades brasileiras, de Porto Alegre a Manaus, de Belém a Salvador. Uma descentralização estética e curatorial que merece visibilidade, apoio e continuidade.
A fotografia brasileira vive, nesse campo emergente, um momento vibrante de expansão de repertórios e afirmação de novas identidades visuais. São artistas que não apenas retratam seus contextos, mas também reinventam o próprio modo de olhar, ampliando o alcance e a diversidade do retrato contemporâneo no país.
Curadoria Pessoal: Retratos que Marcaram Meu Caminho
Por fim, esta seleção foi enriquecida com uma curadoria autoral. Uma lista que carrego comigo ao longo da trajetória de mais de duas décadas no setor fotográfico. São nomes que me marcaram em eventos, publicações, projetos e trocas ao longo do tempo. Alguns até apareceram anteriormente no texto, outros permanecem discretos, mas nem por isso menos potentes. A lista valoriza trajetórias consistentes, contribuições únicas e talentos que dialogam com o presente da fotografia brasileira, mesmo que em alguns casos ainda estejam fora dos radares mais visíveis.
Alysson Carvalho conheci durante a pandemia, num grupo de fotografia. Ele une retrato e arte plástica, criando experiências que transcendem o clique. Intervém sobre as imagens e sobre os retratados. Ser fotografado por Alysson é viver algo transformador.
Ana Campbell é professora, empreendedora, podcaster e retratista. Foi uma das pioneiras a explorar o retrato conectado ao LinkedIn, aliando imagem e posicionamento profissional. Tive a honra de ser retratado por ela, minha foto de perfil no Instagram nasceu desse encontro. Ana tem um gesto generoso: retrata cada convidado que entrevista. É uma estudiosa da fotografia e combina agilidade, assinatura visual e consistência. O retrato é base do seu trabalho e foi através dessa linguagem que nos conectamos.
Andre Arruda é fotógrafo, editor e jornalista. E aqui a redundância é proposital: ele é retratista com R maiúsculo. Seu trabalho carrega personalidade e inteligência visual. Já clicou grandes nomes, projetos relevantes e ainda escreve com rara lucidez sobre o fazer fotográfico no Brasil. Um autor visual com grife própria.
Antonio Neto é fotógrafo e retratista com vasta experiência e inúmeras premiações. Lembro quando tive o primeiro contato com sua obra em concurso de fotoclubes. O retrato criado por ele era impactante e o olhar na foto parecia nos atravessar. O júri ficou impressionado. Vale acompanhar.
Araquém Alcântara é reconhecido pela fotografia de natureza, mas seus retratos também revelam grandeza. Em sua produção autoral, aparecem personagens anônimos e figuras simbólicas, sempre fotografados com verdade e respeito. São imagens que tocam.
Claudio Edinger dispensa apresentações. Mestre na imagem, o retrato faz parte de sua trajetória autoral no Brasil e no exterior. Sua obra se desdobra em livros, séries e intervenções visuais que sempre colocam o humano em primeiro plano. Um nome essencial.
Dani Justus é uma das maiores fotógrafas do Brasil. Embora também esteja conectada à fotografia de família, é no retrato que vive sua fase mais brilhante. Investindo constantemente em conhecimento, Dani entrega imagens que equilibram autoestima, identidade e sofisticação. Um verdadeiro exemplo de assinatura visual madura.
Evandro Veiga é, para mim, um retratista por essência. Além de tocar projetos como a revista Latitude e o congresso CAMP, é um observador atento da pose e da pessoa. Tive o prazer de ser fotografado por ele e posso dizer: Evandro capta a verdade silenciosa dos rostos.
Flavia Valsani é uma fotógrafa versátil, com trajetória sólida em diferentes nichos. Seus retratos são conduzidos com um olhar apurado e uma escuta sensível. É uma artista da direção, capaz de acessar o que há de mais genuíno em cada rosto.
