Lionsgate descobre na prática: fazer filmes só com IA não é tão simples assim
- Leo Saldanha
- 25 de set.
- 3 min de leitura
O estúdio por trás de John Wick e Jogos Vorazes enfrenta limites técnicos e jurídicos ao tentar transformar seu acervo em produções inteiramente geradas por inteligência artificial

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O sonho da produção instantânea
No início deste ano, Michael Burns, vice-chairman da Lionsgate, anunciou algo ousado: transformar uma de suas maiores franquias em um anime criado em poucas horas apenas com IA. A promessa nasceu da parceria com a Runway AI, empresa conhecida por soluções generativas de vídeo, e parecia apontar para uma nova era em Hollywood.
A ideia era simples no papel: usar o vasto catálogo do estúdio para treinar um modelo exclusivo capaz de gerar novos conteúdos audiovisuais, trailers e até filmes inteiros, dispensando set de filmagem e atores.
A realidade dos modelos de IA
Mas a execução não foi tão fácil quanto o discurso. Relatos indicam que o acervo da Lionsgate não é suficiente para treinar um modelo robusto. Nem mesmo a biblioteca da Disney teria volume e diversidade de dados para sustentar algo nessa escala.
Mesmo gigantes como Google (Veo) e OpenAI (Sora), que trabalham com bancos de dados imensos, ainda enfrentam dificuldades em gerar vídeos sem erros visíveis, falhas de movimento e aquele desconforto característico do “vale da estranheza”. Imaginar um resultado impecável a partir de um catálogo restrito de filmes mostra como a limitação é real.
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O dilema jurídico
Se os entraves técnicos já são desafiadores, os jurídicos tornam o cenário ainda mais complexo. Quem deve ser pago quando um filme é recriado com IA a partir de uma obra já existente? Apenas os atores e diretores originais ou também roteiristas, técnicos de iluminação e todos os outros profissionais que contribuíram para a criação do material base?
A resposta ainda não está clara e o risco de litígios pode travar iniciativas desse tipo por anos.

O que Lionsgate realmente faz com IA hoje
Apesar do tropeço inicial, a Lionsgate afirma que a parceria com a Runway continua rendendo frutos. Segundo a empresa, a inteligência artificial já é usada para:
Criar trailers experimentais de filmes ainda não produzidos, como forma de testar ideias e apresentar conceitos para executivos.
Gerar eficiência na gestão de licenciamento, acelerando processos burocráticos e reduzindo custos.
Apoiar a pós-produção, ajudando em ajustes de imagem, efeitos visuais e correções técnicas em projetos já em andamento.
A companhia não desistiu do uso da tecnologia, mas deixou claro que seu papel atual é de suporte e não de substituição da criação tradicional.
Muito hype, pouca prática
O caso Lionsgate mostra como a narrativa de “IA substituindo todo o processo criativo” ainda está mais no campo do marketing do que da realidade. Sem dados suficientes e com entraves legais, os filmes gerados 100% por IA parecem distantes.
O futuro, ao menos por enquanto, aponta para um modelo híbrido: a inteligência artificial como ferramenta de apoio para reduzir custos, acelerar processos e abrir possibilidades criativas, mas sem eliminar a mão (e o olhar) humanos.
A pergunta que fica é simples e provocativa:
Você assistiria a um filme totalmente gerado por IA, sem atores, sem set e sem filmagem real?
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