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O que estou lendo: A fotografia que não foi feita (e virou caso de Justiça)

Caso em São Paulo destaca o valor simbólico da fotografia e os riscos de falhas em registros afetivos essenciais


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No universo da fotografia profissional, cada clique carrega uma responsabilidade que vai muito além da técnica. Uma decisão recente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reforça esse princípio. Algo que serve como alerta e reflexão para fotógrafos(as) que atuam em momentos de alto valor simbólico e emocional, como casamentos.


Segundo a matéria publicada originalmente pela Conjur (link aqui), a 32ª Câmara de Direito Privado manteve a condenação de um fotógrafo por não registrar a avó da noiva, que participou da cerimônia levando as alianças. A ausência da imagem em questão resultou em indenizações por danos morais e materiais, fixadas em R$ 3 mil e R$ 530, respectivamente.


O juiz considerou que, embora o restante do trabalho tenha sido entregue — incluindo filmagem, pré-wedding e um volume significativo de fotos, a falha específica justificava compensação. O detalhe que faltou fez diferença. E muito.


O que essa decisão nos ensina?

No campo da fotografia social, não se trata apenas de capturar cenas bonitas. Trata-se de narrar histórias, preservar memórias e, sobretudo, compreender o que é inegociável para quem está diante da lente.


A figura da avó carregava simbolismo, emoção e importância para os noivos. Não tê-la registrada foi sentido como uma lacuna irreparável. O tribunal entendeu que o trabalho, embora tecnicamente entregue, falhou em um ponto essencial: o olhar atento para o que realmente importa para o cliente.


Esse episódio reforça o valor de algo que muitas vezes esquecemos em meio à rotina e à pressão por produtividade: a escuta ativa, o briefing bem feito e o olhar humano.


Para refletir (e aplicar)

  • Você sabe, de fato, quais imagens são prioritárias para seu cliente?

  • Existe um espaço real de diálogo antes da sessão?

  • Seu fluxo de trabalho contempla revisões, listas de registros e validações?


Essa não é apenas uma história sobre um erro. É sobre a essência do ofício fotográfico: transformar instantes em eternidade, mas sem esquecer que, para quem contrata, algumas imagens não são apenas esperadas, são indispensáveis.




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