Ignacio Aronovich me marcou com um retrato de um homem simples em um mercadinho, uma imagem poderosa em sua simplicidade. Anos depois, vi seu trabalho em uma matéria com militares de elite na selva amazônica. Mesmo em ambientes hostis, Ignacio extrai humanidade e potência com sutileza. Seu olhar está entre o autoral, o jornalístico e o contemplativo.
Jorge Bispo impressiona há anos. Durante a pandemia, foi pioneiro nos retratos remotos. Seu trabalho tem força estética e consistência narrativa. Cada novo ensaio seu repercute com naturalidade entre fotógrafos de diversas áreas. É uma presença firme no retrato brasileiro.
Juan Esteves foi um dos grandes retratistas brasileiros, especialmente no universo cultural e literário. Retratou intelectuais, artistas e figuras públicas com um olhar direto, rigoroso e profundo. Sua obra une técnica apurada, coerência estética e respeito absoluto pelo retratado. É a única menção póstuma nesta lista pessoal, incluída pela importância incontornável de seu legado para o retrato nacional.
Luisa Dörr me marcou profundamente desde que retratou figuras globais para a revista TIME usando um iPhone. É uma das fotógrafas brasileiras mais importantes da sua geração. Seu trabalho diverso tem o retrato como essência e revela domínio técnico, sensibilidade e autenticidade.
Paulo Vitale não é apenas um retratista. É um dos maiores fotógrafos brasileiros, com forte atuação jornalística e autoral. O retrato aparece em suas séries como elemento de conexão, identidade e reflexão. Vitale vai além da imagem, busca impacto e sentido.
Rafael Karelisky traz uma rebeldia autoral que transcende o universo dos casamentos. Nos últimos anos, tem se aprofundado em encontros mais íntimos, combinando retrato, vídeo e sensibilidade. Um fotógrafo inquieto, estudioso, que entrega retratos com excelência, leveza e visão expandida.
Vinicius Matos fez um movimento raro: deixou uma carreira consolidada em casamentos e se reposicionou como retratista. Hoje, atende desde o corporativo ao íntimo, com retratos de marca pessoal e família. Suas imagens têm algo de clássico, refinado, com domínio técnico e narrativa visual consistente.
Tanto esta lista pessoal quanto a dedicada à fotografia de família têm uma função clara: celebrar, inspirar e valorizar. São referências que podem ser estudadas, usadas como guia e, sobretudo, admiradas. O uso da Inteligência Artificial colaborou, mas a curadoria exigiu tempo, pesquisa e muito cuidado. Se for compartilhar, por favor, cite a fonte. Outras publicações como esta virão em 2025.
Que este trabalho sirva como um pequeno gesto de reconhecimento, nivelando por cima a fotografia de retratos brasileira.
Se você sentiu falta de algum nome que merecia estar aqui, deixe sua sugestão neste formulário. >>>Envie aqui
Radar Retratos: tendências e oportunidades na fotografia de retrato brasileira
Este conteúdo integra o projeto Radar Retratos, uma iniciativa que mapeia, analisa e celebra os movimentos mais relevantes da fotografia de retrato no Brasil. Além dos nomes, busquei identificar sinais, mudanças de comportamento, nichos em expansão e novas estéticas. Parte de uma série maior, o Radar é um convite a olhar com mais profundidade para o presente e o futuro da imagem.
Importante lembrar: toda curadoria é um recorte e sempre haverá nomes que merecem estar aqui. Este levantamento combina pesquisa com inteligência artificial (Gemini e ChatGPT), curadoria autoral e experiência de mercado. Não é um ranking. É um gesto de valorização e descoberta.

Sobre o Autor Leo Saldanha é jornalista, pesquisador e estrategista em fotografia. Atua há mais de 20 anos com inteligência de mercado, curadoria e projetos ligados à imagem. É criador da comunidade Fotograf.IA + C.E.Foto, voltada a fotógrafos(as) que desejam se preparar para o presente e o futuro com criatividade, visão de negócio e apoio tecnológico.
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Por: Leo Saldanha - Criador da comunidade Fotograf.IA + C.E.Foto! O futuro da fotografia não vai esperar você!
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