Nikon suspende temporariamente programa de autenticação com C2PA: uma promessa em teste
- Leo Saldanha

- 8 de set.
- 3 min de leitura
A tecnologia que prometia garantir autenticidade nas imagens digitais enfrenta falhas práticas e levanta dúvidas sobre sua viabilidade no mercado.

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A Nikon anunciou a suspensão temporária do Nikon Authenticity Service, serviço que permitia aos donos da Z6III assinar suas imagens com credenciais C2PA, um dos padrões mais avançados do movimento de autenticidade de conteúdo. A decisão foi tomada após a descoberta de uma vulnerabilidade séria que permitia validar imagens que, na prática, não tinham sido capturadas pela câmera habilitada.
A falha foi revelada pelo fotógrafo e usuário de fórum Adam Horshack, que mostrou ser possível explorar o modo de múltipla exposição da Z6III para combinar uma foto sem C2PA com outra capturada pela câmera, resultando em um arquivo final autenticado como legítimo. O resultado é alarmante: imagens sem garantia de origem (inclusive criadas por IA) poderiam circular como se fossem autênticas.
A Nikon, que havia lançado o recurso como parte do firmware 2.0, deixou claro que ainda estava em fase beta. Mesmo assim, o problema expõe um paradoxo: a própria ferramenta criada para inspirar confiança acabou revelando vulnerabilidades que fragilizam o conceito.
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O dilema da C2PA
A C2PA (Coalition for Content Provenance and Authenticity) nasceu como uma resposta à avalanche de imagens manipuladas e criadas por inteligência artificial, prometendo dar rastreabilidade e autenticidade ao material visual. Gigantes como Adobe, Canon, Nikon e Microsoft fazem parte da iniciativa, que parecia oferecer uma camada de confiança essencial para o futuro da fotografia e do jornalismo.
O caso da Nikon, no entanto, mostra que a implementação prática é complexa. É preciso não apenas garantir que a criptografia funcione, mas também fechar todas as brechas operacionais. Como destacado na mídia internacional, qualquer falha desse tipo mina o principal objetivo da tecnologia: preservar a confiança nas imagens em uma era de manipulações fáceis e disseminação massiva.

O que vem pela frente
Ainda não está claro como a Nikon vai corrigir o problema. Entre as hipóteses, estão bloquear o uso do modo de múltipla exposição em conjunto com C2PA ou simplesmente impedir que imagens feitas nesse modo sejam autenticadas. Seja qual for a decisão, ela precisará equilibrar usabilidade e segurança, sem descredibilizar uma funcionalidade considerada estratégica para o futuro das câmeras digitais.
A suspensão, embora temporária, é simbólica: mostra que a corrida pela autenticidade digital está longe de ser resolvida. A C2PA continua sendo uma promessa poderosa, mas que exigirá muito mais testes, ajustes e colaboração entre fabricantes para realmente cumprir seu papel de escudo contra falsificações e deepfakes.
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