O que estou vendo: O menino que fotografou a Guerra do Vietnã
- Leo Saldanha

- 12 de set.
- 3 min de leitura
Documentário da BBC revela a história comovente de Lo Manh Hung, que aos 12 anos arriscou a vida para registrar o conflito e sustentar a família

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Antes de completar 12 anos, enquanto a maioria dos garotos brincava na rua, Lo Manh Hung corria pelos becos de Saigon com uma câmera nas mãos. As imagens que capturou, muitas vezes a poucos metros do perigo, ajudaram o mundo a enxergar a Guerra do Vietnã sob uma nova perspectiva. O mini-documentário da BBC The Boy Who Shot the Vietnam War (15 minutos) revive essa trajetória impressionante e dá voz, pela primeira vez, aos quatro irmãos mais novos de Hung.
O Aprendiz na Sala Escura - Hung não começou sua jornada no campo de batalha. Seu primeiro contato com a fotografia foi no laboratório do pai, Lo Vinh, um fotógrafo experiente que havia fugido do Vietnã do Norte. Ali, entre negativos e banhos químicos, o menino aprendeu sobre exposição, limitações do filme e técnicas que transformariam sua curiosidade em profissão. Aos 11 anos, tornou-se aprendiz do pai. Pouco antes de completar 12, já fotografava de forma independente e vendia suas imagens para publicações internacionais.
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Coragem em Meio ao Caos - Durante a ofensiva do Tet, em 1968, Hung ganhou destaque ao acompanhar tropas do ARVN em áreas controladas pelo Viet Cong. Ele fotografava sob fogo cruzado, arriscando a própria vida para capturar cenas que poucos ousariam registrar. Sua juventude, paradoxalmente, o tornava invisível e vulnerável: chegou a ser preso por violar o toque de recolher e, em outro momento, foi baleado no braço por um disparo de AK-47. Em 1972, uma explosão de artilharia danificou sua audição, mas nada disso o afastou das linhas de frente.
Da Fuga ao Silêncio - Quando Saigon caiu, Hung fugiu para os Estados Unidos, perdendo muitos negativos no caminho. Em San Francisco, abriu uma loja e laboratório fotográfico, mas jamais recuperou o mesmo espaço na imprensa ocidental. Sua família lembra que ele carregava sempre uma câmera, fiel ao ofício que amava. Em 2018, durante uma visita ao Vietnã, faleceu de insuficiência cardíaca, encerrando uma vida marcada por imagens poderosas e sacrifícios silenciosos.
Um Legado que Ultrapassa o Fotojornalismo - Para além das fotos que ajudaram a contar a história da guerra, Hung foi o esteio de sua família em tempos impossíveis. Seu trabalho como um dos mais jovens fotojornalistas do mundo lembra que cada clique pode carregar coragem, memória e história viva. Para fotógrafos e apaixonados por imagem, sua trajetória é um convite a enxergar a fotografia como testemunho do mundo e um ato que, às vezes, pede bravura acima de tudo.
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